tag:blogger.com,1999:blog-90630667999875717312024-03-13T11:02:09.032-07:00cinespaçoMarconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comBlogger157125tag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-30603947717095430552013-05-22T11:03:00.000-07:002013-05-22T11:03:08.820-07:00Somos tão jovens (Idem)<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEindlWgOsWQpWJdVCRemKKbmwoG79LJIYmRrCTx4IyFwkD6Wor7BJoOA3tR-d5dAC2lR91CcftjBZ3HZuda_Zdlf7zH8sTY1B5keO6sB-CTv16YkqHfH2MQriX9Q8siwMuiKnukw5MDTTQ/s1600/PosterCinema_SomosTao_3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEindlWgOsWQpWJdVCRemKKbmwoG79LJIYmRrCTx4IyFwkD6Wor7BJoOA3tR-d5dAC2lR91CcftjBZ3HZuda_Zdlf7zH8sTY1B5keO6sB-CTv16YkqHfH2MQriX9Q8siwMuiKnukw5MDTTQ/s200/PosterCinema_SomosTao_3.jpg" width="135" /></a><b>Somos tão jovens
(Idem) – 2013 – Brasil<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Direção: Antônio Carlos da Fontoura<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Roteiro: Marcos Bernstein<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma vez que se sabe que o filme <i>Somos tão jovens</i> é sobre o início da
carreira musical de Renato Russo e a sua banda mais famosa <i>Legião urbana</i>, uma
sinopse não é necessária. Essa cinebiografia fica ao lado de <i>Cazuza – o tempo não para</i> como um bom
exemplar do gênero, mas que não surpreende ou emociona. Apenas serve para
contar a história de seus protagonistas, ressaltar sua genialidade e colaborar
um pouco mais para a criação do mito, distanciando o ícone do resto da
humanidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto <i>Ray</i> e <i>Piaf – um hino ao amor</i>
não tinham medo de mostrar o lado mais obscuro, digamos assim, dos seus
protagonistas, suas falhas de caráter e erros de julgamentos cometidos ao logo
da vida (mas pecando por outros problemas narrativos) Antônio Carlos da Fontoura
parece ter um pouco de medo de humanizar Renato Russo e trazer alguma
identificação com o público. Identificação essa que fica só por conta das
músicas que todos conhecem e do sentimento de nostalgia que elas trazem. Poucas
vezes me emocionei ao longo da projeção e me importei apenas levemente pelas
pessoas que estavam na tela. Considero isso um problema grave.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Renato mostrado pelo roteiro de
Marcos Bernstein parece ser sempre alguém à frente de seu tempo, e até mesmo um
pouco arrogante por ter consciência disso. Enquanto ninguém conhecia o punk
rock vindo da Europa, Renato o trouxe e o divulgou como o ‘som do futuro’,
dizendo que a sua geração tinha que se engajar nas causas políticas através da
música e fazer algo a respeito da ditadura no país. Depois de um tempo e do fim
da banda, eis então que surge Renato solo com um novo som e novas músicas, com
letras mais amenas e menos politizadas, dizendo que o punk rock era coisa do
passado. É impossível não simpatizar com ele e se deixar envolver com seu
carisma (créditos para a incrível performance de Thiago Mendonça), mas imagino
que seria um tanto irritante conviver com alguém que se julgava tão superior e
todos o outros tão atrasados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltando à atuação de Thiago
Mendonça, o trabalho de caracterização realmente é impressionante. E isso eu não
digo só pelo cabelo, barba, óculos e forma de se vestir. Muito pelo contrário.
Esses elementos ajudam, mas são uma mínima parte do trabalho de um grande ator.
Ele incorpora os trejeitos de Renato no palco, e até mesmo a dicção meio
arrastada, como de alguém que sempre estivesse fazendo um discurso em frente a
uma plateia, além do timbre de voz tão característico. Isso sem falar nas cenas
que exigem mais de seu talento dramático, nas quais ele corresponde à altura, e
em momento algum soa caricato ou chego ao <i>overacting</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O roteiro de Marcos Bernstein tem
uma estrutura coesa, mas peca quando atira versos das músicas de Renato no meio
de diálogos em momentos de efeito e dramáticos. Soa forçado e atira o
expectador pra fora da narrativa. Mas o mesmo tempo é bem interessante
descobrir como surgiram músicas como <i>Eduardo
e Mônica</i> e <i>Faroeste Caboclo</i>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O desfecho do filme é um pouco
decepcionante. Confesso que esperava um final mais com cara de final mesmo, e
com o <i>pay off</i> que os diretores de
Hollywood gostam tanto e que um filme do gênero (cinebiografia, no caso) pede
tanto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A conexão de Renato, seus amigos
e os membros da sua banda são o centro da narrativa, porém eu confesso que
senti falta um pouco de entender como era a dinâmica de sua família e como ela
afetava sua arte, sua forma de pensar e os seus outros relacionamentos. Acho
que isso iria torná-lo mais humano aos nossos olhos e um personagem mais
complexo. Algo que pra Cinema é sempre mais interessante do que figuras
unidimensionais e superficiais. O filme mostra seus pais e irmã, mas de forma
sempre rápida de sem se aprofundar muito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O seu interesse amoroso por
Flavio, um dos membros do <i>Aborto elétrico</i>
é retratado de forma burocrática e covarde. Assim como a homossexualidade de
Renato. Em momento nenhum ele aparece se relacionando de forma íntima com
homens, o que soa hipócrita, visto que a sua ligação com Ana sua amiga/namorada
é mostrada de forma natural. Nada mais normal do que retratar os seus primeiros
contatos sexuais com outros homens. Talvez seja um reflexo da Globo filmes. Mas
enfim...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Somos tão jovens</i> é uma bela homenagem à banda Legião Urbana e ao
seu criador, mesmo que não seja um grande estudo de personagem e que só ajude a
mitificar o mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota: 7,0<o:p></o:p></div>
Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-88824945563548034102012-11-15T08:47:00.000-08:002012-11-15T08:47:03.362-08:00Procura-se um amigo para o fim do mundo (Seeking a friend for the end of the world)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJoM07y-4QCo983bx4DefCctvxY4GR_zpZdg747m9rAOgtIpcXS7Pur8ZF5jmTjXrw1Yrm2M3I1auBr__fT7_X1joU_4RnmAiVreQMnBawt4x3OzSbwIaTs8IeygRyWmcNnPMjPVvLyM4/s1600/Seeking-a-Friend-for-the-End-of-the-World-.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJoM07y-4QCo983bx4DefCctvxY4GR_zpZdg747m9rAOgtIpcXS7Pur8ZF5jmTjXrw1Yrm2M3I1auBr__fT7_X1joU_4RnmAiVreQMnBawt4x3OzSbwIaTs8IeygRyWmcNnPMjPVvLyM4/s200/Seeking-a-Friend-for-the-End-of-the-World-.jpg" width="132" /></a><b>Procura-se um amigo
para o fim do mundo (Seeking a friend for the end of the world) – 2011 – USA<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direção: Lorene Scafaria<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Roteiro: Lorene Scafaria<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois de ter colaborado no roteiro do simpático e divertido
<i>Uma Noite de Amor e Música</i>, Lorene
Scafaria estreia na direção desse igualmente simpático e também emocionante <i>Procura-se um amigo para o fim do mundo.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dodge (Steve Carell) é um homem de meia idade solitário que
foi abandonado pela esposa. Diante do fato de que um asteroide chamado Matilda
irá atingi a terra em três semanas e destruir toda a vida no planeta, Dodge se
vê na necessidade de encontrar um amigo(a) para juntos passarem o fim do mundo.
Um casal de amigos seu tenta juntá-lo a uma conhecida, mas a tentativa acaba
sedo frustrada. Até que aparece então na janela de seu quarto a sua vizinha de
baixo, a intensa Penny (Keira Knightley) numa crise de choro causada pelo seu
namorado desequilibrado. A partir dali, os dois se toram amigos e partem numa
jornada juntos. Penny quer pegar um avião para ver seus pais em Londres antes
do fim do mundo e Dodge quer reencontrar sua antiga namorada do colégio, que
lhe enviou uma carta dizendo que sempre o amou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O roteiro se desenvolve como um <i>road movie</i> dos mais empolgantes, mesmo com o fato de os personagens
estarem presenciando o fim do mundo e todas as consequências que isso traz. As
rebeliões e a queda de qualquer organização social, os suicídios, a perda dos
valores morais da sociedade e a perda do sentido da vida, de forma geral. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse assunto que já foi retratado no cinema de várias vezes,
de forma dramática na maioria das vezes, aqui assume um tom sarcástico e
irônico. Cada grupo de pessoas que os dois vão encontrando pelo caminho
apresentam o seu próprio modo de enfrentar o fim dos tempos, o que rende momentos
muito divertidos e também que nos fazem refletir. Saber o dia de sua própria
morte não é algo natural, como diz certo personagem no filme. Imagine o mundo
todo sabendo disso ao mesmo tempo. Toda a concepção de vida e os seus objetivos
como conhecemos deixa de existir. Vemos então diretores de empresas oferecendo
cargos de presidentes para qualquer funcionário, pais dando bebidas alcoólicas para os filhos, pessoas casadas deixando a fidelidade de lado, afinal, porque
ser fiel se o mundo vai acabar? Não tem como não rir diante desse caos com o
tom que o filme retrata o assunto. E não tem como não parar para pensar nos
seus próprios valores de vida e objetivos. Como eles mudariam se você soubesse
o dia de sua morte? O que você faria nos seus últimos dias? Com quem passaria?
São perguntas que o roteio tenta responder através de seus perturbados e carismáticos
personagens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Steve Carell está muito bem, com uma performance contida,
porém bem humorada e com ótimo <i>timing</i>
cômico como de costume. A surpresa fica por conta de Keira Knightley, atriz
dramática desde o início de sua carreira, mostra que é versátil para fazer
também comédia. Ela acaba exagerando um pouco nas caretas, mas não é uma falha
que atrapalhe o espectador a se conectar com sua personagem e se importar com
ela. Além de acha-la extremamente engraçada, é claro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O maior problema do filme é o seu terceiro ato, que faz com
que o longa perca um pouco o foco da narrativa. Os objetivos dos protagonistas
passam a não ser tão claros, o que em si não é um problema, mas o fato de
mudarem de opinião sobre o que eles queriam para o fim do mundo soa um pouco
forçado e farsesco. O envolvimento dos dois, que deveria ser algo muito
natural, soa um pouco fora de contexto. Não que não dê pra acreditar no
interesse de um para com o outro, mas fica uma dúvida: ‘e o objetivo inicial
deles? Não importa mais?’ Salvo esse pequeno grande deslize, o filme cativa,
faz rir e emociona.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A história de amor dos dois só se iniciou e ocorreu daquela
maneira porque eles estavam diante do apocalipse. Tudo foi intenso, importante
e eterno. Fez-me pensar no quanto o tempo que temos é importante, porque
afinal, é dele que a vida é feita. Fez-me pensar também em como tenho gastado
meu tempo e se essa forma tem sido digna da oportunidade que me foi dada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota: 7,5<o:p></o:p></div>
Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-59473797790496745362012-11-05T17:12:00.000-08:002012-11-05T17:12:08.885-08:00007 – Operação Skyfall (Skyfall) <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi1c5oZi5Oz0ITIDprjoeky9Y95apMJ9tY7xkh33cK_LQvp-Y4_mSxZUF60brXY556qBSqgVLzpbwuQUjGqm8syLOSi96htOKfMdJt55WH-kjF6NAn4uVcp5ZElIdXr77nsfOMrbz2FKo/s1600/SKYFALL-UK-POSTER_650.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi1c5oZi5Oz0ITIDprjoeky9Y95apMJ9tY7xkh33cK_LQvp-Y4_mSxZUF60brXY556qBSqgVLzpbwuQUjGqm8syLOSi96htOKfMdJt55WH-kjF6NAn4uVcp5ZElIdXr77nsfOMrbz2FKo/s200/SKYFALL-UK-POSTER_650.jpg" width="134" /></a><b>007 – Operação Skyfall
(Skyfall) - Reino Unido<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direção: Sam Mendes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Roteiro: Neal Puvis, Robet Wade e John Logan<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A decisão de escolher Daniel Craig para encarnar o mais
famoso agente do Cinema dividiu opiniões. A minha sempre foi positiva. Acho que
ele trouxe outra dinâmica ao personagem, bem diferente do seu antecessor,
Pierce Brosnan. Craig nunca sorri, exala masculinidade e virilidade, e
apresenta uma energia incrível nas cenas de ação. Sem mencionar seu carisma e
talento na pele do agente. Depois do ótimo <i>Casino
Royale</i> e do fraco <i>Quantum of Solace</i>,
a franquia recupera o fôlego com esse excelente <i>Skyfall</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sam Mendes, experiente diretor de dramas ambiciosos como <i>Beleza Americana</i>, <i>Estrada para perdição </i>e <i>Foi
apenas um sonho</i>, traz outra abordagem para o universo de Bond. Mendes
investe mais no desenvolvimento dos personagens e nos relacionamentos entre
eles, deixando um pouco de lado as sequências de ação ininterruptas. Não que o
filme não possua ação. Muito pelo contrário. Já começa com uma sequência
incrível envolvendo Bond, as ruas da Turquia, um HD que precisa ser recuperado
e um trem. A ação continua com o tom mais realista e com edição e direção mais
cruas, como nos dois longas anteriores, mas tem os seus toques de exagero e
coisas “impossíveis” sendo realizados por Bond que de forma alguma afetam o
filme. Apenas assumem o charme que a série sempre teve. Afinal, ele <i>é</i> o James Bond e já estamos acostumados
a vê-lo fazendo coisas improváveis na tela. Depois dessa sequência, mergulhamos
(literalmente) numa maravilhosa abertura gráfica, como é de costume na série,
embalada pela excelente canção <i>Skyfall</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O roteiro dá mais destaque ao relacionamento de Bond com M (a
sempre soberba Judi Dench), o que traz uma dinâmica interessante ao longa, e
faz com que possamos entender melhor o funcionamento da misteriosa agência MI6.
Dado como morto, Bond se apresenta à M depois que a base do MI6 sofre um violento
atentado terrorista. Depois de uma investigação mais minuciosa, descobre-se que
o autor do atentado conhece o MI6 melhor do que eles esperavam. Bond é então
enviado por M para descobrir a identidade do autor do atentado e recuperar o HD
roubado, mesmo ela sabendo que Bond não se encontra fisicamente apto para a
tarefa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mendes prova que pode sim dirigir um filme de ação com
competência, e não somente dramas. Ele mantém o ritmo da narrativa sempre ágil
e prende o interesse do expectador. É muito frequente acontecer em filmes de
ação/espionagem não ficar muito claro para o expectador a complexa rede de
interesses dos personagens, as reviravoltas da trama e os objetivos de cada um.
