Azincourt (Idem)
Autor: Bernard Cornwell
Editora Record, 2008, 448 páginas
Nick Hook é um jovem e talentoso arqueiro inglês que acaba, depois de sobreviver a um massacre aos hereges de uma pequena comunidade, por entrar no exército inglês e lutar contra a França na chamada Guerra dos Cem Anos e no ápice do período, que foi a Batalha de Azincourt.
Com uma narrativa muito bem desenvolvida, Cornwell prende a atenção do leitores desde as primeiras páginas, fazendo com que nos identifiquemos com Hook e suas desventuras na vida, mas acima de tudo, sua coragem e retidão de caráter. Isso faz com que até os atos de extrema violência cometidos pelo rapaz nas batalhas seja relevado por nós, visto que entendemos que ele está lutando pela sua sobrevivência e em honra ao seu amado rei Henrique V. As batalhas são narradas com maestria por Cornwell (seu forte) e a história não deixa de ser interessante em nenhum momento. Um ponto que deixa a desejar a meu ver é que sobra pouco tempo para explorar os sentimentos, motivações e pensamentos dos personagens. Por exemplo, o relacionamento de Nick Hook e Melisande acontece muito rápido, sem muitos diálogos e descrições de pensamentos e sentimentos dos dois. Parece que Cornwell queria partir logo pra ação e não perder muito tempo com isso, mas seu erro foi esse, já que o leitor só se importa com personagens humanos e com jornadas emocionais realistas e bem desenvolvidas.
A Batalha clímax de Azincourt é contada com maestria. Não consegui parar de pensar no potencial cinematográfico do livro, e me peguei até pensando em qual diretor faria um bom trabalho adaptando a obra. Coisa de cinéfilo... Mas por fim, recomendo Azincourt como fonte de informação histórica e por ter personagens e uma história interessante.
Nota: 7
PS.: Valeu pelo presente, Isabel.