terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Além da linha vermelha (The thin red line)

Além da linha vermelha (The thin red line) – EUA – 1998

Direção: Terrence Mallick

Roteiro: Terrence Mallick

O que é a Guerra? Porque ela faz parte da história dos seres humanos e até da natureza em si? O que ela causa na vida daqueles que participam dela? O que motiva soldados a lutar em uma batalha cuja causa não é deles? Um dia esse ciclo de violência e desumanidade terá fim? É tentando responder essas perguntas e muitas outras relacionadas à guerra que Terrence Mallick nos presenteia com esse sensível relato sobre em grupo de soldados na Campanha do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.

Além da linha vermelha não é um filme de guerra convencional, que se concentra nas batalhas. Mallick mantém o foco na mente de seus protagonistas, usando abundantemente uma eficiente narração em off. Aliás, o filme não tem nenhum personagem mais ou menos importante. Todos são protagonistas de suas próprias histórias e têm suas jornadas e emoções muito bem desenvolvidas pelo roteiro e direção. Aliás, o elenco é admirável. Conta com nomes como George Clooney, Sean Penn, Adrien Brody, Jim Caviezel, John Cusack, Woody Harrelson, Nick Nolte e John C. Reilly, entre outros.

Mas, mesmo se concentrando no emocional e no que a guerra representa para os soldados e membros do exército, Mallick impressiona nas cenas de batalha, extremamente bem dirigidas, com centenas de figurantes e várias ações acontecendo ao mesmo tempo na tela, ele consegue reger todo o espetáculo da forma que cause maior impacto no espectador e ao mesmo tempo ajude a contar algo sobre as pessoas que estamos vendo. Muitos filmes que tem como plano fundo a guerra são feitos, mas poucos são originais. Esse é um deles.

A linha vermelha a qual o título se refere é na verdade a tênue linha que separa os civis que esperam seus entes queridos voltarem da guerra daqueles desafortunados que participaram dela. Uma vez cruzada a linha, a humanidade e inocência dos soldados com relação ao mundo estão perdidas.

Mallick já provou ser um cineasta que não faz filmes por fazer. Ele conta uma história quando tem um motivo para fazê-lo.

Nota: 10