Alice no país das maravilhas (Alice in Wonderland) – EUA – 2010
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton, baseado no romance de Lewis Carroll
Um dos romances ingleses mais cultuados e importantes, Alice no país das maravilhas de Lewis Carroll é um livro cheio de simbolismos e significados. Já ganhou mais de trinta versões cinematográficas, sendo a de Tim Burton, especialista em criar mundos estranhos e góticos, uma das mais aguardadas da atualidade. E não decepcionou.
Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que se encontra em um impasse. É praticamente obrigada pela família e pela sociedade a se casar com um Lord chato e sem graça. Diante do inevitável, Alice encontra um jeito de se livrar de sua dura realidade. Vê um coelho de paletó e o acompanha. Ele a leva para uma toca, na qual ela cai e vai parar em um mundo subterrâneo completamente novo pra ela, onde os animais falam, gatos desaparecem e onde quem reina é a Rainha de Copas, uma mulher maligna, que a procura com o intuito de cortar a cabeça, por já saber que Alice representa uma ameaça a seu reino. Sem saber o que fazer, nem mesmo se ela é a Alice de quem todos falam, a menina acaba por encontrar amigos como o Chapeleiro maluco, a Lagarta azul, a Rainha branca (Anne Hathaway) e o Gato risonho, que a ajudam em sua empreitada, que teoricamente é assassinar o monstro que apavora a todos e que segue ordens da Rainha de Copas.
O tom da narrativa muitas vezes soa um pouco episódico, parecendo uma seqüência de capítulos, o que, para um filme, é um defeito. Mas a história não deixa de prende a atenção em nenhum momento, com seu visual impressionante e seus efeitos visuais excelentes.
A direção de arte é muito talentosa. Basta prestar atenção nos detalhes, como o arbusto no jardim da Rainha de Copas com a forma de sua cabeça. Mostra o egocentrismo da mesma e presta uma homenagem a Burton (Edward, mãos de tesoura). O que vemos na tela não deixa de impressionar e nenhum momento.
As performances são caricatas, exatamente o que se esperava com uma história como essas. Johnny Depp é um ótimo Chapeleiro maluco, mas não tem muito tempo para se desenvolver em tela. A dancinha final é imperdoável. Mia Wasikowska é bastante inexpressiva e sem graça, sendo a personagem menos interessante do filme. O destaque fica por conta dos vilões, Crispim Glover como o Valete de Copas e principalmente Helena Bonham Carter como a temível Rainha de Copas gritando “cortem as cabeças!!” a torto e direito. Imperdível. É a única também que consegue imprimir mais profundidade em sua personagem, demonstrando sutilmente um trauma de infância devido a sua cabeça gigante.
Alice no país das maravilhas não é o melhor filme de Tim Burton, mas com certeza deve ser visto. Deixa um sentimento de que poderia ser algo mais pra quem conhece o trabalho do diretor, mas ainda assim é digno de elogios.
Nota: 8,5
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton, baseado no romance de Lewis Carroll
Um dos romances ingleses mais cultuados e importantes, Alice no país das maravilhas de Lewis Carroll é um livro cheio de simbolismos e significados. Já ganhou mais de trinta versões cinematográficas, sendo a de Tim Burton, especialista em criar mundos estranhos e góticos, uma das mais aguardadas da atualidade. E não decepcionou.
Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que se encontra em um impasse. É praticamente obrigada pela família e pela sociedade a se casar com um Lord chato e sem graça. Diante do inevitável, Alice encontra um jeito de se livrar de sua dura realidade. Vê um coelho de paletó e o acompanha. Ele a leva para uma toca, na qual ela cai e vai parar em um mundo subterrâneo completamente novo pra ela, onde os animais falam, gatos desaparecem e onde quem reina é a Rainha de Copas, uma mulher maligna, que a procura com o intuito de cortar a cabeça, por já saber que Alice representa uma ameaça a seu reino. Sem saber o que fazer, nem mesmo se ela é a Alice de quem todos falam, a menina acaba por encontrar amigos como o Chapeleiro maluco, a Lagarta azul, a Rainha branca (Anne Hathaway) e o Gato risonho, que a ajudam em sua empreitada, que teoricamente é assassinar o monstro que apavora a todos e que segue ordens da Rainha de Copas.
O tom da narrativa muitas vezes soa um pouco episódico, parecendo uma seqüência de capítulos, o que, para um filme, é um defeito. Mas a história não deixa de prende a atenção em nenhum momento, com seu visual impressionante e seus efeitos visuais excelentes.
A direção de arte é muito talentosa. Basta prestar atenção nos detalhes, como o arbusto no jardim da Rainha de Copas com a forma de sua cabeça. Mostra o egocentrismo da mesma e presta uma homenagem a Burton (Edward, mãos de tesoura). O que vemos na tela não deixa de impressionar e nenhum momento.
As performances são caricatas, exatamente o que se esperava com uma história como essas. Johnny Depp é um ótimo Chapeleiro maluco, mas não tem muito tempo para se desenvolver em tela. A dancinha final é imperdoável. Mia Wasikowska é bastante inexpressiva e sem graça, sendo a personagem menos interessante do filme. O destaque fica por conta dos vilões, Crispim Glover como o Valete de Copas e principalmente Helena Bonham Carter como a temível Rainha de Copas gritando “cortem as cabeças!!” a torto e direito. Imperdível. É a única também que consegue imprimir mais profundidade em sua personagem, demonstrando sutilmente um trauma de infância devido a sua cabeça gigante.
Alice no país das maravilhas não é o melhor filme de Tim Burton, mas com certeza deve ser visto. Deixa um sentimento de que poderia ser algo mais pra quem conhece o trabalho do diretor, mas ainda assim é digno de elogios.
Nota: 8,5