Robin Hood (Idem) – EUA – 2010
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland, baseado em história de Brian Helgeland, Ethan Reiff e Cyrus Voris
Com uma carreira que oscila muito, Ridley Scott já brindou os cinéfilos com pérolas como Alien, o oitavo passageiro, Blade Runner, O Gângster e também decepcionou com outros filmes que não podem ser chamados de pérolas como Cruzada, Um bom ano e Rede de Mentiras. Parece que ele se esqueceu que tem talento e é capaz de contar boas histórias.
Bem, a história desse seu mais novo Robin Hood se passa durante as Cruzadas. Robin Longstride (Russell Crowe) é um súdito do Rei Ricardo coração de leão que volta da Palestina derrotado com seu exército e segue saqueando a todos pela frente. Robin é preso por insubordinação com seus amigos. Libertos, ele e seus companheiros se vêm envolvidos em um plano de traição para a invasão da Inglaterra por um dos seus maiores inimigos, os franceses. O filme é uma espécie de Forrest Gump inglês, onde um homem comum testemunha e participa de grandes e importantes fatos.
Scott opta por contar a história de como Robin Longstrid chegou a ser o Robin Hood que conhecemos. O problema é que a história soa pouco realista, o que talvez nem seria um problema muito grande já que ninguém sabe se Robin Hood existiu de fato, mas o que é pior ainda é o fato do roteiro não possuir nenhum tipo de apelo dramático ou simpatia com os personagens principais. Nunca conseguimos nos identificar com Robin, Lady Marion (Cate Blanchett) ou qualquer outro, o que é terrível, porque jamais nos importamos com os seus destinos.
Parece que Ridley Scott se esforçou para repetir o aparente sucesso de sua parceria com Crowe em Gladiador. O resultado foi que não conseguimos distinguir um filme do outro pela performance de Crowe, visto que os projetos eram bastante distintos e pediam performances diferentes. Ao que parece, o talentoso Crowe só consegue interpretar bem certos tipo de papéis.
Mesmo a história sendo pedestre e carente de profundidade, o filme tem seus méritos. As cenas de batalha que envolvem uma produção de maior porte são muito bem dirigidas por Scott. Uma coisa que não me sai da mente é um maravilhoso plano em traveling em que a câmera cruza a frente de vários navios no mar que rumam em direção à batalha na praia. Esse talento com o visual se faz presente em todo o filme. Algumas exceções são uns zooms in que ele usa algumas vezes que soam um pouco fora do estilo do resto do filme. Destaque para os créditos finais com algumas cenas do filme transformadas em desenhos. Ótimo.
Foi com decepção que saí da sala de cinema junto com meus amigos Hélder e Isabel que compartilham da mesma opinião que eu. Ridley Scott perdeu mais alguns pontos com um de seus antigos fãs.
Nota: 5
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland, baseado em história de Brian Helgeland, Ethan Reiff e Cyrus Voris
Com uma carreira que oscila muito, Ridley Scott já brindou os cinéfilos com pérolas como Alien, o oitavo passageiro, Blade Runner, O Gângster e também decepcionou com outros filmes que não podem ser chamados de pérolas como Cruzada, Um bom ano e Rede de Mentiras. Parece que ele se esqueceu que tem talento e é capaz de contar boas histórias.
Bem, a história desse seu mais novo Robin Hood se passa durante as Cruzadas. Robin Longstride (Russell Crowe) é um súdito do Rei Ricardo coração de leão que volta da Palestina derrotado com seu exército e segue saqueando a todos pela frente. Robin é preso por insubordinação com seus amigos. Libertos, ele e seus companheiros se vêm envolvidos em um plano de traição para a invasão da Inglaterra por um dos seus maiores inimigos, os franceses. O filme é uma espécie de Forrest Gump inglês, onde um homem comum testemunha e participa de grandes e importantes fatos.
Scott opta por contar a história de como Robin Longstrid chegou a ser o Robin Hood que conhecemos. O problema é que a história soa pouco realista, o que talvez nem seria um problema muito grande já que ninguém sabe se Robin Hood existiu de fato, mas o que é pior ainda é o fato do roteiro não possuir nenhum tipo de apelo dramático ou simpatia com os personagens principais. Nunca conseguimos nos identificar com Robin, Lady Marion (Cate Blanchett) ou qualquer outro, o que é terrível, porque jamais nos importamos com os seus destinos.
Parece que Ridley Scott se esforçou para repetir o aparente sucesso de sua parceria com Crowe em Gladiador. O resultado foi que não conseguimos distinguir um filme do outro pela performance de Crowe, visto que os projetos eram bastante distintos e pediam performances diferentes. Ao que parece, o talentoso Crowe só consegue interpretar bem certos tipo de papéis.
Mesmo a história sendo pedestre e carente de profundidade, o filme tem seus méritos. As cenas de batalha que envolvem uma produção de maior porte são muito bem dirigidas por Scott. Uma coisa que não me sai da mente é um maravilhoso plano em traveling em que a câmera cruza a frente de vários navios no mar que rumam em direção à batalha na praia. Esse talento com o visual se faz presente em todo o filme. Algumas exceções são uns zooms in que ele usa algumas vezes que soam um pouco fora do estilo do resto do filme. Destaque para os créditos finais com algumas cenas do filme transformadas em desenhos. Ótimo.
Foi com decepção que saí da sala de cinema junto com meus amigos Hélder e Isabel que compartilham da mesma opinião que eu. Ridley Scott perdeu mais alguns pontos com um de seus antigos fãs.
Nota: 5