Mas isso felizmente não acontece com <i>Skyfall</i>,
graças à direção competente de Mendes e o roteiro sólido e bem escrito. Tomando
a decisão de dar mais importância aos personagens e seus relacionamentos,
Mendes acerta em cheio, mas ainda assim mostra que é versátil e pode dirigir
sequências de ação como um diretor experiente no gênero, ou até melhor. Diferente
de Michael Bay e outros do tipo, que apostam na câmera que treme o tempo todo e
nos cortes com frações de segundo para conferir um tom de “ação frenética” que
muitos gostam, mas que pra mim é um erro, Medes aposta na direção limpa e
edição sem cortes muito rápidos. Decisão sábia. Eu consegui entender,
acompanhar perfeitamente e me emocionar com a ação que ocorria na tela, o que é
um feito digno de nota.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A trilha sonora pontua perfeitamente a narrativa. Toda vez
que o tema clássico da séria surge, não tem como evitar a empolgação de
antecipar a ação que está por vir. A direção de arte e os efeitos visuais são,
como sempre se pode esperar da franquia, incríveis e eficientes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Elogios devem ser feitos à atuação original e divertida de
Javier Bardem como o vilão Raoul Silva. De longe um dos vilões mais memoráveis
da série, Raoul impõe medo e respeito toda vez que aparece em tela, e sua
dinâmica com Bond é imprescindível para nos convencer de suas motivações. Ele
oscila entre o débil, o lascivo, genial e extremamente perigoso e
desequilibrado. Seu diálogo com Bond é hipnotizante. Prova de que estamos
assistindo ao trabalho de dois atores talentosos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O longa não tem de fato uma <i>bond girl</i> como os anteriores, mas que não fez muita falta também. O
centro da narrativa foi Bond versus M, Bond versus Raoul e Bond versus ele
mesmo, o que já era coisa demais para o 007 lidar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero que a série continue nesse mesmo nível de qualidade
narrativa e dramática, se não ela corre o risco de se tornar apenas uma
franquia de filmes de ação genéricos com um protagonista de nome famoso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Nota: 9</span></span></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">
</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-79510794380139754472012-11-05T16:59:00.000-08:002012-11-05T16:59:33.058-08:00O segredo de Vera Drake (Vera Drake) <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1kdHHnulWt_H0sTvreJt5Xl3CGtM26D4R05_aY0nbiSTD2dHD-NpvMR_q5LQc4ikWIyVTcpuBgMtSIiRJxbhM3F7J08JPU8VSyeXK2Mue3RiCncBZSa-a6Xy_zNw9EjTNEPtPP2zEqQ/s1600/segredodevera_1267554367.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1kdHHnulWt_H0sTvreJt5Xl3CGtM26D4R05_aY0nbiSTD2dHD-NpvMR_q5LQc4ikWIyVTcpuBgMtSIiRJxbhM3F7J08JPU8VSyeXK2Mue3RiCncBZSa-a6Xy_zNw9EjTNEPtPP2zEqQ/s200/segredodevera_1267554367.jpg" width="136" /></a><b>O segredo de Vera Drake (Vera Drake) – Reino Unido – 2004<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direção: Mike Leigh<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Roteiro: Mike Leigh<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vera Drake (Imelda Staunon) é uma
senhora amável, que vive com sua família no subúrbio de Londres na década de
1950. Completamente devotada a cuidar de todos ao seu redor, ela vive para seu
marido e os seus dois filhos adultos, além de se mostrar sempre sorridente e
prestativa para seus vizinhos e amigos mais próximos. Não demora muito tempo de
projeção e descobrimos outra atividade que ocupa o seu tempo: Vera realiza
abortos em jovens sem recursos com uma bomba de água, desinfetante e sabão, num
procedimento que ela chama de “ajudar jovens moças”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A direção de Mike Leigh é muito
hábil em estabelecer com pouco tempo de filme a personalidade de Vera Drake,
sua rotina com sua família e amigos e o tom da narrativa. Conhecemos a família
Drake com poucas cenas acompanhando as tarefas diárias de trabalho de seus
membros e suas refeições em casa. Com planos muito fechados e constantemente
enfocando seus atores de costas, Leigh consegue mostrar o quão pequeno é o
apartamento dos Drake e o quão próximos e íntimos eles são uns dos outros, o
que torna ainda mais chocante quando mais tarde o segredo de Vera é revelado. Outro
ponto importante que Leigh faz questão de enfatizar é a frequência dos
procedimentos de aborto feitos por Vera, sua precariedade, os riscos que
oferecem às moças e a naturalidade com que ela os encara: como se tivesse
cuidando de um doente ou uma criança machucada. Leigh faz questão de mostrar
com detalhes cada um deles. E algo que achei genial foi o contraponto que Leigh
estabelece com a água aquecida na chaleira tanto para o aborto quanto para o
chá que Vera serve às suas visitas. Mostra com talento a ambiguidade das
atividades de Vera. Com o mesmo sorriso ela serve chá para suas visitas e
realiza um aborto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ritmo da narrativa jamais se
perde porque Leigh conta a história num <i>crescendo</i>
constante, causando sempre mais interesse no expectador sobre quais serão as
consequências da conduta da protagonista. Dois dos momentos mais tocantes do
longa (ele tem muitos) são o pedido de casamento de um amigo da família à
Nellie, filha de Vera, devido à singeleza e compaixão que sentimos por aqueles dois
personagens tão acostumados à ter tão pouco na vida e o momento em que Vera é surpreedida
pelos policiais em sua casa diante de toda a sua família. Apenas nos olhos da personagem
conseguimos entender tudo que ela sente no momento. Mesmo considerando
superficialmente que só estava “ajudando moças em necessidade”, ela no fundo
sabia que estava fazendo algo que não era certo (ou dentro da lei). E então
chegamos à atuação de Imelda Staunon.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Imelda carrega o filme nas costas
e responde a toda responsabilidade que a tarefa exige com perfeição. O
brilhantismo de sua atuação é fundamental para o sucesso do filme. Uma atriz
medíocre ou menos talentosa poderia fazer com que sentíssemos ódio de Vera não
deixando claras as suas complexas motivações. Imelda faz com que sintamos
simpatia por ela apesar de sua conduta colocar em risco a vida das moças, além
do que também causou em mim (algo que acho genial quando acontece) a
curiosidade para saber mais sobre o seu passado e o que a levou a adotar essa
conduta, visto que logo de início sabemos que ela não cobra pelo procedimento
que induz o aborto. Imagino que ela deve ter passado pela mesma situação em que
se encontram as moças quando era jovem. Ou tenha passado por algo parecido em
sua família... Mas é só uma divagação sobre um personagem que conseguiu atingir
essa complexidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O roteiro não entra no mérito da
legalidade do aborto e muito menos na discursão religiosa ou moral de certo e
errado. O tema está ali presente para o espectador lidar com ele e para
transtornar a vida dos personagens. E Leigh não poupa nenhum deles. Todos
sofrem as consequências dos atos de Vera de forma brutal, desde a moça que se
submeteu ao aborto e quase morreu e sua mãe que é obrigada a depor na polícia até
a família de Vera, que desmorona diante do fato de ter seu membro mais idôneo
sendo levado para a cadeia e principalmente para Vera, que passa pela
humilhação de ter sido desmascarada em seu lado mais sombrio até então
desconhecido por quase todos. Outro momento extremamente tocante do longa é
quando Vera se vê obrigada a contar para seu marido o porquê de estar presa.
Não escutamos nenhuma palavra sair de sua boca, mas a vergonha e humilhação
estão estampadas em seu rosto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O segredo de Vera Drake</i> é um grande filme, que além de arte e
entretenimento de alto nível, ainda ganha pelo fato de levantar uma discursão
sobre um tema que ainda precisa muito ser dissecado e debatido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Nota: 10</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-54223977204498011302012-07-23T19:19:00.000-07:002012-07-23T19:24:31.814-07:00Intocáveis (Intouchables)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisNcgeBpg11rlBvEsTsr6RWwwc3rS3K2Fjlku_Q5TpTBd8h7tSe46NcYhH-z0wgdDfUklwHRk9hDaUooeOoKF1C9SRgzBevhuJ6ouwX9RLFTJuvGzQRo3L8N7oDzv-fHaHMOgcHU8sztM/s1600/intouchables.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisNcgeBpg11rlBvEsTsr6RWwwc3rS3K2Fjlku_Q5TpTBd8h7tSe46NcYhH-z0wgdDfUklwHRk9hDaUooeOoKF1C9SRgzBevhuJ6ouwX9RLFTJuvGzQRo3L8N7oDzv-fHaHMOgcHU8sztM/s200/intouchables.jpg" width="146" /></a><b>Intocáveis (Intouchables) – França – 2011<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direção: Olivier Nakache e Eric
Toledano<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Roteiro: François Cluzet, Omar Sy
e Anne Le Ny<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Intocáveis</i> é uma grande prova de que o Cinema não precisa contar
uma história complexa para ser ambicioso e tocante, ou muito menos precisa
contar uma história simplória e vazia para entreter o público. Dois homens
vindos de mundos tão diferentes se encontram em momentos críticos de suas vidas
e acabam por mudar o rumo de suas histórias. Com essa premissa Olivier Nakache
e Eric Toledano imprimem tanta autenticidade no seu filme que ele passa
conceitos fortes, relevantes e emocionantes para o espectador que tornam a obra
inesquecível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Driss (Omar Sy) é um imigrante
africano em Paris que tem ficha na polícia, é semianalfabeto, pobre,
desempregado, desajustado na sua família e vive de previdência social. Philippe
(François Cluzet) é um magnata milionário, crítico de arte e tetraplégico que
perdeu a esposa ainda jovem e agora depende de seus empregados para fazerem
tudo para ele. Entrevistando candidatos à vaga de seu assistente pessoal,
Philippe conhece Driss que estava apenas interessado em pegar a assinatura de
mais um empregador o dispensando para poder continuar a receber a previdência
social. Philippe acha o senso de humor e personalidades de Driss interessantes
e decide contratá-lo. O choque de cultura e realidades inicial é grande, mas os
dois começam a desenvolver uma amizade peculiar que acaba por mudar a vida de
ambos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de tratar de temas pesados
(um homem tetraplégico viúvo e um negro marginalizado pela sociedade) o filme
encara tudo com leveza e bom humor. Se fosse um drama que as pessoas tivessem
que sacar o lenço a cada dez minutos, não funcionaria tão bem como funciona. É
hilário ver Driss achar um absurdo Philippe querer pagar 30.000 euros num
quadro branco com uns borrões de tinta azul. A princípio Philippe não entende a
ignorância de Driss relacionada à arte, mas depois acaba por ver do ponto de
vista do amigo, quando este pinta um quadro tentando imitar este outro de
30.000 e pergunta a Philippe quanto ele pagaria. Depois, o melhor é ver
Philippe tentando vender o quadro para um amigo como se fosse pintado por um artista
renomado cobrando 11.000 euros com um sorriso sarcástico nos lábios.<br />
<br />
Um ponto
chave (divertido e lindo) da narrativa é a festa de aniversário de Philippe, no
qual todos os seus parentes vêm para comemorar, ao som de uma orquestra de
câmara em uma cerimônia formal. Philippe solicita um <i>show </i>particular pra ele e
Driss no qual ele tenta ensinar apreciação para Driss, enquanto este faz comentários
divertidos como “Bach devia usar essa para pegar garotas”. Por fim chega a vez
de Driss mostrar sua música para o amigo, uma batida agitada que faz com que
todos na festa dancem e se divirtam. Philippe simplesmente se deleita nesse
momento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma metáfora incrível no filme é
a associação das dores noturnas de Philippe com o seu estado de imobilidade. É
como se seu corpo sofresse pelo fato de estar paralisado e não poder
proporcionar prazer de qualquer forma para o seu dono. E mal percebemos que
Philippe não sente mais essas dores noturnas depois de certo tempo de
convivência com Driss até que o segundo se ausenta de sua vida e as dores
retornam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um aspecto importante da
narrativa é a <i>arte</i>. Além de Philippe ser um crítico e entendedor, Driss passa a ver o
mundo de outra forma em parte por causa da arte, ao mesmo tempo em que também
Philippe passa a enxergar a própria arte diferentemente. Em certo ponto alguém
diz: “sabe por que as pessoas investem em arte? Porque é a única coisa que elas
de fato deixam.” Essa mudança de pensamento de Philippe é mostrada em uma sessão de ópera à
que eles vão: assim que as cortinas se abrem e Driss vê um homem vestido de
árvore cantando em tenor lírico, ele tem uma crise de riso que contagia o
próprio Philippe, que não se importa de estar quebrando protocolos e
incomodando os outros. Algo que para ele seria inaceitável tempos antes.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ambos são homens estigmatizados
pela sociedade. Um é negro, imigrante e de classe baixa, o que já é mais do que
suficiente para leva-lo a sofrer pré-julgamentos. O outro é tetraplégico e
solitário, o que faz com que sempre inspire a piedade dos outros. Ambos só
queriam ser tratados como iguais pelo resto do mundo, sem rótulos e
preconceitos. Philippe em certo momento diz para seu amigo que o repreende por
ter contratado uma pessoa como Driss: “sabe por que eu gosto dele? Ele sempre
se esquece de segurar o celular para eu falar. Ele esquece que eu preciso”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A influência de um na vida do
outros os tornou <i>intocáveis</i> pelo
mundo exterior, como sugere o título. Philippe sai de um ponto na vida em que pensava “é
mais difícil viver sem minha esposa do que nessa cadeira de rodas” para um momento
em que começa a pensar que pode ser feliz novamente. Driss parte de uma vida
sem nenhum futuro para uma situação em que se vê ajudando seu irmão adotivo
mais novo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As atuações são incríveis. Omar
Sy cria um Driss espontâneo, criativo, bronco, mas ao mesmo tempo adorável, às
vezes irritante, mas indispensável. François Cluzet encarna Philippe de forma
muito contida e expressiva, protagonizando os momentos mais tocantes do longa. Pelo
fato de estar interpretando um paraplégico, sua atuação fica muito limitada,
mas tudo que precisamos saber sobre o personagem está em seus olhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Intocáveis</i> tem que ser visto e revisto pelos amantes de Cinema. É
simples, mas ambicioso, emocionante, porém divertido, realista e atemporal. Seres
humanos são iguais em suas essências. É isso que o filme prova com brilhantismo
artístico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota: 10<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
P.S.: Existe um projeto de fazer
um remake americano. Sempre acho remakes desnecessários.<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-78006005379961779562012-07-23T06:28:00.000-07:002012-07-23T15:18:56.387-07:00Valente (Brave)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOMbmf-IfWcTzfpwrnW8DS5xhqaCya3a_dj8k0kc7ec94ZdBGrQRyzZ5am726oLaNmTKtjpsPfIPKWdECDK6xCgyjkFOl1MwufR3USHfBpAJ1NAbm_PavVf-8Q2PLw9PQ-l_yZs4worgE/s1600/Valente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOMbmf-IfWcTzfpwrnW8DS5xhqaCya3a_dj8k0kc7ec94ZdBGrQRyzZ5am726oLaNmTKtjpsPfIPKWdECDK6xCgyjkFOl1MwufR3USHfBpAJ1NAbm_PavVf-8Q2PLw9PQ-l_yZs4worgE/s200/Valente.jpg" width="135" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Valente (Brave) - EUA – 2012<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direção: Mark Andrews, Brenda
Chapman e Steve Purcell<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Roteiro: Brenda Chapman, Mark Andrews, Steve
Purcell e Irene Mecchi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com uma carreira quase impecável,
os estúdios Pixar já provaram para o mundo que não é só de adaptações de
histórias dos irmãos Grimm que vivem os filmes de animação. Sempre apostando em
roteiros originais com personagens fora do convencional, John Lasseter e sua
equipe já encantaram a todos com a trilogia <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/06/toy-story-3-idem.html">Toy Story</a></i>, <i>Os incríveis</i>, <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/05/up-altas-aventuras-up-eua-2009-direcao.html">Up – altas aventuras</a></i>, <i>Ratatouille</i> entre outros. Depois de um
fraco Carros 2 (porque faze uma continuação?) esse novo <i>Valente</i> surge como um filme interessante, mas nada extraordinário
como estamos acostumados a esperar do estúdio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Princesa de um reino em um lugar e
tempo desconhecidos para mim (imagino que seja uma Europa Medieval), Merida
desde pequena mostra preferência por atividades como cavalgar, arco e flecha, entre
outros tipos de desafios que envolvem a natureza e o seu físico, pouco
convencionais para uma moça na sua posição de princesa e para a ambição de sua
mãe, a rígida rainha Elinor, que tem planos maiores para a garota, que é
formá-la para ser uma perfeita esposa e rainha para seus pretendentes. Diante
de um casamente arranjado com um dos três príncipes nada interessantes para
Merida (e para ninguém, eu acho), ela deseja apelar para a magia de uma
misteriosa e divertida bruxa da floresta, que lhe oferece a opção de mudar a
sua mãe para que esta deixe Merida fazer suas próprias escolhas. O plano não dá
muito certo, transformando Elinor em um gigante urso, que passa a ser
perseguido por seu pai, e as comitivas dos três reinos de seus pretendentes.
