quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cantando na chuva (Singin’ in the rain)

Cantando na chuva (Singin’ in the rain) – EUA – 1952

Direção: Gene Kelly e Stanley Donen

Roteiro: Adolph Green e Betty Comden

Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são dois astros do cinema mudo. Com o advento do som nos filmes (the talking pictures, como eles dizem), os dois têm que adequar as suas carreiras para se manterem no mercado. O problema é que Lina tem uma voz irritante e é consideravelmente estúpida e egoísta. É nesse contexto que Don, seu melhor amigo Cosmo Brown (Donald O’Connor) e sua nova namorada Kathy (Debbie Reynolds) têm a idéia de transformar o seu novo filme fadado ao fracasso em uma comédia musical.

Estabelecendo o ritmo divertido desde a hilária seqüência inicial, quando Don conta toda a sua trajetória para os fãs, o filme já mostra a que veio. Personagens carismáticos, história simples, singela e comovente. Além de possuir um roteiro sólido, inteligente e contar uma boa história de um passado tão recente na época, a transição do cinema mudo para o falado, o filme se baseia mesmo é no charme e carisma de seus protagonistas.

Gene Kelly, que construiu uma carreira baseada em seu talento para dança, oferece aqui uma de suas melhores performances. Don é talentoso, companheiro, divertido e romântico. Os ingredientes certos para o ator criar o seu personagem inesquecível. Donald O’Connor encarna um Cosmo Brown enérgico e hilário, enquanto Kathy é a perfeita heroína nas comédias musicais: Bonita, alegre e inocente.

O filme ganha força mesmo é nos números musicais. Cheios de cores, músicas cativantes e coreografias enérgicas e hipnotizantes, eles exploram todo o talento dos atores e as possibilidades cômicas e românticas do roteiro. Destaque para a seqüência final, The Brodway Melody e para a maravilhosa cena de Don cantando e dançando na chuva depois de ganhar um beijo de sua namorada.

Cantando na Chuva é um filme que ganha um espaço cativo no coração de todos aqueles que têm a oportunidade de conhecer Don, Cosmo e companhia. Exemplo máximo da Era de ouro de Hollywood.

Nota: 10