X-Man: Primeira Classe (X-Man: First Class) – EUA – 2011
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Bryan Singer, Josh Schwartz, Jane Goldman e Jamie Moss
Os filmes de super-heróis são geralmente subestimados pelo público mais conservador, mas na última década as revistas em quadrinhos se mostraram uma fonte de inspiração que gerou ótimos títulos, que além de serem bom entretenimento, tem uma ambição narrativa acima da média, discutindo idéias com profundidade, com personagens complexos e histórias sempre interessantes. Bons exemplos são a trilogia X-man dirigida por Brian Singer, Os dois primeiros Homen Aranha e os dois maravilhosos Batman Begins e Batman – O cavaleiro das trevas, entre outros.
Neste ótimo X-Man: Primeira Classe Matthew Vaughn mantém o mesmo nível de qualidade da trilogia original criada por Singer (que colabora com o roteiro deste) e realiza a complicada tarefa de contar uma história em que todos já sabemos o final e mesmo assim esta não deixa de ser interessante, impressionar e emocionar em nenhum momento.
Logo nos primeiros momentos somos apresentados ao garoto Erik (que viria a ser o Magneto que todos conhecemos) durante a Segunda Guerra Mundial, onde este tem a mãe assassinada diante de seus olhos e num acesso de raiva demonstra seu poder, o que desperta o interesse do general Shaw (Kevin Bacon), seu algoz. Já na década de 60 conhecemos o jovem Charles Xavier (James McAvoy) que inicia uma amizade com Erik. Os dois mantêm um respeito mútuo e uma admiração pela inteligência e pelos ideais um do outro. Tempos depois Charles decide usar seus poderes psíquicos para encontrar e reunir jovens com poderes em sua escola para treiná-los e prepará-los com fins pacíficos, assumindo a direção junto com seu amigo Erik.
O filme é muito bem sucedido em mostrar o sofrimento dos mutantes pelo fato de possuírem algo diferente da maioria das pessoas, e como eles são estigmatizados pela sociedade, que não sabe lidar com eles, e por eles mesmos, por desejarem simplesmente serem normais. E isso é brilhantemente demonstrado pela trajetória da Raven/Mistica (Jennifer Lawrence) e Hank/Fera (Nicholas Hoult) através do ótimo roteiro e das atuações eficientes.
Outro ponto a favor do longa é a humanização do personagem Erik/Magneto, que na trilogia já era um homem complexo e que carregava os traumas do passado, mas aqui podemos acompanhar de fato sua história, e o que o levou a ser um homem guiado pelo ódio.
Nunca li os quadrinhos da Marvel, mas segundo as pessoas que lêem, os criadores tomaram várias liberdades artísticas e modificaram elementos da história. Não sei quais são esse elementos e se nos quadrinhos eles funcionam melhor do jeito que são, mas o filme é muito coeso em si, e as mudanças feitas colaboraram para um melhor resultado final da obra enquanto filme. Fãs mais rigorosos podem não gostar do filme por isso, mas eles têm que entender que concessões têm que ser feitas para se adaptar uma obra para o cinema. O que tem que ser levado em conta é o respeito para com a obra original em seu tom e estilo.
Os efeitos visuais são razoáveis, mas nada que atrapalhe o andamento da história. São convincentes como devem ser. A direção de Vaughn é eficiente tanto nas cenas de ação quanto nos momentos mais introspectivos, como por exemplo, o momento em que Charles tem acesso a uma memória de Erik e se emociona ao agradecer ao amigo por ter compartilhado algo tão importante para o outro.
X-Man: Primeira Classe é mais um exemplar para se juntar a lista no primeiro parágrafo deste texto.
Nota: 10
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Bryan Singer, Josh Schwartz, Jane Goldman e Jamie Moss
Os filmes de super-heróis são geralmente subestimados pelo público mais conservador, mas na última década as revistas em quadrinhos se mostraram uma fonte de inspiração que gerou ótimos títulos, que além de serem bom entretenimento, tem uma ambição narrativa acima da média, discutindo idéias com profundidade, com personagens complexos e histórias sempre interessantes. Bons exemplos são a trilogia X-man dirigida por Brian Singer, Os dois primeiros Homen Aranha e os dois maravilhosos Batman Begins e Batman – O cavaleiro das trevas, entre outros.
Neste ótimo X-Man: Primeira Classe Matthew Vaughn mantém o mesmo nível de qualidade da trilogia original criada por Singer (que colabora com o roteiro deste) e realiza a complicada tarefa de contar uma história em que todos já sabemos o final e mesmo assim esta não deixa de ser interessante, impressionar e emocionar em nenhum momento.
Logo nos primeiros momentos somos apresentados ao garoto Erik (que viria a ser o Magneto que todos conhecemos) durante a Segunda Guerra Mundial, onde este tem a mãe assassinada diante de seus olhos e num acesso de raiva demonstra seu poder, o que desperta o interesse do general Shaw (Kevin Bacon), seu algoz. Já na década de 60 conhecemos o jovem Charles Xavier (James McAvoy) que inicia uma amizade com Erik. Os dois mantêm um respeito mútuo e uma admiração pela inteligência e pelos ideais um do outro. Tempos depois Charles decide usar seus poderes psíquicos para encontrar e reunir jovens com poderes em sua escola para treiná-los e prepará-los com fins pacíficos, assumindo a direção junto com seu amigo Erik.
O filme é muito bem sucedido em mostrar o sofrimento dos mutantes pelo fato de possuírem algo diferente da maioria das pessoas, e como eles são estigmatizados pela sociedade, que não sabe lidar com eles, e por eles mesmos, por desejarem simplesmente serem normais. E isso é brilhantemente demonstrado pela trajetória da Raven/Mistica (Jennifer Lawrence) e Hank/Fera (Nicholas Hoult) através do ótimo roteiro e das atuações eficientes.
Outro ponto a favor do longa é a humanização do personagem Erik/Magneto, que na trilogia já era um homem complexo e que carregava os traumas do passado, mas aqui podemos acompanhar de fato sua história, e o que o levou a ser um homem guiado pelo ódio.
Nunca li os quadrinhos da Marvel, mas segundo as pessoas que lêem, os criadores tomaram várias liberdades artísticas e modificaram elementos da história. Não sei quais são esse elementos e se nos quadrinhos eles funcionam melhor do jeito que são, mas o filme é muito coeso em si, e as mudanças feitas colaboraram para um melhor resultado final da obra enquanto filme. Fãs mais rigorosos podem não gostar do filme por isso, mas eles têm que entender que concessões têm que ser feitas para se adaptar uma obra para o cinema. O que tem que ser levado em conta é o respeito para com a obra original em seu tom e estilo.
Os efeitos visuais são razoáveis, mas nada que atrapalhe o andamento da história. São convincentes como devem ser. A direção de Vaughn é eficiente tanto nas cenas de ação quanto nos momentos mais introspectivos, como por exemplo, o momento em que Charles tem acesso a uma memória de Erik e se emociona ao agradecer ao amigo por ter compartilhado algo tão importante para o outro.
X-Man: Primeira Classe é mais um exemplar para se juntar a lista no primeiro parágrafo deste texto.
Nota: 10