Para piorar, se a situação de Merida e sua mãe não for solucionada até o por do
sol do segundo dia depois do início do encanto, Elinor será um urso para
sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Merida é uma protagonista muito
interessante. Espírito livre e vivaz, ela só ansiava por poder fazer suas
próprias escolhas, o que demonstra que ela de certa forma era feminista (sem
saber) e uma garota a frente de seu tempo. Só o fato de a Pixar criar um longa
com uma protagonista mulher e feminista já é algo notável. Mas o triste é que o
que é notável fica por aí. As possibilidades criadas pelo primeiro ato são
desperdiçadas por uma história um tanto rasa e com uma resolução forçada,
criada apenas para cumprir o papel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O centro da narrativa a meu ver
deveria ser o relacionamento de Merida e Elinor e os conflitos que a diferença
de personalidades e de gerações entre as duas gera. E de fato o é. Mas o filme
perde o foco ao longo da projeção apostando em <i>gags</i> de humor físico que são engraçadinhas e agradam ao público
infantil que é o grande alvo do estúdio, mas as vezes soam forçadas e fora de
hora. Outros dois aspectos muito desnecessários que poderiam ser retirados do
filme sem nenhuma alteração são as <i>luzes
mágicas</i> que surgem na floresta sempre que é conveniente e a subtrama
envolvendo a bruxa e uma antiga lenda do passado que ressurge quase que nos
minutos finais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Elinor e Merida são mãe e filha
que se amam, mas tem suas diferenças para acertar. As possibilidades de ideias
para serem exploradas aí são enormes: feminismo, conflito de gerações,
relacionamentos familiares, compreensão com as diferenças, tolerância, entre
outros; mas o roteiro deixa tudo isso só na promessa. A densidade dramática
fica por conta de poucas cenas no final no terceiro ato, e é quebrada por
frases como “siga seu coração”, e outras coisas ao estilo Disney. Esse fato me
deixa extremamente triste, visto que a Pixar sempre presou por passar mensagens
relevantes apostando na força de suas boas histórias e de seus personagens bem
desenvolvidos, sem apelar para lições de moral <i>faladas</i> na conclusão dos filmes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Elogios devem ser dados à parte
técnica, como sempre. O visual das “paisagens” e “locações” impressiona, assim
como o figurino e aparência física dos personagens. Os rostos são extremamente
expressivos e os movimentos parecem perfeitamente naturais. O único problema
com o visual do filme (que foi comprovado pela opinião de outras pessoas, não
só a minha) é a escuridão das cenas que se passam à noite ou no interior de
algum ambiente escuro. É claro que o óculo 3D escurecem a fotografia, mas isso
tem que ser levando em conta pelos realizadores. Parece um erro muito primário
para mim. A trilha sonora encanta e traz o clima do tempo e do lugar. As duas
ou três canções que tocam ao longo do filme passam um pouco despercebidas. Talvez
seja porque eu as escutei em português, mas acho improvável. As melodias são
genéricas e as letras... nem me lembro. Acho que o fato de o roteiro ter sido
escrito por QUATRO pessoas e a direção ser assinada por TRÊS delas prejudicou o
resultado final.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas nem de longe <i>Valente</i> é um filme que não merece ser
visto. Na verdade, qualquer filme merece ser visto porque ele pode comunicar
algo, por pior que seja. É a melhor animação do ano até o momento, o que não
significa muito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota: 7,0<o:p></o:p><br />
<br />
P.S.: Adorei a companhia de Daniele, Vagner, Heitor, Sophia e Phillipe.</div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-18538712946257606522012-07-23T06:23:00.001-07:002012-07-23T06:23:33.390-07:00Retorno às atividades<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois de um hiato bem grande sem
postar aqui, estou voltando hoje com um texto sobre <i>Valente</i>. Espero que as postagens sejam mais frequentes (eu tenho
essa dificuldade de manter o ritmo por conta do trabalho), porque sinto grande
prazer em escrever sobre filmes/livros e ler os comentários dos leitores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Abraços.<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-28269937317774036872012-05-28T11:16:00.000-07:002012-05-28T11:27:12.972-07:001984<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHabXZ_3quHstBvaP6qMuhminCOnatYMF2PpbYcM-TrlizO7Mqz5WZ_aDj4EMqOW66fThgg0jnnjD-K_joOUg7XRQzAijJWE6Z44NRWkwDwmV5cEe7KCCS6ml93NxDbjOQ0gXZr5dwyFE/s1600/s_MLB_v_O_f_163540784_7182.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHabXZ_3quHstBvaP6qMuhminCOnatYMF2PpbYcM-TrlizO7Mqz5WZ_aDj4EMqOW66fThgg0jnnjD-K_joOUg7XRQzAijJWE6Z44NRWkwDwmV5cEe7KCCS6ml93NxDbjOQ0gXZr5dwyFE/s200/s_MLB_v_O_f_163540784_7182.jpg" width="128" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">Autor: George Orwell</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">Editora Companhia das Letras, 2009. 416 páginas.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">Quando li num texto na internet que dizia que "uma pessoa que não conhece o trabalho
de George Orwell não pode dizer que gosta de literatura", tratei logo de
corrigir o erro, do qual me envergonhei internamente, e comprei a obra que
todos consideram máxima do autor:</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"> </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">1984</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">.</span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
É impossível falar do livro sem citar o contexto no qual foi escrito. Foi
publicado no ano de 1949, em pleno fim da Segunda Guerra Mundial, quando o
mundo entrava numa Guerra Fria que duraria muitos anos e começava a se dividir
em duas partes: Capitalista e Socialista. Orwell criou o que se costuma chamar
na literatura de<span class="apple-converted-space"> </span><i>utopia</i>,
mas ao contrário das utopias comuns que apresentam uma perspectiva e previsão
geralmente positivas do futuro, Orwell apresenta uma visão extremamente
negativa, na qual ele apresenta sua versão baseada na interpretação da
realidade na qual ele estava inserido. Ele também não deixa de mostrar sua
visão pessimista da humanidade. Essa forma de utopia negativa é conhecida
também por<span class="apple-converted-space"> </span><i>distopia</i>. Essa
negatividade é interessante e tem uma importância enorme para abrir os olhos do
leitor para aquilo que poderia acontecer ou já estava acontecendo com o governo
e a sociedade se nada fosse feito pelos cidadãos, e que também se mostra tão
atual nos dias de hoje; principalmente com a existência de inúmeros<span class="apple-converted-space"> </span><i>reality shows</i><span class="apple-converted-space"> </span>na tv aberta e fechada que tomam a
forma e ideologia que Orwell descreve (soando como uma espécie de “previsão”
acertada) e que tem a mesma função da<span class="apple-converted-space"> </span><i>teletela</i><span class="apple-converted-space"> </span>descrita no livro, de controlar e
alienar completamente os cidadãos; outro exemplo que mostra a atualidade da
obra de Orwell é a presença constante de guerras no mundo atual desde a Segunda
Grande Guerra, as ditaduras que se espalham e crescem ao redor do mundo,<span class="apple-converted-space"> </span> a imprensa tendenciosa e
imparcial e a arte alienada, que não se importa de informar e conscientizar as
pessoas. Até mesmo o nome do<span class="apple-converted-space"> </span><i>reality
show</i><span class="apple-converted-space"> </span>mais famoso no Brasil e
no mundo é inspirado no livro de Orwell, o que é uma grande ironia.</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
Winston é o personagem principal que representa a sociedade e também cada um de
nós. Vive sozinho num cubículo, cercado de<span class="apple-converted-space"> </span><i>teletelas</i><span class="apple-converted-space"> </span>(câmeras do governo que o vigiam dia e
noite) em alguma cidade não citada da Oceânia, uma espécie de continente que
também forma uma unidade política. O mundo é divido em três dessas unidades:
Oceânia, Lestásia e Eurásia, que vivem em guerra entre si ou às vezes aliadas,
como descobrimos mais à frente no livro. A identificação do leitor com Winston
é imediata, porque apesar de ter uma narrativa ágil e interessante, o livro não
contem muitos acontecimentos em si. A desenrolar dos fatos se passa mais na
mente de Winston do que no mundo externo. Sua inquietação e insatisfação com o
sistema totalitário imposto pelo partido e pelo Grande Irmão (<i>Big Brother)</i><span class="apple-converted-space"> </span>despertam em nós uma simpatia enorme,
porque com nossas mentes e vidas livres de tantas cadeias como às que ele
estava submetido, imagino que o desejo de liberdade de Winston é exatamente o
mesmo ou ainda maior, do que o que teríamos no lugar dele. A realidade que ele
conhecia era aquela, mas algo no fundo de sua mente dizia que ele não tinha
nascido para viver daquela forma. A necessidade de liberdade é um dos instintos
mais básicos dos seres humanos.</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
Tudo que ele queria era encontrar alguém com o mesmo desejo de mudança, de
causar uma revolução que ele. Ele não sabia exatamente como ou por onde
começar, e nem se de fato existiam outras pessoas com o mesmo pensamento que
ele ou se ele estava simplesmente delirando. Quando encontra essas pessoas,
Winston entra no processo de sair do campo das ideias e passa a fazer algo de
concreto. A parte que ele tem acesso ao livro de uma sociedade secreta que
explica o sistema de governo do Grande Irmão é simplesmente incrível. Não
consegui parar de ler até o fim do livro.</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
Mas o mais importante do livro mesmo é como Orwell entra no âmago da relação
governo/sociedade. Ele disseca e analisa exaustivamente e de todos os ângulos
possíveis o poder de influência das autoridades na vida particular de cada
indivíduo. Através da imprensa, da arte, da tv, propaganda e publicidade, vida
pessoal, amorosa, familiar até mesmo amizades. Claro que grande parte das
coisas descritas por ele na sociedade que ele imaginou não acontecem hoje em
dia. Não em nosso país e não da forma como ele descreve, mas manipulação e
censura da arte e imprensa é coisa que já foi vistas várias vezes ao longo da
historia em qualquer governo totalitário, que objetivam, assim como na
realidade alternativa de Orwell, manipular a<span class="apple-converted-space"> </span><i>opinião</i><span class="apple-converted-space"> </span>e o<span class="apple-converted-space"> </span><i>sentimento</i><span class="apple-converted-space"> </span>das pessoas. Chega a ser assustador
você pensar que sua mente pode ser manipulada de forma tão inescrupulosa por
terceiros para interesses próprios. Na maioria dos casos, o poder pelo poder,
simplesmente. Uns dos piores frutos dessa manipulação nos dias atuais são
fáceis de serem<span class="apple-converted-space"> </span>reconhecidos:
nacionalismo exacerbado e terrorismo.</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-outline-level: 3; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Minha visão de mundo mudou completamente depois da leitura de<span class="apple-converted-space"> </span><i>1984</i>. Acho que pessoas que
acham que romances são alienadores e sua leitura é perda de tempo nunca leram
nada ambicioso, complexo e profundo como<span class="apple-converted-space"> </span><i>1984</i><span class="apple-converted-space"> </span>e também, porque não, algo tão
agradável de ler. É leitura obrigatória.</span><b><span style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<br />Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-86485894329666264542012-05-22T09:36:00.001-07:002012-05-22T09:36:53.628-07:00Trilogia "Millenium"<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;"><span style="color: white;">Terminei de ler a trilogia "Millenium". O terceiro livro "A rainha do castelo de ar" é simplesmente difícil de para de ler. A narrativa do primeiro adquire proporções épicas no segundo e terceiro livros envolvendo Lisbeth Salander e Mikael Blonkvist que acabam atingindo toda a Suécia e provando e que Lisbeth é uma grande vitima do Sistema desde criança. O julgamento no desfecho do livro é incrível. A forma de escrita de Stieg Larsson é crua e sem floreios de linguagem, mas a história não perde o ritmo em nenhum momento e nem o foco, o que eu admiro muito. Sem contar na qualidade das situações e arcos dramáticos que ele cria e na ação frenética e tensão que permeia todo o tempo. Recomendo.</span></span>
</div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-30052376948713951822012-05-22T07:36:00.000-07:002012-05-22T07:36:27.275-07:00Arte trapaceira: uma reflexão a partir de “Battleship – batalha dos mares”<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu poderia fazer aqui um texto
destroçando <i>Battleship – batalha dos
mares</i> como eu fiz com <i>Transformers –
o lado oculto da Lua</i>, mas ao invés disso, resolvi refletir um pouco sobre o
Cinema norte americano e os caminhos que ele tem tomado nos últimos anos com o
mais recente 3D ressuscitado por <i>Avatar</i>
<i>(2009)</i> e porque não também refletir
sobre as três últimas décadas, desde que os efeitos digitais (CGI) começaram a
ser introduzidos no Cinema como ferramenta para criar aquilo que não poderia
ser filmado da forma convencional com o ótimo <i>O enigma da pirâmide</i> <i>(1985)</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_vFNZoLMwxBkwTiO9ACbkBsz-auklod8vZwPiozM0KvsgIe0clg9kW9hvBas79vRar0cm7o7y8audaR1saJK47dGrOHLfrjXY0xCxg16qhCySVc42z5n-vTwG7IEfxtcJPgyqE29TOI4/s1600/battleship_poster28-03-400x574.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_vFNZoLMwxBkwTiO9ACbkBsz-auklod8vZwPiozM0KvsgIe0clg9kW9hvBas79vRar0cm7o7y8audaR1saJK47dGrOHLfrjXY0xCxg16qhCySVc42z5n-vTwG7IEfxtcJPgyqE29TOI4/s200/battleship_poster28-03-400x574.jpg" width="138" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Desde que os Irmãos <i>Lumière</i> criaram em 1985 aquilo que viria
a ser mais tarde o Cinema como o conhecemos como forma de Arte, não passou
muito tempo para que alguém percebesse o potencial comercial da ferramenta para
ele se tornar popular ao redor do mundo como forma de expressão artística e
entretenimento (coisa que não vejo de forma negativa, visto que artistas
precisam ser pagos pelo seu trabalho para poderem se dedicar às suas obras).
Não há problema nenhum em uma arte se tornar comercial. Principalmente o Cinema
precisa se pagar muito bem, visto que exige tantos recursos para sua realização
(mesmo um curta metragem de três minutos pode custar milhões). Diferente da
literatura, por exemplo, que só necessita de um arquivo de <i>word</i> em branco para acontecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em qualquer forma de arte, quando
um artista é desonesto e tenta simplesmente fazer um produto para ser vendido e
fazer sucesso, aqueles que a consomem e que têm um <i>mínimo</i> de senso crítico conseguem perceber essa “trapaça” e falta
de inspiração de cara. Não é incomum escutar músicas de um cantor <i>pop</i> que parecem ter sido feitas dentro
de uma “fórmula” para o sucesso, com letras, instrumental e melodias genéricas.
Não é incomum ver em salas alheias quadros que mais parecem cópias de outros,
com paisagens bonitas, mas que não apresentam nada de novo, seja no traçado,
nas cores, etc. E você não se surpreende quando vai à casa de outra pessoa e
encontra um quadro praticamente idêntico ao visto anteriormente. Também não é
raro ler livros com histórias “repetidas”, batidas, cheias de clichês,
previsíveis, e com recursos narrativos que são verdadeiras bengalas do autor,
na qual ele se apoia para esconder a falta de talento (vide Stephenier Meyer,
Dan Brown e Nicholas Sparks). Imagino que desde que a arte existe, existe esse
tipo de coisa. Mas quando vi <i>Battleship –
batalha dos mares</i> pensei que Hollywood ultrapassou todos os limites.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Muitas vezes eu vi comédias
românticas feitas com o único proposito de agradar ao público jovem e que eram um
tanto vazias, mas me diverti muito (<i>O
melhor amigo da noiva, 2008</i> para citar uma); ou um filme de ação genérico
que conseguiu capturar minha atenção e me prender na história e na ação em si (<i>Salt, 2010</i>). Não sou um cinéfilo chato
que só assiste filmes “de arte” e despreza o Cinemão Hollywood que é feito com
o propósito de arrecadar milhões. Mesmo esses longas podem conservar certa
qualidade artística e ambição narrativa. Me lembro agora de <i>Avatar (2009)</i>, já citado anteriormente no
texto. A maior bilheteria da história, com orçamento estimado em torno de
quinhentos milhões de dólares que, apesar de toda a publicidade que teve
continua relevante. Hoje, passados quase três anos de seu lançamento, um tempo razoável
para toda a poeira levantada em torno de si se assentar, o filme continua sendo
importante, tanto pelo fato de ter estabelecido avanços na área dos efeitos
visuais quanto em sua narrativa, porque conta uma história importante, que
aborda conceitos profundos sobre a existência humana, filosofia e
espiritualidade. E é um grande entretenimento!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas Battleship...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O filme é completamente vazio de
conteúdo. Os personagens não são pessoas. São objetos usados pelo roteirista
como desculpa para criar sequências de ação grandiosas com CGI na potência
máxima. O roteiro é tão tolo que chega a não fazer sentido em vários momentos.
