Direito de amar (A single man) – EUA – 2009
Direção: Tom Ford
Roteiro: Tom Ford e David Scearce, baseados no livro de Christopher Isherwood
Estreando na direção de filmes, o estilista Tom Ford surpreende por conseguir contar uma história humana e profunda. Direito de amar é um filme forte e visualmente bonito.
O centro da história é o professor universitário George (Colin Firth). Nos primeiros minutos já tomamos conhecimento da tragédia que aconteceu em sua vida. Acaba de perder o seu companheiro de dezesseis anos Jim em um terrível acidente de carro. Acompanhamos um dia do professor em 1962 tentando resistir ao seu luto e o desejo de por fim à sua vida. Nesse meio tempo conhecemos sua melhor amiga de vinte anos Charley (Julianne Moore), o falecido Jim (Matthew Goode) através de lembranças de George e seu aluno Kenny (Nicholas Hoult) que demonstra interesse nele.
George e Charley são ingleses que se mudaram para a América em busca de recomeçar suas vidas. Hoje, com suas vidas mudadas de uma forma que eles não esperavam, encontram um no outro parceiros para os momentos difíceis. O filme se baseia na performance ótima de Colin Firth. Seu trabalho é contido e baseado em pequenos detalhes, porém sentimos todas as emoções de George e tudo que precisamos saber está em seus olhos. Julianne Moore é talentosa como o habitual.
O mérito do filme está em retratar as dificuldades que um homem na década de sessenta enfrenta devido a sua homossexualidade e sua vida pública. O longa é recheado de diálogos cheios de profundidade. Na verdade, tudo dito no filme é cheio de significado. Nisso, o roteiro de Tom Ford e David Scearce é muito feliz. Uma premissa que poderia se tornar em um filme trivial e simples acaba por criam uma história profunda e de grande alcance emocional.
Ford exibe muito cuidado com o visual do filme, abusando de câmera lentíssima na medida certo, zooms nos rostos dos atores, jogos de luz e principalmente cores, que mudam de acordo com o que está sendo mostrado na tela. E não precisa dizer nada com relação à qualidade dos figurinos, já que o diretor é também estilista. No filme tudo é bonito, arrumado e visualmente atraente, comunicando muito sobre aquelas pessoas. Destaque também para a ótima trilha sonora de Abel Korzeniowski.
Agora é só esperar para ver o que o estilista e novo diretor Tom Ford tem para mostrar.
Nota: 10
P.S.: O título brasileiro é ridículo. Não expressa nada que o original em inglês tem a intenção de passar.
Direção: Tom Ford
Roteiro: Tom Ford e David Scearce, baseados no livro de Christopher Isherwood
Estreando na direção de filmes, o estilista Tom Ford surpreende por conseguir contar uma história humana e profunda. Direito de amar é um filme forte e visualmente bonito.
O centro da história é o professor universitário George (Colin Firth). Nos primeiros minutos já tomamos conhecimento da tragédia que aconteceu em sua vida. Acaba de perder o seu companheiro de dezesseis anos Jim em um terrível acidente de carro. Acompanhamos um dia do professor em 1962 tentando resistir ao seu luto e o desejo de por fim à sua vida. Nesse meio tempo conhecemos sua melhor amiga de vinte anos Charley (Julianne Moore), o falecido Jim (Matthew Goode) através de lembranças de George e seu aluno Kenny (Nicholas Hoult) que demonstra interesse nele.
George e Charley são ingleses que se mudaram para a América em busca de recomeçar suas vidas. Hoje, com suas vidas mudadas de uma forma que eles não esperavam, encontram um no outro parceiros para os momentos difíceis. O filme se baseia na performance ótima de Colin Firth. Seu trabalho é contido e baseado em pequenos detalhes, porém sentimos todas as emoções de George e tudo que precisamos saber está em seus olhos. Julianne Moore é talentosa como o habitual.
O mérito do filme está em retratar as dificuldades que um homem na década de sessenta enfrenta devido a sua homossexualidade e sua vida pública. O longa é recheado de diálogos cheios de profundidade. Na verdade, tudo dito no filme é cheio de significado. Nisso, o roteiro de Tom Ford e David Scearce é muito feliz. Uma premissa que poderia se tornar em um filme trivial e simples acaba por criam uma história profunda e de grande alcance emocional.
Ford exibe muito cuidado com o visual do filme, abusando de câmera lentíssima na medida certo, zooms nos rostos dos atores, jogos de luz e principalmente cores, que mudam de acordo com o que está sendo mostrado na tela. E não precisa dizer nada com relação à qualidade dos figurinos, já que o diretor é também estilista. No filme tudo é bonito, arrumado e visualmente atraente, comunicando muito sobre aquelas pessoas. Destaque também para a ótima trilha sonora de Abel Korzeniowski.
Agora é só esperar para ver o que o estilista e novo diretor Tom Ford tem para mostrar.
Nota: 10
P.S.: O título brasileiro é ridículo. Não expressa nada que o original em inglês tem a intenção de passar.