domingo, 27 de março de 2011

Período de poucos posts

Quem acompanha esse blog sabe que eu gosto de ver muitos filmes e principalmente escrever sobre eles aqui. Mas nos últimos tempos eu tenho achado pouco tempo para ver os meus amados longa metragens (tem mais de três semanas que eu não vou no cinema) e ainda menos tempo para escrever sobre eles. Pode-se notar também minha falta de tempo pelo longo período que Azincourt ficou na sessão “estou lendo”. Nem sei quantos meses, mas já terminei de ler, e hoje publiquei uma curta resenha sobre o livro de Cornwell que gostei bastante. O trabalho está bem puxado (e tem como a engenharia ser diferente?) e eu tenho me dedicado a outras coisas também, mas vale ressaltar que o pesar de não estar assistindo filmes na média de freqüência que eu gostaria não para de martelar na minha cabeça. Uma falha minha que eu tento corrigir é a falta de disciplina com meu tempo. Tenho consciência disso e tento mudar todos os dias. Estou num período de mudanças e transição na minha vida, mas vou me esforçar para continuar postando pelo menos umas duas vezes por mês. Sei que num futuro próximo espero ter mais tempo para me dedicar a esta arte que eu tanto amo, talvez até de outras formas além de ver e escrever sobre filmes.

Abraços

Azincourt (Idem)

Azincourt (Idem)

Autor: Bernard Cornwell

Editora Record, 2008, 448 páginas

Nick Hook é um jovem e talentoso arqueiro inglês que acaba, depois de sobreviver a um massacre aos hereges de uma pequena comunidade, por entrar no exército inglês e lutar contra a França na chamada Guerra dos Cem Anos e no ápice do período, que foi a Batalha de Azincourt.

Com uma narrativa muito bem desenvolvida, Cornwell prende a atenção do leitores desde as primeiras páginas, fazendo com que nos identifiquemos com Hook e suas desventuras na vida, mas acima de tudo, sua coragem e retidão de caráter. Isso faz com que até os atos de extrema violência cometidos pelo rapaz nas batalhas seja relevado por nós, visto que entendemos que ele está lutando pela sua sobrevivência e em honra ao seu amado rei Henrique V. As batalhas são narradas com maestria por Cornwell (seu forte) e a história não deixa de ser interessante em nenhum momento. Um ponto que deixa a desejar a meu ver é que sobra pouco tempo para explorar os sentimentos, motivações e pensamentos dos personagens. Por exemplo, o relacionamento de Nick Hook e Melisande acontece muito rápido, sem muitos diálogos e descrições de pensamentos e sentimentos dos dois. Parece que Cornwell queria partir logo pra ação e não perder muito tempo com isso, mas seu erro foi esse, já que o leitor só se importa com personagens humanos e com jornadas emocionais realistas e bem desenvolvidas.

A Batalha clímax de Azincourt é contada com maestria. Não consegui parar de pensar no potencial cinematográfico do livro, e me peguei até pensando em qual diretor faria um bom trabalho adaptando a obra. Coisa de cinéfilo... Mas por fim, recomendo Azincourt como fonte de informação histórica e por ter personagens e uma história interessante.

Nota: 7

PS.: Valeu pelo presente, Isabel.