Enfim, não é necessário ficar falando da mediocridade do filme. Mas tenho que
reconhecer que um ponto positivo ele tem: há um plano-sequência incrível
envolvendo uma fuga de um navio. Tenho que reconhecer que achei muito bom
(vindo de alguém de gosta muito de planos-sequência).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpsRH9_v77O-itleYTImMlffuWX4I2iOUqYkySOZv1Ov-Mj21bgHRTnTvmzUE-CNhkea4b48AwYCd7z_aHl-so5l2eGQnIY5rHkLtltb1Czwl3hrGTgn5FmbiiaOSyNvo_Zm9HAcydgFg/s1600/PTAnderson.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpsRH9_v77O-itleYTImMlffuWX4I2iOUqYkySOZv1Ov-Mj21bgHRTnTvmzUE-CNhkea4b48AwYCd7z_aHl-so5l2eGQnIY5rHkLtltb1Czwl3hrGTgn5FmbiiaOSyNvo_Zm9HAcydgFg/s200/PTAnderson.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Preocupa-me o futuro do chamado Cinema
comercial americano. É de longe o mais consumido no mundo todo. Enquanto bombas
como <i>Battleship</i> e <i>Transformers</i> (da mesma produtora) fazem
bonito nas bilheterias (até dia 20 de maio <i>Battleship</i>
só perdia para <i>Os Vingadores</i>), não é
raro ver filmes um pouco mais alternativos e menos badalados passarem batidos, com
exibição em poucas salas, campanhas publicitárias apagadas e como consequência
disso, bilheterias pouco expressivas. É com frequência que saio da sala de
Cinema pensando “todo mundo deveria ver esse filme...” por ele ser importante
por ou motivo ou outro, mas na maioria das vezes, esses são os que quase
ninguém vai ver. Não porque eles sejam ruins ou chatos, mas porque não dispõem da
arma ($$) publicitária que os <i>Transformers/Battleships</i>
da vida têm. Eu tenho consciência de que sempre será assim: filmes mais
ambiciosos artisticamente terão bilheteria menor do que os feitos para serem <i>blockbusters</i>. Mas será que essa
diferença não pode ser um pouco diminuída?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Fico triste quando escuto alguém antes de mim na
fila da bilheteria do Cinema perguntar para o atendente “qual é o filme em 3D
passando?” Onde está o senso crítico dessa pessoa? Ela está disposta a consumir
o que quer que seja simplesmente porque alguém disse pra ela que ver filmes em
3D é legal? E se for alguma besteira do Michael Bay ou do Rob Schneider em 3D, será
que não importa o quão fútil e lixo seja, contanto que seja 3D? Quantos por
cento da população pensam desse jeito? São perguntas como essas que passam pela
minha cabeça nessas horas. Não sou um chato e não quero ver toda a população
mundial pagando de </span><i style="line-height: 115%;">cult</i><span style="line-height: 115%;"> só querendo
ver os filmes do P. T. Anderson e Roman Polansky. Quero ver filmes bobinhos
também pra me divertir, mas mesmo quando for assim, quero pelo menos não ter
minha inteligência ofendida e nem ser bombardeados com conceitos ruins como
machismo, patriotismo cego, xenofobia, racismo e homofobia como costuma muitas
vezes acontecer com filmes medíocres. E mais do que tudo, gostaria de ver as
pessoas distinguindo a diferença entre arte ruim e boa, e assistindo a TODO
tipo de cinema, mas depois da sessão, discutindo com os amigos aquilo que
acabaram de ver e transformando o filme em conceitos e ideias boas e
aproveitáveis para suas vidas.</span></span></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-20357046893327208622012-04-18T18:03:00.000-07:002012-04-18T18:03:42.676-07:00Titanic em 3D. É mesmo necessário?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não gosto da ideia de converter filmes rodados em 2D para 3D. A linguagem 3D é relativamente nova, mas uma coisa já é muito clara: ela mudou conceitos básicos na concepção estética dos filmes. Como exemplo com relação ao <i>campo</i> e <i>contra campo </i>e a predominância de planos abertos no 3D em detrimento de planos fechados, só para citar alguns. A conversão de filmes para 3D só tem servido como uma muleta comercial, para atrair mais público. Pessoas (acredite ou não, eu já vi isto acontecer) chegam à bilheteria do cinema e perguntam “quero o ingresso do filme em 3D que está passando”... Enfim, esta pessoa em questão, que é uma fatia considerável do público, ignora completamente a obra que está prestes a assistir e encara o cinema como um simples entretenimento rápido e relativamente barato, algo que se assemelha a um parque de diversões, talvez. Coisa que acho absurda.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Cinema é sim entretenimento. E se um dia deixar de ser vai perder totalmente a graça. Mas antes disso é Arte, e transmite conceitos, ideias, emociona a audiência entre outras coisas. Isso nos leva aos relançamentos de grandes <i>blockbusters</i> em 3D, como <i>Star Wars – Ameaça Fantasma</i> e <i>Titanic</i>. É de se esperar que as duas trilogias completas de George Lucas sejam lançadas novamente no cinema em 3D e também há boatos de que <i>O Senhor dos Anéis</i> irá pelo mesmo caminho. Assisti à <i>Ameaça Fantasma</i> e <i>Titanic </i>convertidos, mas não pelo fato de achar relevante vê-los assim, mas sim por simplesmente aproveitar a oportunidade para ver ou rever esses longas na telona. Porém um fato permanece: se um filme foi concebido em 2D, ele deve ser exibido em 2D, não em 3D. Alguns falam que isso é <i>mutilar</i> a obra original, o que de certa forma eu concordo, mas acho também o uso do termo um pouco exagerado.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Voltando ao filme...<i> Titanic</i> se tornou tão popular que hoje em dia é comum encontrar pessoas que gostam de odiá-lo pelo simples prazer de ser diferente de todo o resto do mundo que ama o filme. Mas negar a qualidade do filme é algo que acho patético. A história de amor, mesmo sendo um tanto clichê (rapaz pobre se apaixona por moça rica), é contada de forma incrível por James Cameron. Todos os quadjuvantes têm seu momento em cena bem aproveitado e têm sua importância. O que poderia ser simplesmente um filme sobre um naufrágio, é um filme sobre <i>pessoas</i>, que emociona do início ao fim, e por isso se faz importante. Sem contar em todo o avanço em tecnologia de efeitos visuais que Cameron desenvolveu e trouxe para a indústria cinematográfica com o filme.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Confesso que assistir ao longa no cinema (acredite, eu só tinha visto em casa) foi incrível. O 3D é simbólico. Mas pela primeira vez chorei e passei um bom tempo depois da sessão pensando no que eu acabara de ver e na experiência cinematográfica que James Cameron proporcionou.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fiquei muito feliz em ver a sala de Cinema cheia. Isso significa, como minha amiga Daniele disse, que o filme <i>tem</i> algo, independente do que os <i>haters</i> hoje em dia falem. Mas em um ponto eu tenho que concordar com os <i>haters</i>: agente podia ter passado sem a música da Celine Dion.<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-47242268351161269282012-04-18T17:59:00.001-07:002012-04-18T18:29:19.639-07:00O Poderoso Chefão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaZFXjpi81vu6xp_5ep25Db7Fqg6DLO-lA0hMUZl6kwHWD8XyizZwmcbLQvnFeSY3W3Q5hw5m6oHzX4c8ACRkhPxJjyNfa6u-EhaP96kJYHhXAoO0Wun8l8UEPwRg_G6GB8MWJ3Bi1kiw/s1600/CapaGodfatherQG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaZFXjpi81vu6xp_5ep25Db7Fqg6DLO-lA0hMUZl6kwHWD8XyizZwmcbLQvnFeSY3W3Q5hw5m6oHzX4c8ACRkhPxJjyNfa6u-EhaP96kJYHhXAoO0Wun8l8UEPwRg_G6GB8MWJ3Bi1kiw/s200/CapaGodfatherQG.jpg" width="135" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Autor: Mario Puzo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Edições Best Bolso, 2011. 655 páginas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“<i>Eu vou lhe fazer uma proposta que ele não poderá recusar.</i>” Essa frase icônica resume bem o centro da narrativa de <i>O Poderoso Chefão</i>, de Mario Puzo. Don Corleone pode ser considerado um gênio da estratégia e dos relacionamentos interpessoais. Acompanhar no livro a trajetória de sua família e seus amigos na luta por manter a hegemonia sobre a máfia (palavra que eles nunca usam, trocando-a por Família) de Nova York foi uma experiência muito interessante e um estudo de personagens incrível.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Falar do livro sem falar da trilogia dirigida por Francis Ford Coppola é impossível. Puzo e Coppola adaptaram para o cinema a saga dos Corleone de forma mais bem sucedida e substancial do que o livro. Os filmes abrangem um ciclo que começa com Vito Corleone e se fecha com Michael seu filho de forma brilhante (como já escrevi nos textos sobre a <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/04/o-poderoso-chefao-godfather-eua-1972.html">Parte 1</a></i>, <a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/05/o-poderoso-chefao-part-ii-godfather.html"><i>2</i> </a>e <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/07/o-poderoso-chefao-parte-iii-godfather.html">3</a></i>). O livro não se preocupa em fechar esse ciclo, e às vezes assume uma cronologia não linear, que pra mim não tem muito propósito narrativo, chegando até a atrapalhar em alguns momentos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um exemplo dessa falta de linearidade é quando certo personagem é baleado na rua pelos seus inimigos e só tomamos conhecimento do fato através de um parente seu que lê a manchete no jornal, para só depois Puzo descrever o incidente com detalhes. Não sei se foi porque eu já conhecia a história profundamente, mas essa falta de linearidade não causou nenhum impacto em mim. Somente soou como uma estética literária um pouco sem propósito. Outro ponto que me incomodou um pouco foi o excesso de atenção que Puzo dedica a personagens secundários, que na minha opinião não mereciam muito destaque e tantas páginas. Um desses exemplos é Johnny Fontane, a celebridade de Hollywood pertencente à Família. Puzo gasta vários capítulos com ele, seu primo a quem o próprio ajuda e à sua ex esposa e filhas. Esse arco narrativo rende até alguns momentos interessantes, mas nada que contribua muito para o desenvolvimento da história da Família Corleone em si, soando como um <i>filler</i> no livro.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Excluindo as partes desnecessárias e mal construídas, o livro é um estudo incrível de personagens. Don Vito Corleone é uma das figuras mais complexas e interessantes da literatura/cinema. O seu poder de influência nas várias camadas da sociedade, política e economia é impressionante. Eu pude compreender melhor como eram os planos de ação e as estratégias de Don Vito lendo o livro. Puzo dedica muito tempo a isso, coisa que eu gostei muito. Como ele estabelecia seu poder e sua influência através das relações pessoais e o respeito por aqueles da sua Família. Logo nas primeiras páginas já temos ideia dos princípios e da lógica de Don Vito. Bonasera pede sua ajuda, mas Don Vito o lembra do fato que ele não o respeita como pessoa. Ele apenas quer vingança e quer usar o poder de Don Vito para isso. Ele nunca “pediu para o Don ser padrinho de seus filhos” e nunca o “convidou para ir a sua casa como um amigo...”. Entendemos os princípios com que o Don governa os seus familiares e amigos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mesmo sendo um homem criminoso e cruel, matando quando se faz necessário, Don Vito obedece ao seu próprio código de conduta e caráter, considerando uma desonra agir fora de seus princípios. Até mesmo o centro da narrativa, que é a resistência da Família Corleone com relação às outras Cinco Famílias para entrar no tráfico de narcóticos exemplifica isso. A justificativa de Don Vito para sua relutância é que esse tráfico “destruirá as famílias”.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando Michael assume a liderança da Família logos após Sonny, percebemos como Don Vito e todo o seu conhecimento do sistema e sua sabedoria fazem falta. Chegamos até a temer seriamente pelo futuro da Família e o seu equilíbrio. Mesmo ela resistindo às outras cinco Famílias, eles preservarão a mesma integridade de antes, sob o domínio de Don Vito?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A escrita de Puzo é muito fluída e prende a atenção. Mesmo nas partes que considerei “menos interessantes”, como disse antes, não deixaram de me atrair de um modo ou de outro. Todo o universo criado por ele e os personagens são muito cativantes e instigantes. O livro nunca é chato. Os arcos narrativos se completam e se desenvolvem com muita inteligência. O estado emocional e psicológico do qual Michael começa no início da história e até onde ele chega ao fim é incrível. Ele e Don Vito são de fato os protagonistas.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outra parte que me tocou muito foi conhecer o passado do Don Vito na Cicília e o início de sua vida na América. O <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com.br/2010/05/o-poderoso-chefao-part-ii-godfather.html">segundo filme</a></i> mostra isso, mas não com a riqueza de detalhes do livro. Foi inesperado e muito prazeroso acompanhar a sua jornada e sua transformação no homem que já conhecíamos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ler o livro só me fez admirar mais o trabalho de Puzo e Coppola no Cinema e me apaixonar mais pela história e os personagens.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nota: 8,0<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-18286794242233513212012-04-11T14:19:00.000-07:002012-04-11T14:19:22.126-07:00A better life (Idem)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEuxR4SPDyt0lFu-ViXSz3EpjWtai8E_YS5sdgtl4juD5MYMYHfF1KJzLs20dHiY74X95FxpeZ5XO3kaC-UxTe-6WNne3v8912xHaiP5N_syT2-ZSaKD8y9rn-SkJJPnGbdbIipV-pPs/s1600/A-Better-Life.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEuxR4SPDyt0lFu-ViXSz3EpjWtai8E_YS5sdgtl4juD5MYMYHfF1KJzLs20dHiY74X95FxpeZ5XO3kaC-UxTe-6WNne3v8912xHaiP5N_syT2-ZSaKD8y9rn-SkJJPnGbdbIipV-pPs/s200/A-Better-Life.jpg" width="132" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A better life (Idem) – EUA<o:p></o:p></span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Direção: Chris Weitz<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Roteiro: Eric Eason e Roger L. Smith<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>A Better life</i> é a prova de que o roteiro cinematográfico é tão importante quanto à direção. Se isso não fosse verdade, seria impossível que o mesmo diretor que dirigiu o vergonhoso <i>Lua Nova</i> (<i>New Moon</i> – 2009) fosse responsável por esse ótimo <i>A better life</i>. É calor que o diretor pode ter amadurecido e aprendido com o tempo e experiência, mas não foi o caso, visto que <i>Lua nova</i> é do recente ano de 2009. O roteiro de <i>A better life</i> é de fato muito sólido, os personagens são bem definidos e a história sabe aonde quer chegar e o que quer provar para a audiência. A direção de Chris Weitz simplesmente pega o material original e transforma num filme tocante.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Carlos Galindo (Demián Bichir) é um imigrante mexicano que vive ilegalmente nos Estados Unidos com seu filho. Ele trabalha para outro compatriota mexicano prestando serviços de jardinagem. Quando seu chefe consegue juntar dinheiro suficiente para voltar para seu país, Carlos decide pegar dinheiro emprestado com sua irmã para comprar a caminhonete de seu chefe. A caminhonete é roubada; ele tenta recuperá-la ao mesmo tempo em que tem que lidar com seu filho rebelde prestes a entrar para a <i>gang</i> local e ainda tenta escapar da Polícia dos Estados Unidos para não ser deportado, e se ver obrigado a viver longe de seu filho.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Com essa premissa que poderia levar o filme a ser um dramalhão digno de uma novela mexicana, Weitz escapa disso e adota a sensibilidade como guia para contar sua história. Desde os primeiro momentos vamos tomando conhecimento da rotina de Carlos no trabalho e seu relacionamento complicado com seu filho; tudo com pequenos acontecimentos e poucos diálogos. Para isso, o desempenho de Demián Bichir e José Julián como seu filho são incríveis e imprescindíveis. O primeiro consegue mostrar que cada coisa que faz durante o seu dia é dedicada ao seu objetivo de dar uma vida melhor ao sue filho. Mas ao mesmo tempo todo o seu esforço de trabalhar muitas horas por dia o faz passar pouco tempo ao lado do garoto, o que nos leva a performance de José Julián. O garoto Luiz vivido por ele é irritante na maior parte do tempo por causa do seu desprezo com o pai e sua tendência à rebeldia e criminalidade. É muito claro para todos nós, expectadores da história, que tudo que Carlos fazia era para o bem de seu filho, menos para o próprio garoto. Mas ele não é só um adolescente rebelde sem causa. Ao longo da projeção percebemos que o que Luiz queria era passar tempo com seu pai assim como eles passavam em sua infância e ter um pouco de sua atenção. Na conversa final do terceiro ato do longa isso fica bem claro. Senti-me muito tocado. Fez-me pensar que quase todos os pais são assim: mesmo cometendo erros, como qualquer ser humano, no fundo eles sempre querem o melhor para seus filhos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Outro momento que me tocou muito foi quando Luiz pergunta a seu pai durante uma feira frequentada por mexicanos “<i>por que todas essas pessoas pobres e imigrantes ilegais têm filhos</i>?”. O olhar de decepção e mágoa nos olhos de Carlos expressam tudo o que ele sentia. Mais tarde ele tem a oportunidade de explicar a Luiz o seu motivo de ter um filho.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A trilha sonora do sempre talentoso Alexandre Desplat pontua a história de forma discreta e bem colocada. A música não chama atenção para si, como em muitas produções, mas está ali, nos momentos certos na medida certa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>A better life faz</i> com que aqueles que assistiram à história de Carlos e Luiz em forma de arte passem a olhar o mundo e as pessoas de forma um pouco diferente. Afinal, não é esse o objetivo de toda arte?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nota: 9,0</span></span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-66292987672471520712012-04-10T17:20:00.000-07:002012-04-10T17:20:44.239-07:00Cavalo de Guerra (War Horse)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjijxzyWRq0tihaICCAwyh8MlblCMBDz0C78HHoT7hXpk-EpwAiObZLC7Wrp-B5bPIVGArPNEdGPYxmwVKGb4AgmWMOL_Stho1-uLC6Z5qDgU79TGd3hz4D3sd6Y72PTmgbgdEU4K92A7U/s1600/220px-War_Horse_P%C3%B4ster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjijxzyWRq0tihaICCAwyh8MlblCMBDz0C78HHoT7hXpk-EpwAiObZLC7Wrp-B5bPIVGArPNEdGPYxmwVKGb4AgmWMOL_Stho1-uLC6Z5qDgU79TGd3hz4D3sd6Y72PTmgbgdEU4K92A7U/s200/220px-War_Horse_P%C3%B4ster.jpg" width="134" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Cavalo de Guerra (War Horse) – EUA/Reino Unido – 2011<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Direção: Steven Spielberg<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Roteiro: Lee Hall e Richard Curtis, baseado no livro homônimo de Michael Morpurgo<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Quem bom que no ano passado Spielberg lançou o ótimo <i>As aventuras de TinTim</i>, porque se seu prestígio como artista dependesse somente desse fraco <i>Cavalo de Guerra</i>, ele estaria seriamente comprometido. O diretor apostou todas as suas fichas no seu drama de guerra, visto que das duas últimas vezes em que fez isso com <i>A lista de Schindler</i> e <i>O regate do soldado Ryan</i>, foi bem sucedido com o público, crítica e premiações (dois Oscar’s de melhor diretor).