Hamlet (Idem) – EUA/Reino Unido – 1996 *****
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Kenneth Branagh, baseado na peça de William Shakespeare
Quanto mais conheço o trabalho do inglês Kenneth Branagh mais cresce a minha admiração por seu talento tanto como diretor, roteirista ou como ator. Considerado um dos maiores intérpretes e conhecedores da obra de William Shakespeare de nosso tempo, ele já adaptou com muito sucesso duas obras do mestre do teatro: Henrique V (1989) e Muito barulho por nada (1993). Ambas com qualidade artística muito elevada. Adaptando em 1996 a obra máxima de Shakespeare, Hamlet, considerada uma das mais brilhantes do dramaturgo, Branagh se supera em todos os aspectos. A história é sobre o jovem Hamlet, que retorna da Inglaterra para a Dinamarca depois de concluir seus estudos e encontra sua mãe, a rainha, casada com seu tio dois meses depois da morte de seu pai. Deprimido e desconfiado diante da situação, Hamlet recebe a visita do fantasma de seu pai que lhe conta como foi assassinado friamente por seu irmão com o intuito de se casar com sua esposa e herdar seu reino. Determinado a extrair uma confissão de seu tio, Hamlet prepara uma peça com uma cena semelhante a do assassinato de seu pai para ver a reação de seu tio. Ao mesmo tempo tem que lidar com seu plano de vingança e o fato de o reino da Dinamarca estar sob ameaça de invasão. Com a escolha perfeita para o papel principal, ele mesmo, Branagh tem a oportunidade de mostrar todo o seu talento, e principalmente, a sua paixão por Shakespeare e tudo que este escreveu, com uma performance teatral, mas intensa e sensível na medida certa, ele chama a atenção para si em todos os momentos, seja nos de loucura de Hamlet, ou nos momentos intimistas e melancólicos, quando podemos escutar frases de peso como vinda de seus lábios como “Fraqueza, se nome é mulher...” ou “O resto é... silêncio”. Aliás, o roteiro adaptado por Branagh é recheado de momentos inesquecíveis e diálogos contendo muita intensidade dramática, fruto da obra em que foi inspirada e também da devoção de Branagh a ela. Um exemplo disso é quando ouvimos alguém dizer “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. O filme conta com toda a grandiosidade de a obra de Shakespeare pede, com cenários imensos e luxuosos do palácio, locações com paisagens maravilhosas, figurinos formidáveis e uma trilha sonora de Patrick Doyle nada menos do que magnífica. Outro destaque fica por conta do elenco de apoio, com nomes como Kate Winslet (sempre ótima), Julie Christie, Derek Jacobi, Jack Lemmon, Billy Crystal (hilário), Judi Dench (sem nenhuma fala), Gérard Depardieu, Richard Attenborough, Robin Williams, Charlton Heston (que ator!). Só mesmo Kenneth Branagh para reunir tal elenco em torno do mesmo projeto. Mesmo com suas quase quatro horas de duração, com um intervalo no meio, o longa prende a atenção todo o tempo e nos mergulha no maravilhoso mundo do dramaturgo William Shakespeare e também no tão maravilhoso ator/diretor/roteirista Kenneth Branagh.
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Kenneth Branagh, baseado na peça de William Shakespeare
Quanto mais conheço o trabalho do inglês Kenneth Branagh mais cresce a minha admiração por seu talento tanto como diretor, roteirista ou como ator. Considerado um dos maiores intérpretes e conhecedores da obra de William Shakespeare de nosso tempo, ele já adaptou com muito sucesso duas obras do mestre do teatro: Henrique V (1989) e Muito barulho por nada (1993). Ambas com qualidade artística muito elevada. Adaptando em 1996 a obra máxima de Shakespeare, Hamlet, considerada uma das mais brilhantes do dramaturgo, Branagh se supera em todos os aspectos. A história é sobre o jovem Hamlet, que retorna da Inglaterra para a Dinamarca depois de concluir seus estudos e encontra sua mãe, a rainha, casada com seu tio dois meses depois da morte de seu pai. Deprimido e desconfiado diante da situação, Hamlet recebe a visita do fantasma de seu pai que lhe conta como foi assassinado friamente por seu irmão com o intuito de se casar com sua esposa e herdar seu reino. Determinado a extrair uma confissão de seu tio, Hamlet prepara uma peça com uma cena semelhante a do assassinato de seu pai para ver a reação de seu tio. Ao mesmo tempo tem que lidar com seu plano de vingança e o fato de o reino da Dinamarca estar sob ameaça de invasão. Com a escolha perfeita para o papel principal, ele mesmo, Branagh tem a oportunidade de mostrar todo o seu talento, e principalmente, a sua paixão por Shakespeare e tudo que este escreveu, com uma performance teatral, mas intensa e sensível na medida certa, ele chama a atenção para si em todos os momentos, seja nos de loucura de Hamlet, ou nos momentos intimistas e melancólicos, quando podemos escutar frases de peso como vinda de seus lábios como “Fraqueza, se nome é mulher...” ou “O resto é... silêncio”. Aliás, o roteiro adaptado por Branagh é recheado de momentos inesquecíveis e diálogos contendo muita intensidade dramática, fruto da obra em que foi inspirada e também da devoção de Branagh a ela. Um exemplo disso é quando ouvimos alguém dizer “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. O filme conta com toda a grandiosidade de a obra de Shakespeare pede, com cenários imensos e luxuosos do palácio, locações com paisagens maravilhosas, figurinos formidáveis e uma trilha sonora de Patrick Doyle nada menos do que magnífica. Outro destaque fica por conta do elenco de apoio, com nomes como Kate Winslet (sempre ótima), Julie Christie, Derek Jacobi, Jack Lemmon, Billy Crystal (hilário), Judi Dench (sem nenhuma fala), Gérard Depardieu, Richard Attenborough, Robin Williams, Charlton Heston (que ator!). Só mesmo Kenneth Branagh para reunir tal elenco em torno do mesmo projeto. Mesmo com suas quase quatro horas de duração, com um intervalo no meio, o longa prende a atenção todo o tempo e nos mergulha no maravilhoso mundo do dramaturgo William Shakespeare e também no tão maravilhoso ator/diretor/roteirista Kenneth Branagh.