A letra escarlate (The Scarlet letter) – EUA – 1995
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Douglas Day Stewart, baseado no livro de Nathaniel Hawthorne
Histórias de amor impossíveis são sempre fonte de bons filmes e histórias devido ao seu alcance universal e a humanidade que seus personagens geralmente exibem, vide Titanic, As pontes de Madison e O segredo de Brokeback Mountain, Romeu e Julieta entre outros. Esse ótimo A letra escarlate é um desses, que toca ainda mais as pessoas por tratar do assunto religião e como as pessoas muitas vezes são julgadas ou até mesmo subjugadas por ela.
O filme é sobre a Sra. Prynne (Demi Moore), uma bela mulher casada com um médico (Robert Duvall) que se instala na comunidade de Massachussetts em Bay Colony no ano de 1666 antes de seu marido, com a finalidade de providenciar o lar para o casal. O que ela não esperava era que iria se apaixonar pelo reverendo Arthur Dimmesdale (Gary Oldman), visto que ela se encontrava sozinha e carente, vivia em um casamento infeliz e encontrou no Reverendo um homem que supria todas as suas necessidades: ele possuía sabedoria, carinho e paixão. Primeiro, atormentados por estarem cometendo adultério, o casal de amantes não se permite ficar junto. Depois, mesmo sabendo da morte do marido da Sra. Prynne, os dois ainda não podem assumir o relacionamento, tendo que esperar segundo a religião, no mínimo, sete anos depois da morte do marido. Diante do fato de terem que esconder seu amor de todos, os dois descobrem que a Sra. Prynne está grávida e que será punida por tal fato. Não revelando o nome do pai da criança, ela fica marginalizada e é obrigada a usar a letra “A” em seu peito como sinal de vergonha e culpa.
Criado em uma família americana puritana, Nathaniel Hawthorne consegue, com sua experiência de vida, trazer à tona em seu livro o conflito mais básico dos seres humanos: a luta entre os valores morais e religiosos e os desejos e paixões naturais. E nisso, a direção de Joffé é muito bem sucedida, por conseguir mostrar o conflito, sem tender para nenhum dos lados. Só esse feito já é digno de méritos. Não que os puritanos sejam retratados de forma suave. Muito pelo contrário. Eles surgem como criaturas moralistas, preconceituosas e religiosas ao extremo. Os ingredientes que resultaram em todas as barbáries cometidas pela raça humana. E o dilema enfrentado pelo Reverendo e pela Sra. Prynne é brilhantemente tratado pelo roteiro e pelas performances de Demi Moore, a mulher forte e inabalável, e Gary Oldman com o reverendo, mostrando o conflito interno pelo qual seu personagem passava de forma profunda e marcante; um ator excepcional que admiro muito.
Destaque para a cena do parto, uma das mais emocionantes cenas de parto que já vi. A câmera faz um traveling de quase 360 graus, sem corte ao redor da cama em que se encontra a Sra Prynne e a parteira. A cena é forte e tocante. Um momento que me incomodou no filme foi a cena de amor entre o casal, que é intercalada com a empregada tomando banho na banheira da patroa assistida por um pássaro vermelho. Não consigo ver nenhum propósito nisso. Mas não prejudicou o resultado final do longa.
O filme é uma superprodução, que conta com cenários e locações grandiosas, figurinos exuberantes e ótima trilha sonora. A letra escarlate é um filme importante e bom entretenimento.
Nota: 9
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Douglas Day Stewart, baseado no livro de Nathaniel Hawthorne
Histórias de amor impossíveis são sempre fonte de bons filmes e histórias devido ao seu alcance universal e a humanidade que seus personagens geralmente exibem, vide Titanic, As pontes de Madison e O segredo de Brokeback Mountain, Romeu e Julieta entre outros. Esse ótimo A letra escarlate é um desses, que toca ainda mais as pessoas por tratar do assunto religião e como as pessoas muitas vezes são julgadas ou até mesmo subjugadas por ela.
O filme é sobre a Sra. Prynne (Demi Moore), uma bela mulher casada com um médico (Robert Duvall) que se instala na comunidade de Massachussetts em Bay Colony no ano de 1666 antes de seu marido, com a finalidade de providenciar o lar para o casal. O que ela não esperava era que iria se apaixonar pelo reverendo Arthur Dimmesdale (Gary Oldman), visto que ela se encontrava sozinha e carente, vivia em um casamento infeliz e encontrou no Reverendo um homem que supria todas as suas necessidades: ele possuía sabedoria, carinho e paixão. Primeiro, atormentados por estarem cometendo adultério, o casal de amantes não se permite ficar junto. Depois, mesmo sabendo da morte do marido da Sra. Prynne, os dois ainda não podem assumir o relacionamento, tendo que esperar segundo a religião, no mínimo, sete anos depois da morte do marido. Diante do fato de terem que esconder seu amor de todos, os dois descobrem que a Sra. Prynne está grávida e que será punida por tal fato. Não revelando o nome do pai da criança, ela fica marginalizada e é obrigada a usar a letra “A” em seu peito como sinal de vergonha e culpa.
Criado em uma família americana puritana, Nathaniel Hawthorne consegue, com sua experiência de vida, trazer à tona em seu livro o conflito mais básico dos seres humanos: a luta entre os valores morais e religiosos e os desejos e paixões naturais. E nisso, a direção de Joffé é muito bem sucedida, por conseguir mostrar o conflito, sem tender para nenhum dos lados. Só esse feito já é digno de méritos. Não que os puritanos sejam retratados de forma suave. Muito pelo contrário. Eles surgem como criaturas moralistas, preconceituosas e religiosas ao extremo. Os ingredientes que resultaram em todas as barbáries cometidas pela raça humana. E o dilema enfrentado pelo Reverendo e pela Sra. Prynne é brilhantemente tratado pelo roteiro e pelas performances de Demi Moore, a mulher forte e inabalável, e Gary Oldman com o reverendo, mostrando o conflito interno pelo qual seu personagem passava de forma profunda e marcante; um ator excepcional que admiro muito.
Destaque para a cena do parto, uma das mais emocionantes cenas de parto que já vi. A câmera faz um traveling de quase 360 graus, sem corte ao redor da cama em que se encontra a Sra Prynne e a parteira. A cena é forte e tocante. Um momento que me incomodou no filme foi a cena de amor entre o casal, que é intercalada com a empregada tomando banho na banheira da patroa assistida por um pássaro vermelho. Não consigo ver nenhum propósito nisso. Mas não prejudicou o resultado final do longa.
O filme é uma superprodução, que conta com cenários e locações grandiosas, figurinos exuberantes e ótima trilha sonora. A letra escarlate é um filme importante e bom entretenimento.
Nota: 9