<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Cavalo de Guerra</i> conta a história do cavalo do título, Joey, que é comprado num momento de insanidade por Ted Narracott (Peter Mullan) um fazendeiro alcoólatra. Seu filho Albert (Jeremy Irvine) se encanta pelo cavalo desde o primeiro momento que o vê. Ele passa a se dedicar a cuidar do animal e ensiná-lo a arar a terra para tentar salvar a fazenda do seu pai e o futuro de sua família, mesmo Joey não sendo apropriado para o serviço. Com a plantação arruinada por uma tempestade, Ted é obrigado a vender o cavalo para que este seja usado na Primeira Guerra que acaba de começar. Albert promete a Joey que irá procura-lo e trazê-lo de volta para casa. É aí então que acompanhamos a história de Joey e os vários donos por quem ele passa e seus infortúnios durante a guerra.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Centrar a narrativa em um animal é algo perigoso. Animais são inexpressivos e não falam. Quando o roteiro é raso e a direção de Spielberg é genérica o resultado é pior ainda. Um dos maiores erros que um diretor pode cometer, e que Spielberg tem a ligeira tendência a fazer, é tentar manipular a audiência. Se uma história emociona, faz rir ou assusta, isso tem que acontecer de forma honesta e porque a história <i>possui</i> essa força naturalmente e os elementos do filme (direção, atuação, etc) possuem autenticidade. Spielberg tenta fazer o expectador vir às lágrimas o tempo todo, com cenas que às vezes beiram o melodrama. E é aí que a trilha de John William colabora para o fracasso. Ele tenta criar temas engraçadinhos ou dramáticos de forma completamente forçada. Fiquei me perguntando onde estava o gênio que criou os temas de <i>Star Wars</i>, <i>Indiana Jones</i>, <i>Contatos imediatos de Terceiro Grau</i>, <i>Memórias de uma Gueixa</i>, <i>Harry Potter</i>, <i>Star Wars</i> e de tantos outros filmes? <i>Cavalo de guerra</i> não possui uma única melodia marcante, apenas algumas que chegam a irritar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mesmo sendo irregular, consegui me envolver em alguns momentos da história, principalmente no terceiro ato do longa, afinal Spielberg não é qualquer diretor. Um momento específico envolvendo uma cerca me tirou o fôlego. Elogios devem ser dados à parte técnica do longa. A fotografia é linda e tem função na narrativa, o que é mais importante. São extremamente diferentes os momentos cheios de cores vivas que mostram Albert feliz em sua fazenda com seu cavalo e os momentos quase sem cor alguma na Guerra, dentro das trincheiras e nos momentos de batalha. A direção de arte recria a Inglaterra da década de 10 de forma impressionante.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como a maioria de filmes como animais, Spielberg não conseguiu escapar do vício de criar cenas nas quais a câmera mostra a reação “engraçadinha” dos animais à determinadas <i>gags</i> cômicas, coisa que me incomoda profundamente. O filme não exigia tal coisa, sendo mais coerente em uma comédia pastelão. Pense que se talvez o roteiro se concentrasse em Albert e sua busca pelo seu cavalo durante a Guerra, a história seria mais interessante. Acompanhar Joey e seus vários donos assumiu um caráter episódico, o que para um filme é fatal. E os donos de Joey não passam de caricaturas, não seres humanos com personalidade e complexidade. Isto é claro devido à falta de tempo para desenvolvê-los. A amizade de Joey e outro cavalo que se tornou seu “companheiro” não convence muito. Porque afinal de contas uma amizade do tipo como foi retratada (entre dois animais) todos sabem que é impossível de acontecer, por mais valoroso que seja o cavalo. E nem o enorme afeto de Albert por seu cavalo fica muito bem explicado pra mim. Mesmo amando a animal, não vejo tantos motivos para ele ter levado sua busca até as últimas consequências.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">No fim, fazendo uma referência vazia e desnecessária à <i>E o vento levou</i>, Spielberg tenta sua última cartada em fazer o público chorar. Comigo não funcionou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nota: 6,5</span></span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-33110951122743519332012-04-08T17:22:00.001-07:002012-04-08T17:39:12.813-07:00Prazer estendido<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Sei que a declaração que estou prestes a fazer é vergonhosa, mas tenho que fazê-la. Somente esse ano eu vi a versão estendida da trilogia <i>O Senhor dos Anéis</i>, já lançada há bastante tempo por Peter Jackson. A verdade é que eu nunca tive o interesse de procurar ou o tempo, mas acho que foi falta de cuidado mesmo, por achar que essas cenas a mais, que eu não imaginava que eram tantas, em nada acrescentariam à obra original lançada nos cinemas. Mas eu não poderia estar mais errado.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Essas versões acrescentam em média em torno de trinta minutos a cada filme, sendo um pouco mais do terceiro, que tem um total de quatro horas de duração (uau!). Somando tudo, dá mais ou menos uma hora e meia a mais de filme para a trilogia. Por fim, fiquei me perguntando: como não pensei em ver isso antes?! Visto que sou muito fã dos livros, que considero um dos meus favoritos e o mundo considera um dos mais influentes do século passado, e também amo muito os filmes e o trabalho de Peter Jackson. Para mim, Tolkien e Jackson são gênios em suas respectivas artes.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Quando assistia às versões de cinema da trilogia, sempre me lembrava de fatos que existiam no livro, mas não no filme, mas nunca tinha pensado que Jackson na verdade tinha filmado muitos deles, mas que por motivos óbvios de cortes do estúdio e de decisão de Jackson também (poucas pessoas vão querer assistir um filme de 4 horas de duração), haviam sido excluídos na edição final.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Para citar alguns desses fatos que mais me emocionaram ou chamaram a minha atenção: a introdução sobre os hobbites e seu modo de vida presente no prefácio do livro, as cenas extras em Minas Mória, os presente de Galadriel para a sociedade, os detalhes do convívio de Merry e Pippin com Barbárvore, a preferência de Lord Denethor pelo filho Boromir ao invés de Faramir mostrada com cuidado em uma linda seqüência, a conversa da Sociedade com Saruman derrotado (me lembro que no livro existe um capítulo só para isso), as cenas extras da jornada de Frodo e Sam em Mordor, as desventuras de Aragorn, Legolas e Gimli nas Sendas dos mortos, os <i>takes</i> incríveis da batalha nos portões de Gondor, o relacionamento de Faramir e Eowyn nas Casas de Cura, e muitos outros. Praticamente todas as seqüências sofreram cortes, e para aqueles que já viram muitas vezes a versão de cinema, fica fácil identificar até mesmo um único <i>frame</i> diferente.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Confesso que para muitos, a versão mais curta já parecia muito longa, o que de fato é. Então assistir a versão entendida de algo que já era longo pode parecer uma idéia absurda. Creio que a versão mais longa seja só para os <i>fortes</i>. Brincadeiras a parte, para os fãs da obra como eu, uma hora e meia a mais da Terra Média acompanhando uma história tão incrível com personagens que aprendemos a amar não parece tão má idéia assim.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">“<i>Deixa eu fica mas um pouco na Terra Média?</i>”. (Frodo Bolseiro para Gandalf)<o:p></o:p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvNI6O0P8CCbX81H3GoZ3MzXLvQvqtWMmJbFJz-USZGn2X-47M1PbxLXuo1Gf8rhcyKcpS0aoIRRTwOyrJZHebzAqu9hj2NEzAWtbPdqisqfRnVfWRON0kYAN-zQpz_WZqpOeBZ-0EiC0/s1600/1301271818-the-lord-of-the-rings-the-fellowship-of-the-ring-original.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvNI6O0P8CCbX81H3GoZ3MzXLvQvqtWMmJbFJz-USZGn2X-47M1PbxLXuo1Gf8rhcyKcpS0aoIRRTwOyrJZHebzAqu9hj2NEzAWtbPdqisqfRnVfWRON0kYAN-zQpz_WZqpOeBZ-0EiC0/s400/1301271818-the-lord-of-the-rings-the-fellowship-of-the-ring-original.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><br />
</div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-88187170446456837342012-04-04T14:14:00.001-07:002012-04-04T14:29:37.915-07:00Fúria de Tirãs 2 (Wrath of the Titans)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXtanvBWY_IJwCWXABZzBPXkdF_KaeypLtZ90fGDb84kjaCiTjhLdK3b8ibTaKvMhb4G9WAzbTHcUAJ0LxVy2LnDJLBsHwE1YKMAhxePOqwxEYNaiM1XC1zjde93SNG3bOpw4MMEcwaE/s1600/220px-Wrath_of_the_Titans_P%C3%B4ster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXtanvBWY_IJwCWXABZzBPXkdF_KaeypLtZ90fGDb84kjaCiTjhLdK3b8ibTaKvMhb4G9WAzbTHcUAJ0LxVy2LnDJLBsHwE1YKMAhxePOqwxEYNaiM1XC1zjde93SNG3bOpw4MMEcwaE/s200/220px-Wrath_of_the_Titans_P%C3%B4ster.jpg" width="134" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span lang="EN-US">Fúria de Tirãs 2 (Wrath of the Titans) – EUA – 2012<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span lang="EN-US"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Direção: Jonathan Lieberman<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Roteiro: Basil Iwanyk e Polly Cohen Johnsen<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Depois do <i>remake</i> já fraco, porém sucesso de bilheteria <i>Fúria de Titãs</i> em 2010, o estúdio teve o mal gosto de realizar esse <i>Fúria de Titãs 2</i>, ainda mais apagado que o original.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O enredo do filme gira em torno de uma crise que acontece com o mundo dos deuses, visto que os humanos não oram mais por eles (assumindo que a oração na Grécia antiga era da forma que é para os cristãos nos dias de hoje). Enfraquecidos pela falta de crença dos humanos, os deuses são subjugados por Cronos, que libera os titãs sobre o mundo dos humanos e tenta tomar o poder absoluto entre os deuses, capturando Zeus (Liam Neeson). É aí que entra em ação Perseu (Sam Worthington), protagonista do longa de 2010. Dez anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Perseu leva uma vida normal criando seu filho em uma vila e trabalhando como pescador. Perseu se compadece de seu pai e parte numa missão de resgate.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nem mesmo uma missão tão nobre como a de Perseu, resgatar o pai, consegue sustentar a narrativa nas duas horas de filme. Perseu não era próximo de seu pai e não nos importamos com o destino dos dois e muito menos com o sucesso da jornada, que deveria ser a veia central do filme. Nem mesmo a relação de Perseu com seu filho, que deveria servir de contraponto para a relação de Perseu e Zeus, não exibe força nenhuma. E no caminho, Perseu conhece a bela Andrômeda (Rosamund Pike), que desde o primeiro momento em que os dois se entreolham, temos a plena certeza que ela se tornará o interesse romântico do herói ao longo do filme. A relação dos dois é artificial, o que faz com que o inevitável beijo no fim da projeção seja sem graça e óbvio.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É difícil entender a motivação de cada personagem se ela existe. Excetuando a de Perseu, que é resgatar seu distante pai, são rasos os motivos de cada um para estar naquela jornada. Esse erro é fatal para o sucesso da produção, uma vez que a morte de qualquer um dos personagens não acarretaria em quase nenhuma reação no expectador. Não a que deveria causar pelo menos. O único alívio fica por conta de Agenor (Toby Kebbell), que tem um personagem ligeiramente divertido e um pouco interessante. Fiquei curioso para saber um pouco mais de sua história.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sam Worthington se apresentou como uma surpresa agradável em <i>Avatar (2009)</i>. Aqui ele não pode fazer muito com seu personagem vazio num enredo furado. Perseu é inexpressivo e não cativa como deveria. O resto do elenco de encontra na mesma situação. Inclusive os sempre talentosos Ralph Fiennes e Liam Neeson. E foi difícil não pensar no Lord Valdemort de <i>Harry Potter</i> ao ver Fiennes em cena. Afinal, foram muitos anos no papel. O que tem acontecido com Hollywood? <i>Remakes</i> sem graça têm sido produzidos um após o outro e atores talentosos têm se entregado a projetos medíocres. Enfim...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não entendo muito de mitologia grega, mas o pouco conhecimento que tenho me permite dizer que <i>Fúria de titãs 2</i> faz uma miscelânea dos elementos da mitologia e o resultado não é muito bom. Se o drama e a ação ainda funcionassem, seria um pouco mais perdoável devassar toda a cultura antiga de um país, mas não é o caso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A direção de Jonathan Lieberman é obvia e não tem nada de novo, chegando mesmo a beirar o ruim em algumas cenas, como aquela dentro do labirinto que supostamente deveria ser quase impossível de ser transposto. A sequência é confusa, a câmera fica trêmula e trepidante o tempo todo, os cortes são rápidos demais, impedindo que qualquer um entenda o que acontece na tela, e por fim, depois de muitas paredes andarem de um lado para o outro, o chão de mover e buracos serem abertos, sem mais nem menos eles chegam ao centro, onde supostamente era impossível de se alcançar. O uso do 3D não apresenta nada de novo para a linguagem, servindo apenas como uma muleta para atrais mais bilheteria.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O primeiro filme 2010 merecia ser visto por se tratar de um remake de um filme que se tornou <i>cult</i>. Deste eu não posso dizer nem isso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nota: 4,0<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-33793619075321672072012-04-03T15:43:00.000-07:002012-04-03T15:43:46.262-07:00Millenium – Os homens que não amavam as mulheres<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJp6w_0E78dA_LksIg1GIzbzJ-LGlzKrtXa60Z5AgKeIfCBOvZSeZS597QJHi-WnzC1n4_6dNgET6uGyfmRxTZy1a5vqxo3dSFTxNQrfTJkqkbi0EGHreQPgj26_UewWJuh9aUWIGZRQ/s1600/7123159GG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJp6w_0E78dA_LksIg1GIzbzJ-LGlzKrtXa60Z5AgKeIfCBOvZSeZS597QJHi-WnzC1n4_6dNgET6uGyfmRxTZy1a5vqxo3dSFTxNQrfTJkqkbi0EGHreQPgj26_UewWJuh9aUWIGZRQ/s200/7123159GG.jpg" width="137" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Millenium – Os homens que não amavam as mulheres<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Autor: Stieg Larsson<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Editora Companhia das Letras, 2008 – 522 páginas<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi com empolgação que comecei a ler o incrível <i>Millenium – Os homens que não amavam as mulheres </i>depois de ver no ano passado o tão incrível filme baseado no livro, dirigido por David Fincher. Logo nos primeiros capítulos eu percebi o que atraiu Fincher e o levou a trazer o material (já filmado na Suécia) para as telas e o que transformou o a trilogia <i>Millenium</i> em <i>best seller</i>. A escrita de Stieg Larsson é intrigante, inteligente e muito criativa. E acima de tudo honesta com o leitor, contando a história (muito boa) de forma bem estruturada e clara sem o uso de ferramentas (muletas, pode-se dizer) que tentam prender a atenção dos leitores, como faz Dan Brown, e que acabam por disfarçar uma história fraca.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu nunca imaginaria que o mundo do jornalismo econômico investigativo pudesse ser tão interessante e ao mesmo tempo tão rico, rendendo situações dramáticas muito intensas e conflitos morais e éticos tão bem trabalhados por Larsson, sem em momento nenhum pender para o moralismo, o que seria tão fácil de acontecer, ou soar monótono.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander são personagens riquíssimos e muito interessantes. O tempo todo o leitor se encontra curioso para saber qual será o próximo passo de cada um, visto que as mentes investigativas dos dois trabalham de forma tão parecida e ao mesmo tempo tão diferentes, levando a investigação do assassinato de Harriet Vanger, que é o centro da narrativa, em cada capítulo a ótimas reviravoltas. A pesquisa a cada momento fica mais instigante. A narrativa é muito bem amarrada do início ao fim. Mesmo sendo complexa, cheia de personagens, muitos fatos e mudanças de foco ao longo do tempo, o leitor acompanha sempre com clareza tudo o que ocorre, e entende cada passo e movimento da dupla de protagonistas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos podem confundir <i>Millenium – Os homens que não amavam as mulheres </i>com uma história do tipo “quem é o assassino”, a exemplo dos livros de Agatha Christie, mas <i>Millenium</i> é muito mais do que isso. Como já disse, é focado no mundo do jornalismo investigativo econômico e de fato se aprofunda muito no assunto. Mas ao mesmo tempo acompanhamos a investigação do desaparecimento de Harriet que ocorreu a quarenta anos atrás e que tem um número considerável de suspeitos na família Vanger, e principalmente é um incrível estudo de personagens. Ao fim do livro me senti conhecendo profundamente Mikael e Lisbeth e também a enorme galeria de quadjuvantes de maior ou menor importância. E é aí que Larsson mostra seu talento. Com poucos parágrafos que seja que ele dedique a alguém, ele consegue traçar uma análise profunda da personalidade e caráter do mesmo. Sem muitos floreios, com simples fatos que ocorrem, conversas e pensamentos descritos. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">Estou ansioso par ler os outros dois títulos da trilogia e por que não, vê-los no cinema também. Dirigidos por David Fincher, é claro.</span></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-14888279857823248322012-01-12T04:04:00.000-08:002012-01-12T04:04:34.797-08:00The Walking Dead - 2ª Temporada (parte 1)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFiTmxuItZir42BeB9l9rTs3r0DpidPFwukKTlEoTKlum5C7pdp-oepnFr4x1tKo8Qh0UQSW2cQTng6IJ5kkgGF4OhrzpKEBuTLxLCdOlREl97PZ9P37SOpHU7voq2WUrgHmXPwoKmyG0/s1600/the-walking-dead-season-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFiTmxuItZir42BeB9l9rTs3r0DpidPFwukKTlEoTKlum5C7pdp-oepnFr4x1tKo8Qh0UQSW2cQTng6IJ5kkgGF4OhrzpKEBuTLxLCdOlREl97PZ9P37SOpHU7voq2WUrgHmXPwoKmyG0/s400/the-walking-dead-season-2.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Criador: Frank Darabont<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Baseado no <i>grafic novel</i> de Robert Kirkman<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Spoiler alert!