Direção: Daniel Filho
Roteiro: Marcos Bernstein, baseado no livro As vidas de Chico Xavier
Foi com surpresa que saí da sala de cinema depois de assistir ao novo filme de Daniel Filho, Chico Xavier. Sendo ele em meu conceito até o momento um cineasta bastante medíocre, ele conseguiu me surpreender com essa cinebiografia do mais famoso médium brasileiro.
Deixando o lado espiritual e de fé de lado, a vida do homem Chico Xavier me impressionou muito. O filme, apesar de deixar a sensibilidade de lado em alguns momentos, conseguiu retratar com bastante sentimento e qualidade artística a vida do médium que dedicou toda a sua existência a ajudar o próximo, independente de posições religiosas, fé ou ausência dela.
Eu, como cristão, não conhecia praticamente nada da vida de Chico e também não li o livro no qual se baseia a produção. Então, não sei dizer se os problemas do filme vêm do livro, do roteiro adaptado ou da direção de Daniel Filho. Acredito que seja da direção, mas o longa, de forma geral me agradou e me tocou bastante.
O destaque fica por conta das atuações, seja do garoto Matheus Costa que interpreta Chico na infância com muito talento, seja pelo ótimo Ângelo Antônio que ganha maior tempo na tela e por conseqüência, desenvolve melhor o seu trabalho de atuação e também Nelson Xavier, que interpreta Chico na velhice, conseguindo transmitir toda a aura de espiritualidade e também humanidade do homem. Outra atuação que se destaca é a de Tony Ramos como o cético Orlando, que apesar de prejudicado um pouco pela direção de Daniel Filho que o coloca bebendo todo o tempo que está em cena, no momento final do filme, em que seu personagem se rende à veracidade da carta que lê, expressa tudo apenas pela ausência de palavras. Um momento muito tocante.
Um dos defeitos da direção reside, como já disse, na falta de sensibilidade de Daniel Filho. Ele mostra, por exemplo, uma luz vermelha em primeiro plano quando o assunto é o bordel da cidadezinha ou estraga uma piada que se passa no avião que poderia ser muito engraçada. Mesmo com esses problemas entre outros, o filme ainda consegue ser um ótimo registro sobre a vida do médium.
A parte técnica do filme é correta. Figurinos, trilha sonora e direção de arte cumprem o seu papel sem nenhum destaque maior.
Por fim, Chico Xavier vale o preço do ingresso.
Nota: 7
Deixando o lado espiritual e de fé de lado, a vida do homem Chico Xavier me impressionou muito. O filme, apesar de deixar a sensibilidade de lado em alguns momentos, conseguiu retratar com bastante sentimento e qualidade artística a vida do médium que dedicou toda a sua existência a ajudar o próximo, independente de posições religiosas, fé ou ausência dela.
Eu, como cristão, não conhecia praticamente nada da vida de Chico e também não li o livro no qual se baseia a produção. Então, não sei dizer se os problemas do filme vêm do livro, do roteiro adaptado ou da direção de Daniel Filho. Acredito que seja da direção, mas o longa, de forma geral me agradou e me tocou bastante.
O destaque fica por conta das atuações, seja do garoto Matheus Costa que interpreta Chico na infância com muito talento, seja pelo ótimo Ângelo Antônio que ganha maior tempo na tela e por conseqüência, desenvolve melhor o seu trabalho de atuação e também Nelson Xavier, que interpreta Chico na velhice, conseguindo transmitir toda a aura de espiritualidade e também humanidade do homem. Outra atuação que se destaca é a de Tony Ramos como o cético Orlando, que apesar de prejudicado um pouco pela direção de Daniel Filho que o coloca bebendo todo o tempo que está em cena, no momento final do filme, em que seu personagem se rende à veracidade da carta que lê, expressa tudo apenas pela ausência de palavras. Um momento muito tocante.
Um dos defeitos da direção reside, como já disse, na falta de sensibilidade de Daniel Filho. Ele mostra, por exemplo, uma luz vermelha em primeiro plano quando o assunto é o bordel da cidadezinha ou estraga uma piada que se passa no avião que poderia ser muito engraçada. Mesmo com esses problemas entre outros, o filme ainda consegue ser um ótimo registro sobre a vida do médium.
A parte técnica do filme é correta. Figurinos, trilha sonora e direção de arte cumprem o seu papel sem nenhum destaque maior.
Por fim, Chico Xavier vale o preço do ingresso.
Nota: 7