terça-feira, 7 de junho de 2011

Pixar – emprego dos sonhos

Faz pouco tempo que comprei o Box com os três filmes Toy Stoy e já revi os dois primeiros. Minha paixão pela série só aumentou, como eu já esperava, e olha que eu ainda nem revi a maravilhosa terceira parte lançada ano passado e que ocupa um lugar especial no meu coração. Mas o mais interessante foi assistir aos extras dos DVDs, que apresar de serem muito simples e curtos, são excelentes. Eles tratam principalmente do processo criativo da Pixar e da dinâmica dos funcionários, através de divertidas entrevistas com John Lasseter, o diretor criativo, e sua equipe.

O que mais me chamou a atenção foi o espírito colaborativo na criação. Mesmo o filme tendo apenas um diretor, o sentimento que eu tive foi que todos os funcionários têm um pedacinho do/no filme. O trabalho de grupo é incrível. Todas as opiniões artísticas são ouvidas e respeitadas, e expandidas em novas idéias e possibilidades. E a melhor declaração dada por Lasseter foi que eles não têm a intenção de fazer filmes por fazer, apenas para vender ou acrescentar mais um na lista. Eles querem contar histórias que importem, sejam emocionantes e também divertidas. E quando você olha a invejável lista de longas feitos pelo estúdio, isso se comprova. Com pouco mais de 15 anos de história, o grupo nunca lançou um filme que não estivesse entre muito bom ou excelente no meu ponto de vista (sem falar nos pequenos clássicos modernos Ratatoullie e Wall.E).

E ver a dinâmica de criação entre os funcionários faz parecer que trabalhar na Pixar é o emprego dos sonhos para qualquer animador ou pessoa envolvida no Cinema. O estúdio não está fazendo filmes do ponto de vista comercial da coisa, e sim procuram o tempo todo fazer arte que tenha alguma importância.

O relato de Lasseter de um fato ocorrido durante a produção de Toy Story 2 é ótimo. Um dos poderosos diretores criativos da Disney fez várias alterações no roteiro e storyboards do filme para a forma que ele achava melhor. A equipe alterou da forma que ele desejava. Depois vendo o resultado final, Lasseter percebeu que esse não era o filme que ele queria fazer. Não era o Woody que ele havia idealizado e nem as idéias que ele queria passar. A partir dali ele decidiu concluir o filme da forma que ele e o seu grupo achavam melhor sem seguir opiniões de terceiros, além da família Pixar. O resultado todos nós já sabemos.

Agora é só esperar ansiosamente por Carros 2, a ser lançado esse ano, Brave e Monstros S.A. 2 no ano que vem.

Quem não conhece a lista de longas do estúdio pode conferí-la aqui.