<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal"><i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Depois da impecável <i>Primeira temporada</i> de apenas 6 episodios, <i>The Walking Dead</i> continua acompanhando a saga de um grupo de humanos sobreviventes de uma epidemia que transformou quase toda a humanidade em zumbis que se alimentam de carne humana e de outros animais. Baseado no <i>grafic novel</i> de Robert Kirkman, a série é um ensaio sobre o comportamento humano em condições extremas e as formas que este comportamento pode assumir no âmbito religioso, intelectual, social e emocional na vida daqueles personagens.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O roteiro desta segunda temporada (parte 1) se concentra na busca da garotinha Sophia que desapareceu e na chegada do grupo à fazenda de Hershel onde Rick pede socorro depois que o seu filho foi baleado por acidente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Os questionamentos envolvendo a persistência na busca da garota ou a desistência da mesma rendem muitas discursões interessantes e traz à tona o conflito entre as personalidades de Shane e Rick, que mesmo sendo tão amigos, tem formas tão diferentes de ver o mundo depois da epidemia e até mesmo antes dela, como mostra uma conversa entre os dois relembrando os tempos de <i>high school</i> de ambos. Outro conflito muito interessante e relevante para a história (que eu já estava sentindo falta na primeira temporada) é a forma como Hershel e os moradores de sua fazenda vêem os errantes: não como simples mortos vivos a procura de alimento, mas como pessoas doentes que devem ser preservadas até que se encontre a cura. E isso é revelado de forma chocante, quando descobrimos que o celeiro da fazenda está repleto de errantes, incluindo amigos e conhecidos de Hershel e principalmente sua esposa e seu enteado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Fica clato a diferença de interesses entre Rick e Hershel. Enquanto o primeiro quer um lugar livre de zumbis onde ele pode viver tranquilamente com sua família, o segundo nutre a esperança de recuperar a parte de sua família contaminada e pensa que os errantes devem ser tratados como humanos, e não mortos vivos que devem ser aniquilados. A racionalidade de Rick entra sempre em confronto com a religiosidade de Hershel, e um, de certa forma, acaba influenciando o outro, visto que o interesse de ambos é o mesmo: viver feliz em família. Mesmo que o sonho de Hershel, e até mesmo de Rick, pareça impossível naquela realidade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O maior mérito dos roteiristas, diretores e produtores é criar uma linha narrativa contínua para o seriado. Não temos uma deixa no fim de cada episódio que leva o espectador a ter vontade de assistir ao próximo, como acontece com muitas séries, e o que soa desonesto pra mim. A história simplesmente transcorre através dos episódios, e se ela prende a atenção é porque é interessante, honesta e importante por si só, não por causa de recursos narrativos batidos e inaceitáveis nos dias atuais numa série dramática deste nível.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Os personagens e seus dilemas são tratados de forma imparcial e humana, nunca pendendo para uma forma de pensar ou analisar a situação. Vide a mulher que descobre que está grávida e fica em dúvida se quer ou não ter a criança naquele mundo, ou o homem que se vê obrigado a matar um companheiro para salvar a sua própria vida e a do garoto Carl, ou Rick e seu dilema de liderar o grupo a buscar a gartotinha Sophia ou não; assim é com todos os personagens e situações. Por isso a série é um ensaio sobre o comportamento humano; assim como o filme do mesmo produtor/diretor Frank Darabont <i>O Nevoeiro</i> e o filme de Fernando Meireles <i>Ensaio sobre a cegueira</i>. <i>The walking dead</i> consegue ser ambiciosa quase ao nível cinematográfico desses dois títulos, só não o é pelo fato de ser uma série de TV e estar limitada ao que a linguagem de TV exigue. Mas ainda assim, <i>The walking dead</i> é uma das séries <i>cinematográficas</i> que estão no ar atualmente nos EUA, e forma ao lado de <i>Dexter</i>, as duas melhores que eu assisto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O desfecho do sétimo episódio é o clímax que estava sendo preparado nos seis episódios anteriores que amarra a história e a deixa coesa, dando ao espectador a impressão (verdadeira) de que nada que aconteceu ao grupo foi por acaso. Tudo levou àquela conclusão. Agora só cabe morrer de curiosidade pra saber o que aquele terrível fato causou no grupo e o que está por vir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 1.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Nota: 10<o:p></o:p></span></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-16823815409929914112012-01-06T03:08:00.000-08:002012-01-06T03:08:58.251-08:00Imortais (Immortals)<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzLa7ypub5LcgAdZLl2dXDcPSHRDcSFeS_EAAIOuspjBolkjYI2t_LaIkc1LyVysrcn9P918ejeo5feywEwsl9Ya7G6A9dXK7Q9dA2lv0-W6-w6qoaH-3f9SiftjemwjD6KnV-UsUujc/s1600/imortais_2011_f_003.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzLa7ypub5LcgAdZLl2dXDcPSHRDcSFeS_EAAIOuspjBolkjYI2t_LaIkc1LyVysrcn9P918ejeo5feywEwsl9Ya7G6A9dXK7Q9dA2lv0-W6-w6qoaH-3f9SiftjemwjD6KnV-UsUujc/s200/imortais_2011_f_003.jpg" width="134" /></a><b>Imortais (Immortals) – EUA – 2011<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">Direção: Tarsem Singh<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">Roteiro: Vlas Parlapanides e Charley Parlapanides<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Depois do fraco <i>Fúria de Titãs</i> e do péssimo <i>Conan, o Bárbaro</i>, esse também mediano <i>Imortais</i> sofre influências desses dois e também do ótimo <i>300</i>, dirigido por Zack Snyder, mas Tarsem Singh jamais consegue alcançar a qualidade e ambição da narrativa de Snyder em <i>300</i> e muito menos o seu apuro visual, fazendo com que <i>Imortais</i> seja m espetáculo visual interessante e um filme de ação razoável, mas sem coesão artística.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Para se vingar dos deuses Olímpicos responsáveis por sua queda e declarar guerra à humanidade, o titã Hiperião (Mickey Rourke) procura pelo Arco de Édipo que lhe permitirá libertar os outros titãs. Um camponês chamado Teseu (Henry Cavil) escolhido e treinado por Zeus (Luke Evans) entende sua missão e lidera seus homens para proteger sua terra e seu povo de Hiperião.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Com essa premissa que faz uma miscelânea da Mitologia Grega e seus Deuses (o que qualquer um pode saber com o seu raso conhecimento do Ensino Médio sobre assunto) essa mistura não seria um problema, visto que o filme não é uma adaptação de um livro ao qual ele deveria ser fiel ao tom e ao estilo, mas sim baseado em uma “religião” antiga e um conjunto de histórias e lendas. O problema é que Teseu e a saga que ele enfrenta depois de perder sua família (sua mãe que era tudo o que tinha) não convencem e não emocionam. Algo tão básico como vingar a morte de sua família deveria interessar qualquer ser humano e causar identificação (como em <i>Kill Bill</i>, <i>Gladiador</i>, etc), mas aqui isso não acontece. Assim como não acontece em <i>Fúria de Titãs</i>. Esse é o maior defeito do filme, partindo do princípio de que para nos envolvermos com a história precisamos nos interessar e torcer pelos personagens. Além disso, o romance de Teseu com a sacerdotisa Fedra (Freida Pinto) é raso e não convence. Ela é simplesmente a mulher atraente que estava ali no momento.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">O visual dessaturado e sem cores empregado em <i>300</i> funciona aqui na maioria do filme, mas quando os Deuses gregos aparecem em cena, não consegui deixar de pensar: “que cafona”. É muito dourado e carnavalesco demais e destoa do restante do filme e da narrativa em si. A direção de arte é no geral eficiente, mas exagera em alguns pontos, como na criação da aldeia em que Teseu vivia que é encrustada no meio de uma enorme encosta marítima rochosa que você pensa: “como as pessoas chegam lá?” ou na criação digital de um exército de milhares e milhares de soldados em frente ao castelo no desfecho do filme que não causa o impacto que deveria exatamente pelo fato de os expectadores saberem que estão vendo algo “falso” criado em computador e por ninguém fazer ideia de onde surgiu tanta gente. Na batalha final onde esse exército deveria entrar em ação, o que vemos é uma luta genérica num corredor no castelo, e depois soldados sendo destruídos de forma não convincente.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Tarsem Singh mostrou que é um diretor competente por ter conseguido fazer um filme razoável a partir de um roteiro pedestre, mas também mostrou que precisa encontrar a sua forma de fazer filme. Dar a sua própria identidade visual e principalmente, conduzir uma narrativa com um pouco mais de ambição artística, seja para emocionar, assustar, fazer ação frenética, contar uma história importante ou simplesmente aguçar o intelecto do expectador. <i>Imortais</i> não faz anda disso. É difícil saber as motivações de cada um na batalha, o que é um erro imperdoável num filme desse gênero.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Henri Cavill carrega bem o filme nas costas e mostra que tem talento e carisma para ser ator de Cinema, não só de televisão (ele faz a série <i>The Tudors</i>). As duas mídias exigem coisas bem diferentes dos atores. Freida Pinto é somente aquilo que o roteiro permitiu: a gostosa por quem o herói de apaixona. Mickey Rourke cria um vilão bastante assustador e monstruoso, como pede o filme, mas a maior parte de sua performance fica a cargo de sua aparência monstruosa e de sua voz grave e rouca. Ele não teve que fazer muito esforço pra isso. O resto do elenco são mulheres igualmente bonitas como Freida Pinto e homens com abdômen de tanquinho como Cavill.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><i>Imortais</i> é um entretenimento bobo, esquecível, mas cumpre sua missão, que é entreter sem exigir muito dos expectadores. Espero que não tenha continuação, mas algo me diz que pelo gancho final do filme (muito interessante por sinal) e a sua bilheteria satisfatória <i>Imortais 2</i> está a caminho.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Nota: 7<o:p></o:p></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-18295160600698059022012-01-06T03:06:00.000-08:002012-01-06T03:06:01.815-08:00Lista completa de filmes vistos em 2011Para quem não conhece, a classificação dos filmes é a seguinte:<div><br />
</div><div>*: péssimo</div><div>**: ruim</div><div>***: razoável</div><div>****: bom</div><div>*****: excelente</div><div><br />
</div><div>Aqui vai a lista completa dos longas vistos em 2011:</div><div><br />
</div><div><div>1.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>10.000 a.c. (10.000 b.c. 2008) **</div><div>2.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>127 horas (127 hours – 2010) ****</div><div>3.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A conversação (The conversation – 1974) *****</div><div>4.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A cor do dinheiro (The color of Money – 1986) *****</div><div>5.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A garota da capa vermelha (Red riding hood – 2011) *</div><div>6.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A rede social (The Network – 2010) *****</div><div>7.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A rede social (The Network – 2010) *****</div><div>8.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A testemunha (Witness – 1985) ***</div><div>9.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A um passo da eternidade (From here to eternity – 1953) *****</div><div>10.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Agora seremos felizes (Meet me in St. Louis – 1944) *****</div><div>11.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Água para elefantes (Water for elephants – 2011) ***</div><div>12.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Além da vida (Hereafter – 2010) ****</div><div>13.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Amanhecer (Beaking Dawn – 2011) **</div><div>14.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Amizade colorida (friend with benefits – 2011) ****</div><div>15.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Amor a toda prova (Crazy, stupid love – 2011) *****</div><div>16.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> Apollo 13 (Idem – 1995) *****</div><div>17.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Árvore da Vida (The tree of life – 2011) *****</div><div>18.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Atividade Paranormal 3 (Paranormal Activity – 2011) ****</div><div>19.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Avatar (idem – 2009) *****</div><div>20.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Bastardos Inglórios (Ingloriousbasterds – 2009) *****</div><div>21.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Besouro verde (2011) ***</div><div>22.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Billy Eliot (Idem – 1999) *****</div><div>23.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Boa noite e boa sorte (Good night and good luck – 2005) *****</div><div>24.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Bravura Indômita (True grit – 2010) *****</div><div>25.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Bravura indômita (True grit – 2010) *****</div><div>26.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Bruna Surfistinha (Idem – 2011) ***</div><div>27.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Burlesque (Idem – 2010) ***</div><div>28.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Caminho para Liberdade (The way back – 2010) ****</div><div>29.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Capitães de Areia (Idem – 2011) *****</div><div>30.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Capitão América (Capitain America – 2011) ****</div><div>31.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Casa comigo (LeapYear – 2010) **</div><div>32.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Cassino (Casino – 1995) *****</div><div>33.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chicago (Idem – 2003) *****</div><div>34.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Chicago (Idem – 2003) *****</div><div>35.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Cinderela em Paris (Funny face -1957) *****</div><div>36.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Cisne negro (Black Swan – 2010 *****</div><div>37.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Cisne negro (Black Swan – 2010 *****</div><div>38.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Contágio (Contagion – 2011) ****</div><div>39.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Contato (Contact – 1997) *****</div><div>40.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Contos proibidos do Marques de Sade (Quils – 2000) *****</div><div>41.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Contra corrente (Contracorriente – 2009) ****</div><div>42.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Conversando Com Deus (Conversations with God – 2007) *</div><div>43.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Cowboys & aliens (Idem – 2011) **</div><div>44.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Deixe-me entrar (Let me in – 2010) ****</div><div>45.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Desejo e reparação (Atonement – 2007) *****</div><div>46.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Desejo e reparação (Atonement – 2007) *****</div><div>47.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Donnie Brasco (Idem – 1997) *****</div><div>48.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Dreamgirls (Idem – 2005) ****</div><div>49.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>E o vento levou (Gone with the wind – 1939) *****</div><div>50.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Enrolados (Tungled – 2010) ****</div><div>51.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ensaio de orquestra (Prova d'Orchestra – 1978) *****</div><div>52.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Entre dois amores (Out of Africa – 1985) *****</div><div>53.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Estamos juntos (Idem – 2011) **</div><div>54.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Fim de caso (The end of the affair – 1999) *****</div><div>55.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Fúria sobre rodas (Driving angry – 2011) *</div><div>56.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Gandhi (Idem – 1982) *****</div><div>57.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Guerra dos mundos (War of the worlds – 2005) ****</div><div>58.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Hair (Idem – 1979) *****</div><div>59.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Hanna (Idem – 2011) ***</div><div>60.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Happy Feet 2 (Idem – 2011) *</div><div>61.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e a câmara secreta (Harry Potter and the Chamber of Secrets – 2002) ****</div><div>62.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e a ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix – 2007) ****</div><div>63.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e a pedra filosofal (Harry Potter and the Philosopher's Stone – 2001) ****</div><div>64.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e a prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban – 2004) *****</div><div>65.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e as relíquias da morte – parte 1 (Harry Potter and The Deathly Hallow: Part I – 2010) *****</div><div>66.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e as relíquias da morte parte II (Harry Potter and the deathly hollows part II – 2011) *****</div><div>67.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e o cálice de fogo (Harry Potter and the Goblet of fire – 2005) ****</div><div>68.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e o enigma do príncipe (Harry Potter and the half-blood prince – 2009) *****</div><div>69.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Harry Potter e o Enígma do Príncipe (Harry Potter and the half blood Prince – 2009) *****</div><div>70.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Incontrolável (Unstoppable – 2011) **</div><div>71.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Indiana Jones e a ultima cruzada (Idiana Jones and the last cruzade – 1989) *****</div><div>72.