Shrek para sempre (Shrek forever after) – EUA – 2010
Direção: Mike Mitchell
Roteiro: Josh Kausner e Darren Lemke
Parece que foi ontem o ano de 2001, quando passou a fazer parte das nossas vidas um ogro grosseiro, porco e sem amor na vida (um ogro pode ser diferente?) que conhece uma princesa, se apaixona e faz amigos no meio do caminho. Tudo com muito bom humor, sátira aos contos de fada e ao Cinema e toques de sensibilidade e Inteligência. Nunca tinha se visto uma animação igual. Mantendo o mesmo nível de qualidade, o segundo longa até supera o primeiro em alguns aspectos. O terceiro já surgiu um pouco longo demais e não tão genial. É uma pena que a série tenha que acabar com esse pedestre Shrek pra sempre.
O filme perdeu todo o charme a criatividade dos dois primeiros. Foram poucas às vezes em que eu ri de fato durante a sessão. O que é um contraste, visto que nos dois primeiros eu rei bastante, digo bastante, no cinema ou em casa.
A história é sobre a rotina em que a vida de casado de Shrek se transformou. Cansado dos filhos, amigos e das cobranças de Fiona, Shrek faz um pedido para que sua vida voltasse a ser o que era que se realiza. É então que entra em uma realidade alternativa, em que seus amigos não o conhecem, não é casado com Fiona e um sujeito excêntrico e malvado é o rei. Consciente da besteira que fez, tenta desfazer tudo pra que sua vida volte ao que era antes.
É com essa premissa sem graça e batida que o filme se desenrola. Shrek, que sempre protagonizou ótimos momentos em cena está sem graça e desinteressante. Quem tem os melhores momentos são os sempre ótimos Burro e o Gato de botas. Até mesmo o vilão deste quarto capítulo não tem o mesmo “carisma” do Lord Farquad ou da Fada Madrinha.
Outro erro gravíssimo foi não incluir no fim um número musical, que nos dois primeiros rendeu momentos inigualáveis.
Se este tivesse sido o primeiro capítulo da série, Shrek com certeza não seria conhecido por nós como é hoje.
Nota: 6