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Indiana Jones e o templo da perdição (Idiana Jones andthetempleofdoom – 1984) *****</div><div>73.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Inverno da alma (Winter’sbones – 2010) ****</div><div>74.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Jane Eyre (idem – 2011) *****</div><div>75.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Jurassic Park – O mundo perdido (Jurassic Park – The Lost world - 1997) ***</div><div>76.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Jurassic Park (Idem – 1993) *****</div><div>77.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>KickAss – quebrando tudo (KickAss – 2010) *****</div><div>78.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Kung Fu Panda (Idem – 2008) *****</div><div>79.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Kung Fu Panda 2 (Idem – 2011) ****</div><div>80.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Lanterna Verde (Green Lantern – 2011) ***</div><div>81.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Lanternas vermelhas (Raise the red lantern – 1991) *****</div><div>82.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Linha mortal (Flatliners – 1990) ****</div><div>83.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Longe do paraíso (Away from heaven – 2002) *****</div><div>84.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Meia noite em Paris (Midnight in Paris – 2011) *****</div><div>85.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Meninos não choram (Boys dont cry – 2000) *****</div><div>86.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Meu malvado favorito (Despicable me – 2010) *</div><div>87.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Minhas mães e meu pai (The kids are allright – 2010) ****</div><div>88.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Mistérios da Carne (Misterious skin – 2004) ****</div><div>89.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Moulin Rouge - amor em vermelho (Moulin Rouge - 2002) *****</div><div>90.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não me abandone jamais (Never let me go – 2010) *****</div><div>91.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não tenha medo do escuro (Don’t be affraid of the dark – 2011) **</div><div>92.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Noite de ano novo (new year’s eve – 2011) ****</div><div>93.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O caminho para casa (Wo de fu qin mu qin – 2000) *****</div><div>94.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Cavaleiro das trevas (The dark knight – 2008) *****</div><div>95.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Concerto (Le Concert – 2009) ****</div><div>96.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O curioso caso de Benjamin Button (The curious case of Benjamin Button – 2007) *****</div><div>97.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O dilema (The dilema – 2011) *</div><div>98.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O discurso do rei (The king’s speech – 2010) *****</div><div>99.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O guarda costas (The bodyguard – 1992) *****</div><div>100.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Homem do futuro (Idem – 2011) ***</div><div>101.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Jardim secreto (The secret garden – 1993) *****</div><div>102.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O pequeno Nicolas (Le petit Nicolas – 2009) *****</div><div>103.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O rei leão (King Lion – 1994) *****</div><div>104.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain – 2005) *****</div><div>105.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Senhor dos Anéis – A sociedade do Anel (The Lord of the Rings – the fellowship of the ring – 2001) *****</div><div>106.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O senhor dos anéis – as duas torres (The lord of the rings – the two towers – 2002) *****</div><div>107.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O Senhor dos anéis – o retorno do rei (The Lord of the rings – the return of the king – 2003) *****</div><div>108.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O silencio dos inocentes (The scilent of the lambs – 1991) *****</div><div>109.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O turista (The tourist – 2010) **</div><div>110.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O vencedor (The fighter – 2010) *****</div><div>111.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Operação presente (Arthur Christmas - 2011) *****</div><div>112.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Orgulho e preconceito (Pride and Prejudice – 2005) *****</div><div>113.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Orgulho e preconceito (Pride and Prejudice – 2005) *****</div><div>114.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os espíritos (The frighteners - ) *****</div><div>115.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os imperdoáveis (Unforgiven – 1991) *****</div><div>116.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os Muppets (The Muppets – 2011) ****</div><div>117.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os três mosqueteiros (The three Musqueteers – 2011) ****</div><div>118.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Piratas do Caribe – a maldição do pérolanegra (Pirates of the Caribbean – the course of the Black pearl – 2003) *****</div><div>119.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Piratas do Caribe – Navegando em águas estranhas (Pitares oftheCaribean – 2011) ***</div><div>120.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Piratas do caribe – no fim do mundo (Pirates of the Caribean – atworld’sand – 2007) ****</div><div>121.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Piratas do caribe – o baú da morte (Pirates of the Caribbean – dead man’s chest – 2006) *****</div><div>122.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Planeta dos macacos – a origem (Rise of Planet of the apes – 2011) ****</div><div>123.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Planeta dos macacos (Planet of the apes – 1968) *****</div><div>124.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Planeta dos macacos (Planet of the apes – 2001) *</div><div>125.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Quarto do Pänico (Panic Room – 2002) *****</div><div>126.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Rec (Idem – 2007) *****</div><div>127.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Reencontrando a felicidade (Rabbithole – 2010 ****</div><div>128.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Reino Animal (Animal Kingdom – 2010) ****</div><div>129.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Scott Pilgrim contra o mundo (Scott Pilgrim vs the world – 2010) ****</div><div>130.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Se beber não case parte II (The hang over part II – 2011) ***</div><div>131.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Sucker Punch – mundo surreal (Sucker Punch – 2011) ****</div><div>132.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Super 8 (Idem – 2011) ****</div><div>133.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Tetro (Idem – 2009) ****</div><div>134.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>The Rocky horror Picture show (Idem – 1975) ***</div><div>135.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Thelma e Louise (Thelma and Louise – 1991) *****</div><div>136.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Thor (idem – 2011) ****</div><div>137.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Tiros na Broadway (Bullets over Broadway – 1994) *****</div><div>138.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Tootsie (Idem – 1982) *****</div><div>139.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Toy Story (Idem – 1994) *****</div><div>140.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Toy story 2 (Idem – 1998) *****</div><div>141.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Toy Story 3 (Idem – 2010) *****</div><div>142.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Transformers – O lado oculto da lua (Transformers – dark of the moon – 2011) *</div><div>143.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Trovão tropical (Tropic Thunder – 2008) ****</div><div>144.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Uma janela para o amor (A room with a view – 1985)</div><div>145.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Uma ponte longe demais (A bridge too far – 1977) ****</div><div>146.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Velozes e Furiosos 5 (Fast Five – 2011) **</div><div>147.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Você vai conhecer o homem dos seus sonhos (You will meet a tall dark stranger – 2010) ****</div><div>148.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>X-man: Primeira Classe (X-man: First class – 2011) *****</div></div>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-32514061830352845322011-11-15T06:07:00.000-08:002011-11-15T06:07:32.421-08:00Meninos não choram (Boys don’t cry)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr1fAi52z8gRNf_Ut7iCauzMouzEV1R0qtCgo_cGtg78cpCdjB-DumyVjupH6f3YCz2snwAkbXDnoIasVlSWWeRMLPFYmdqXqhGgHIo0ke7yIKiUwT_XbrBcOem4jlpgkwch3godKanPw/s1600/17311.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr1fAi52z8gRNf_Ut7iCauzMouzEV1R0qtCgo_cGtg78cpCdjB-DumyVjupH6f3YCz2snwAkbXDnoIasVlSWWeRMLPFYmdqXqhGgHIo0ke7yIKiUwT_XbrBcOem4jlpgkwch3godKanPw/s200/17311.jpg" width="141" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Meninos não choram (Boys don’t cry) – EUA – 1999<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;">Direção: Kimberly Peirce<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Roteiro: Kimberly Peirce e Andy Bienen, baseado na história real de Brandon Teena<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">“Todo bom filme é um retrato de uma época e uma sociedade.” Foi essa a frase (a qual não me lembro o autor) que me veio à mente depois de assistir a este incrível <i>Meninos não choram</i> de Kimberly Peirce. O longa conta a história de Teena Brandon (Hilary Swank), uma adolescente com crise de identidade sexual. Ela quer na verdade ser um homem, e passa a se vestir e agir como um. É quando então conhece a garota Lana (Chloë Sevigny) de outra cidade, por quem se apaixona e passa a ter um relacionamento, tanto com ela como com sua família e mais alguns amigos, ex-presidiários. Sua vida entra em crise depois que é presa por subverter a lei, e é então que tem a sua identidade sexual posta a prova pelos seu novo círculo de convivência.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Kimberly Peirce trata do complicado assunto com muita sensibilidade e humanidade. Brandon em nenhum momento é tratato pelo roteiro e pela direção como uma aberração da natureza ou algo que precisasse ser mudado. Ele/ela era um adolescente comum, que tem todas as crises que qualquer adolescente tem o direito de ter pelo fato de estar deixando a infância e se tornando um adulto. A única coisa que ela queria era achar seu lugar no mundo. O fator complicador é que Teena era uma garota que gostava de garotas, e achava que precisava ser um homem para poder namorar outras meninas. Se ela tivesse crescido em uma grande cidade e tivesse pais compreensivos e que a apoiasse, sua jornada seria bastante diferente, mas ela cresceu no interior do Nebraska, lugar onde certo personagem diz num momento do filme “as pessoas matam os viados.” A sua confusão de identidade pode ser explicada em grande parte por isso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Vivido por Hilary Swank com impressionante intensidade e veracidade, Brandon/Teena logo conquista o exectador com seu carisma, amor pela vida e a forma como trata suas namoradas. E é até engraçada a sua reação ao saber que irá ter um olho roxo no dia seguinte depois de uma briga de bar. Ela se sente como “um dos caras”; outro momento único é quando um policial a faz admitir que é uma mulher a obrigado dizer que tem uma vagina. A palavra sai da boca de Brandon como seu fosse algo extremamente vergohoso e quase como uma tortura. E nesse ponto a performance de Swank cai como um luva: intensa e sensível nos momentos certos. Outra atriz que merece destaque é Chloë Sevigny, que vive Lana como uma criatura frágil e vitima do seu meio: uma mãe desequilibrada e dois marginais obsecados por ela. Quando conhece Brandon, vê nele sua chance de uma vida diferente. E um momento chave do filme é quando, no primeiro encontro íntimo entre eles, Lana percebe que Brandon tem algo bastante diferente, mas parece não se importar. A direção de Peirce e a atuação de Sevigny são extremamente sutis e brilhantes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O relacionamento das duas não é construído nas bases sociais convencionais. Primeiro, Lana acha que Brandon é um rapaz e se apaixona por ele. Depois de descobrir a verdade, cotinua a gostar dele/dela da mesma forma, ou até mais, e passa a achar o namorado de certa forma especial. Quando Brandon em uma de suas muitas mentiras desesperadas (pode se imaginar a necessidade delas para viver como ele) diz que é hermafrodita, ela diz: “não importa se você é metade macaco...”.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Todo o elenco de apoio se sai de forma espetaclar como Peter Sarsgaard e Alicia Goransn, mas créditos merecem ser dados ao roteiro muito sólido e honesto (a real jornada de Brandon Teena por si só já é tocante) e a direção talentosa de Peirce. Ela conduz a história com propriedade e pulso firme, nunca deixando o expectador perder a conexão emiocional com os personagens que vemos na tela. E o seu estilo visual se faz justificado, operando como elemento para intensificar o impacto da narrativa que assistimos. Por exemplo, no momento em que a identidade de Brandon é revelada para a família numa “conversa” muito tensa, Peirce manten sua câmera em planos muito fechados nos rostos dos atores, o que aumenta a angústia e opressão que aquela situação representava para ele.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Tratando o tema homossexualismo de forma livre de qualquer preconceito e julgamento como no ótimo <i>O segredo de Brokeback Mountain</i>, Meninos <i>não choram</i> tem sua importância, como disse, no fato de ser um retrato de uma época de uma sociedade. E também no fato de contar uma história real, emocionante e acima de tudo, um história sobre seres humanos, que merecem serem tratados como tal, independente de orientação sexual, no caso, cor ou qualquer outra diversidade que possa haver. Diversidade esta que faz cada um de nós únicos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Nota: 9</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-86819053178210906892011-09-12T08:09:00.000-07:002011-09-13T07:46:59.161-07:00Game of Thrones (HBO) – 1ª temporada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6mMqyX-cfWfFVMroX6esbJtC9Xx_rntGct7CsoxzmamijImEIFERK1TfdVrMUEGBa7LSF5-XxVydUi2a3g7N3fGf8PUEHCklgTIFcGxRT1CBMVZhkXsMX-5ORR1cC3Tu5EcU70LkPl3E/s1600/Game-of-Thrones-550x309.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6mMqyX-cfWfFVMroX6esbJtC9Xx_rntGct7CsoxzmamijImEIFERK1TfdVrMUEGBa7LSF5-XxVydUi2a3g7N3fGf8PUEHCklgTIFcGxRT1CBMVZhkXsMX-5ORR1cC3Tu5EcU70LkPl3E/s400/Game-of-Thrones-550x309.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Criadores: David Benioff e D. B. Weiss</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Roteiro baseado no primeiro livro homônimo da série <i>A song of Ice and Fire</i> de George R. R. Martin<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como disseram os produtores dessa ótima série da sempre competente HBO, <i>Game of thrones</i> é <i>Os Sopranos</i> na Terra Média. A história reúne a complexidade de relacionamentos e luta por poder da famosa serie sobre a máfia <i>Os Sopranos </i>ao clima de batalha, fantasia de um período medival que nunca existiu de <i><a href="http://cinespaco.blogspot.com/2010/07/o-senhor-dos-aneis-sociedade-do-anel.html">O Senhor dos Anéis</a></i>. A série lembrou-me em parte também <i>The Tudors</i>, que narra a período de reinado do Rei Henrique VIII na Inglaterra.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fazer uma sinopse da série é tarefa complicada, visto que são inúmeros os personagens (muitos mesmo), sete reinos distintos, muitas dinastias de reis e rainhas tratadas pela história, diversos senhores e “mãos” de reis, como são chamados os guerreiros braço direito do rei, lutas pelo poder e intrigas pessoais. A combinação perfeita para que gosta desse tipo de produção.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mais interessante é que o roteiro é sólido e os personagens são complexos e bem definidos. A história, apesar de ser complicada e um pouco difícil de acompanhar (são tantos nomes!), flui de forma natural para o expectador, e sempre surpreendente a cada episódio, nunca soando repetitiva ou previsível. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O fato que mais me chamou a atenção foi que eu não me senti manipulado assistindo à série, como acontece com muitas produções televisivas. Os produtores têm que manter seus expectadores presos, porque a série vive de audiência, é claro, então costumam deixar o <i>clímax </i>não resolvido<i> </i>para o final do episódio para termos que ver o capítulo seguinte e assim por diante. Isso sempre soa falso e desonesto pra mim. Em <i>Game of Thrones</i> o roteiro é claro o coeso, e não esconde nenhum fato imporante do expectador. Está tudo ali. Basta ver, analisar e sentir. E o interessante é que essa falta da manipulação não faz com que o expectador perca o interesse. Muito pelo contrário. No meu caso o interesse só aumentou, porque eu entendendi logo de início que assistia a uma obra de arte de qualidade, não um produto televisivo que tem o único objetivo de conseguir audiência.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os valores e assuntos abordados pela série como honra, amor à família, desejo pelo poder e encontrar um propósito na existência como muitos outros são tratados com muito talento pelo roteiro. Cada pesonagem se encaixa na hstória com sua função, como se os sete reinos fossem um tabuleiro de xadez e os personagens as peças. Uns guiam os participantes do jogo e outros são guiados.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A direção de arte, figurinos e toda a parte técnica da série são impecáveis. Afinal, criar um mundo novo e fazer com que ele seja crível não é tarefa fácil, mas o visual da série sempre impressiona.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O roteiro mostra como que a história é escrita através dos relacionamentos pessoais, personalidades e interesses dos poderosos. Quando um rei toma certa decisão, não é no bem do povo que ele pensa primeiro, mas em toda a sua bagagem emocional e psicológica que vem de sua criação, muitas vezes defeituosa como mostra a série, e em todos que estão ao seu redor, as pessoas que ama ou odeia e que influenciam a sua vida. Ou seja, os reis são humanos como qualquer outro, mas com poder para fazer viver ou matar centenas de milhares.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Game of thrones</span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> é uma surpresa agradável do ano de 2011 na televisão.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">P.S.: A abertura é genial e exprime exatamente o clima e o tom da história. Não me canso de ver.</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-71277448126814601142011-08-30T12:23:00.000-07:002011-10-08T15:37:27.696-07:00Billy Elliot (Idem)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi72StyGHFqlKTzkPImmPQX9bcgE1eNGOhXvvY7atOqRYR791qhYH4FOjEki6iPir862D8O3eWHmIXYTSq62yCrCm3nDrfV3pOdZNMyn9jasUOjhgRD4PfMZI4Cw_oiqeiKexUAyhrW2-E/s1600/billy-elliot-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi72StyGHFqlKTzkPImmPQX9bcgE1eNGOhXvvY7atOqRYR791qhYH4FOjEki6iPir862D8O3eWHmIXYTSq62yCrCm3nDrfV3pOdZNMyn9jasUOjhgRD4PfMZI4Cw_oiqeiKexUAyhrW2-E/s200/billy-elliot-poster.jpg" width="135" xaa="true" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Billy Elliot (Idem) – França/Reino Unido – 2000</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Direção: Stephen Daldry</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Roteiro: Lee Hall</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma ode à Arte. É assim que eu defino esse maravilhoso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Billy Elliot</i>. O longa conta a historia do garotinho Billy (Jamie Bell), que mora no interior do Reino Unido com seu pai, seu irmão e sua avó bastante idosa e doente. Seu pai e seu irmão são mineiros e passam por uma crise pelo fato de o sindicato estar em greve e eles não terem quase nenhum dinheiro para manter a casa. O pai de Billy, Jackie (Gary Lewis) se esforça para dar cinqüenta centavos para seu filho todos os dias para ele ter a chance de praticar boxe. O que ele não sabe é que seu filho começou a se interessar por balé, quando as meninas tiveram que dividir o mesmo espaço que os garotos, e que ele de fato tem talento. Quando Jackie descobre, fica revoltado e o proíbe de dançar. Billy, apaixonado pela dança, pratica escondido na casa da professora Mrs. Wilkinson (Julie Walters) que tenta arranjar uma audição para Billy em uma grande escola de bale de Londres.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já nos momentos iniciais, Daldry mostra a paixão de Billy pela dança, com o garoto pulando em sua casa ao som de uma música que ele gosta. Billy não tinha técnica nenhuma, mas o amor por expressar sentimentos com seu corpo estava lá. Como um diamante não lapidado. Quando ele tem a oportunidade de participar da aula da Mrs. Wilkinsonm fica claro que ele mesmo ainda tinha algum preconceito pelo fato de ele ser um menino e estar fazendo balé entra as meninas, mas fica ainda mais claro que ele achou incrível estar dançando e fazendo aquilo em uma aula, como ele fazia nas suas intermináveis sessões de boxe.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O boxe e o balé servem de contraponto para a relação que guia o filme, que é de Billy e seu pai. Sem quase nenhuma instrução e conhecimento de arte, e muito menos dança, Jackie fica revoltado quando descobre que seu filho vem matando as aulas de boxe para praticar balé, e sua primeira reação é perguntar se ele é gay. Depois é proibi-lo de continuar freqüentando as aulas. O normal era que o achássemos Jackie um monstro por proibir seu filho de fazer o que amava, e é exatamente ódio que Billy sente dele naquele momento, mas por conhecer o personagem e saber de suas limitações, sabemos que ele faz aquilo por amar seu filho e julgar estar fazendo o melhor pra ele.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Outro relacionamento que também é vital para o filme é o de Billy com Mrs. Wilkinson, sua professora de balé. Ela vê no garoto um talento e decide investir nele. A performance de Julie Walters é extremamente contida e sem exageros de expressão, mas nem por isso menos expressiva e honesta. Quando ela olha Billy e vê que ele está desenvolvendo sua arte, dá pra ver sua satisfação somente pelo brilho se seus olhos. E pode ser loucura minha ir tão longe, mas ainda consegui ver um certo tom de frustração em seus atos, uma amargura por ela não ter sido aquilo que poderia ser um dia. Mas isso não é abordado pelo filme.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso nos leva a performance de Jamie Bell, que mesmo tão jovem, vive Billy com tanta intensidade e talento, que merecia uma indicação ao Oscar, ao meu ver; além da mais do que justa indicação de Julie Walters como quadjuvante. No momento em que a banca examinadora pergunta a Billy o que ele sente quando dança, a resposta que ele dá é um dos momentos mais emocionantes do filme, no qual eu não contive as lágrimas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A subtrama envolvendo a greve dos mineiros é de extrema importância porque serve para mostrar o amadurecimento de Jackie em relação a Billy e sua arte. Quando ele toma certa decisão durante o filme, por um lado ele é a decepção para seu filho mais velho que é mineiro, mas por outro, ele entendeu que tinha que dar a Billy uma chance de ser algo diferente dele e de seu irmão.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Billy Elliot</span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> tinha uma premissa que poderia levar o longa a ser uma sucessão de clichês, como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Burlesque</i>. “Garota sai da cidade do interior para tentar a fama na cidade grande e enfrenta dificuldades”. Aqui seria “garoto pobre sonha em ser bailarino, mas é reprimido pelo pai machista”. Mas felizmente não é. Daldry vai fundo na mente de seus personagens e conta uma história importante. Afinal de contas, qual a importância da arte? Porque não seguir uma carreira mais “útil” e menos lúdica? Porque um artista gasta tanto de seu tempo e seu esforço para fazer algo que tenha alguma importânica? As respostas são apresentadas na conclusão do filme de forma genial. Jackie e seu filho mais velho se juntam a um velho amigo de Billy e seu namorado para presenciar a arte em sua melhor forma.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No fim do filme, o meu olhar era exatamente igual ao do pai de Billy ao assistir ao filho dançar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">Nota: 10</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-78181956035918484882011-08-30T11:32:00.000-07:002011-08-30T12:33:36.858-07:00Planeta dos Macacos: a origem (Rise of the Planet of the Apes)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-E_yswqas6gET-bYLd03CB22yNzhr8SSr8lx0BHY8AcIyZEcd4LRyjUQUBiIDRwBa6mNoO8tZw7T777PZTZ-JTV7Ja9G7ng7eOtU9SEnPCA7GYjwiHhZETcuslnWzEbzVKsYLfaXYke8/s1600/Rise_of_the_Planet_of_the_Apes_Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-E_yswqas6gET-bYLd03CB22yNzhr8SSr8lx0BHY8AcIyZEcd4LRyjUQUBiIDRwBa6mNoO8tZw7T777PZTZ-JTV7Ja9G7ng7eOtU9SEnPCA7GYjwiHhZETcuslnWzEbzVKsYLfaXYke8/s200/Rise_of_the_Planet_of_the_Apes_Poster.jpg" width="134" xaa="true" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Planeta dos Macacos: a origem (Rise of the Planet of the Apes) – EUA – 2011</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Direção: Rupert Wyatt</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Roteiro: Rick Jaffa e Amanda Silver</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">reboots</i> estão na moda em Hollywood. Eles de certa forma me deixam apreensivos. Porque refilmar ou dar uma nova roupagem a clássicos que foram sucesso de crítica e/ou bilheteria é muito perigoso. As suas fontes inspiradoras geralmente são de boa qualidade, e fazer algo do mesmo nível ou melhor é tarefa muito complicada. E fico muito triste quando uma refilmagem ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">reboot</i> “estraga” o original e a idéia que temos dele. Imgine algum diretor fazendo um remake de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://cinespaco.blogspot.com/2010/05/e-o-vento-levou-gone-with-wind-eua-1939.html">E o vento levou</a></i> ou da trilogia <a href="http://cinespaco.blogspot.com/2010/07/o-senhor-dos-aneis-sociedade-do-anel.html"><em>O</em> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Senhor dos anéis</i></a> daqui a alguns anos. As comparações são inevitáveis e não consigo para de pensar que a idéia de refilmar algo bom é desnecessária.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">A trama tenta explicar o início dos fatos que levaram ao longa de 1968 com Charlton Heston. Will Rodman (James Franco) é um cientista que trabalha tentando desenvolver a cura para o Alzheimer fazendo testes em chimpanzés. Depois de um acidente com uma chuimpanzé numa apresentação, todos os símios do laboratório são sacrificados, mas Will decide levar um bebê chimpanzé pra casa e criá-lo como um filho. O bebê chamado César (Andy Serkis) começa a apresentar inteligência fora do comum. A relação dos dois fica abalada depois que Will tem que mandar César para um abrigo com outros símios, onde ele começa a liderar uma revolução e planejar uma fuga coletiva.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">O filme acerta por se focar na jornada emocional de César, acreditem. Diferente do longa de 1968, que se concentrava no personagem de Heston e suas descobertas num planeta dominado pelos símios. César passa pelo dilema que qualquer criança adotada passa. Ele se sente diferente de seu “pai” e se pergunta quais são as suas origens. Isso gera a revolta que qualquer pessoa teria ao ter suas origens escondidas durante tanto tempo e gera nele um extinto de busca e de auto-descobrimento. Se o lar dele não era em casa com Will, o que então ele deveria fazer de sua vida?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Mesmo tendo uma relação complicada com seu “pai” Will, Cesar sempre demonstra carinho e respeito por este. Os momentos de intimidade de “pai e filho” entre os dois são os momentos mais ternos do filme. E a conexão emocional que os dois apresentam faz todo o sentido, afinal Will criou César com todo amor e o ensinou tudo que ele sabe.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Quando Cesar começa a organizar uma revolução no abrigo, entendemos suas razões e motivações. Ele era quase um ser humano com sentimentos, e, mesmo se fosse um animal, tem o estinto que qualquer ser vivo tem: querer viver em liberdade no lugar que você de fato pertence, saber quem você é, de onde veio e ter um propósito na vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Nos filmes anteriores, os símios eram representados por atores com roupas e maquiagem. Aqui eles são criados com a moderna técnica de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">motion capture </i>desenvolvida por Peter Jackson para criar o Gollum de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://cinespaco.blogspot.com/2010/07/o-senhor-dos-aneis-sociedade-do-anel.html">O Senhor dos Anéis</a></i> e aprimorada por James Cameron em <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://cinespaco.blogspot.com/2010/01/avatar-eua-2009-direcao-james-cameron.html">Avatar</a></i>. Os símios têm uma aparência extremamente realista na maior parte do tempo, e César é muito expressivo. Sem dizer uma só palavra (a maior parte do longa), sabemos tudo que ele está pensando e sentindo. E quando ele fala sua primeira palavra no filme, é um momento de tanto choque, que mesmo ele parecendo não precisar falar, é o seu grito de liberdade. César é o protagonista inegável do filme, mas James Franco, talentoso como sempre, se encaixa bem e convence como o cientista passional que tem motivações pessoais em seu trabalho.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Planeta dos Macacos: a origem</span></i><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";"> é uma supresa boa de 2011. E o curioso é que o protagonista nem é um ser humano.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Nota: 8</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9063066799987571731.post-9919505060303357472011-08-23T11:20:00.000-07:002011-08-23T11:42:56.306-07:00Lanterna Verde (Green Lantern)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuqfnXdPot9K-vsyWmJVqsYF-VMB77aUPfKhxuqi3E0uIDSCpaf_Q4O07J-qvR6zxQHtgAaXyEGaMsNuf_rJ_HHL56WfBFyGTXOY4XSkuugwV4qYO0H_L_BYn9Bm3BNscvgHSJW0OgmKE/s1600/green+lantern.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuqfnXdPot9K-vsyWmJVqsYF-VMB77aUPfKhxuqi3E0uIDSCpaf_Q4O07J-qvR6zxQHtgAaXyEGaMsNuf_rJ_HHL56WfBFyGTXOY4XSkuugwV4qYO0H_L_BYn9Bm3BNscvgHSJW0OgmKE/s200/green+lantern.jpg" width="135" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Lanterna Verde (Green Lantern) – EUA – 2011</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Direção: Martin Campbell</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg, baseado nos quadrinhos da DC Comic</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Creio que nunca antes em um único ano foram lançados tantos filmes de super heróis. Para os fãs do gênero isso é ótimo, mas o risco de os diretores caírem na mesmice e no lugar comum é grande. É o que em parte acontece com essa nova produção da DC Comics <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lanterna Verde</i>.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Confesso que não tinha grandes expectativas com o filme nem sei por quê. Quando vi o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trailer</i> no cinema não tive uma boa impressão. Porém fui surpreendido positivamente quanto conferi o longa e vi que ele não era tão ruim como eu pensava. Isso só reforça a minha teroria de que assistir <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trailers</i> e saber muita informação sobre o filme antes de assisti-lo não é muito bom para a experiência cinematográfica e não é justo com o filme. O ideal é que sua mente esteja vazia com relação ao longa que você irá assistir; assim ele causará a impressão pura e simples que deve causar livre de pré-julgamentos e expectativas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um piloto da força aérea americana que sofre de irresponsabilidade crônica e um patológico instinto autodestrutivo, teoricamente causado pela perda prematura de seu pai em um terrível acidente aéreo presenciado por ele quando criança. Inesperadamente ele recebe um anel de um alienígena prestes a morrer que caiu na terra que irá conferir poderes a ele para se tornar um Lantera Verde e fazer parte de uma tropa de Lanternas verdes composta de 3600 membros de setores diferentes do universo. O anel se alimenta da força da vontade das pessoas e o requisito para ser digno de ser escolhido por ele é não possuir medo. Hal tem que se acostumar a ser um Lanterna verde, domar sua personalidade e teinar para enfrentar um inimigo monstruoso que se alimenta da energia do medo e que ameaça destruir todo o universo, além dos seus problemas na terra com sua namorada, seu trabalho e Hector Hammond (Peter Sarsgaard) que parece ter sido afetado pelos vestígios do monstro.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">A história parece complexa, mas é realivamente simples. Isso é o ponto fraco e forte do filme ao mesmo tempo. O filme se concentra na ação e na aventura, assumindo a cara de um filme bem hollywoodiano como Martin Campbell já está acostumado a dirigir. Isso é bom, mas o filme não passa de puro entretenimento, porque não chegamos a nos importar de fato com Hal (só simpatizamos um pouco com ele por ele ter a cara do Ryan Reynolds que é um ator carismático) ou os outros personagens, e nem mesmo odiar o vilão ou ter pena dele. O monstro que já foi um dos membros do conselhor não chega a de fato ser um vilão típico do universo de super heróis por ser muito poderoso, distante e impalpável. Por isso o Dr. Hammond é inserido na história. Ele não passa de uma ferramente do roteiro para atrapalhar ainda mais a vida do herói e ser uma cara para o público odiar. Sua relação com o seu detestável pai é mal desenvolvida. A idéia era boa, mas batida. “Filho não se dá bem com o pai e tem seu caráter afetado por isso”. Se fosse uma idéia bem tratada pelo roteiro, passaria batida, mas não é. O arco dramático de Hammond é abandonado pelo roteiro e finalizado quando se apresenta necessário.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Algo que funciona bem é a relação de Hal com Carol Farris (Blake Lively, linda, mas desconhecida pra mim). A dinâmica entre os dois funciona bem e o casal tem carisma junto, mas Carol também não é nada além do interesse amoroso do herói; a relação deles não têm nenhuma complexidade maior explorada pela história.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Um grande problema do roteiro é não fazer o que todos os filmes de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">superheroes</i> fazem. Se um humano adquire poderes de uma hora para outra, ele no mínimo tem que se questionar se quer mesmo tais poderes, de que forma eles irão influenciar sua vida, as implicações e responsabilidades que ser poderoso traz e os questionamentos morais de usá-los: para si, ou para ajudar os outros. Hal, que a princípio era um irresponsável e inconseqüente, parece do dia para a noite se tornar uma espécie de Superman e ter como único objetivo salvar a sua amada humanidade. Eu me pergunto: de onde esse senso de justiça veio? Ele já tinha ou o anel deu isso a ele? Ou ele passou por um processo de amadurecimento não mostrado pelo filme? Essa resposta eu não tive.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Mesmo com esses problemas de roteiro, o filme transcorre bem, prende a atenção e cumpre seu papel. As sequências de ação são eficientes, mas são burocráticas sem mostrar nada de novo. Os efeitos visuais impressionam, porém, o que se esperar de uma produção desse porte? A direção de arte é bastante criativa com o visual do planeta <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Oa,</i> a criatura maligna e principlamente o confronto final. A trilha sonora me lembrou a de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Superman</i> em alguns acordes, o que é interessante, visto que aquele personagem também é da DC e trás memórias boas para os cinéfilos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";">Lanterna Verde</span></i><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif";"> é mais um bom filme de super herói, mas é um tanto esquecível.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Verdana", "sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Nota: 7,0</span>Marconihttp://www.blogger.com/profile/08344820291403625033noreply@blogger.com