Como treinar seu dragão (How to train your dragon) – EUA – 2010 *****
Direção: Peter Hastings
Roteiro: Dean DeBlois e Chris Sanders, baseado em história de Cressida Cowell
Numa ilha chamada Berk habitada pelos vikings em algum lugar da Europa medieval, matar dragões era a prática mais comum entre os habitantes homens porque obviamente os animais monstruosos representavam uma ameaça constante a todos. Nesse cenário, conhecemos o garoto Soluço, magrelo e desengonçado que não herdou muito da virilidade e habilidade de matar do pai. Ele está diante de um momento decisivo em sua vida: ter que matar um dragão como uma espécie de rito de passagem. O problema é que ele não consegue se imaginar realizando esta tarefa por falta de habilidades físicas e também por falta de coragem, digamos assim, o que piora ainda mais quando o garoto salva um dragão ferido e se torna amigo do bicho secretamente. Com um currículo de filmes muito bons (Shrek, Kung Fu Panda, Os sem floresta, Monstros Vs Alienígenas, Por água abaixo) e outros não tão bons (O espanta tubarões, Bee Movie, Madagascar) a Dreamworks tem despontado nos últimos anos como um dos grandes estúdios produtores de filmes de animação em computação gráfica, perdendo apenas para a Pixar em qualidade artística e técnica. Este mais novo Como treinar seu dragão se encaixa na categoria dos bons. Na verdade, excelente. O visual do filme é impressionante e original. Os bichinhos fofinhos, o fundo do mar, etc já foram mais do que explorados pelo cinema de animação, mas a idéia de contar uma historia abordando um povo vikings foi bastante original pra mim. E ainda adicionar dragões, as criaturas lendárias. Os personagens têm visual marcante e são muito expressivos, como de costume nos filmes da Dreamworks. O diretor Hastings demonstra talento na composição dos quadros e nos movimentos de “câmera”, com tomadas longas e elegantes que ajudam a contar a história que tem toques de épica e grandiosa (vide a trilha sonora). O fio condutor da trama fica por conta do relacionamento de Soluço com seu pai, que passa por uma crise justamente porque o pai quer algo do filho que este não pode dar, neste caso, ser forte, violento e matar dragões, já que a muitas gerações é assim que eles fazem. Esse conflito gera decepção e desentendimento, trazendo complexidade e peso dramático para o filme. E principalmente, ensinando uma lição profunda e longe de ser piegas às crianças que assistem e também a seus pais que as acompanham. Existe algo mais simples e profundo do que entender e aceitar as diferenças entre as pessoas? É com essa preocupação de passar uma mensagem ao invés de só contar uma historinha divertida que a Dreamworks atinge um patamar diferente dos muitos estúdios de animação. Mas, por falar em diversão, o filme tem de sobra. Recheado de gags cômicas ótimas e inteligentes, não tem como não rir diante das trapalhadas de Soluço, seu dragão que mais parece um cão de estimação e todas as seqüências de ação do longa, brilhantemente dirigidas. A dublagem brasileira é muito bem realizada (não sei o nome dos dubladores para dar-lhes crédito). Figurando entre os pontos altos da Dreamwork, Como treinar seu dragão é imperdível.
Direção: Peter Hastings
Roteiro: Dean DeBlois e Chris Sanders, baseado em história de Cressida Cowell
Numa ilha chamada Berk habitada pelos vikings em algum lugar da Europa medieval, matar dragões era a prática mais comum entre os habitantes homens porque obviamente os animais monstruosos representavam uma ameaça constante a todos. Nesse cenário, conhecemos o garoto Soluço, magrelo e desengonçado que não herdou muito da virilidade e habilidade de matar do pai. Ele está diante de um momento decisivo em sua vida: ter que matar um dragão como uma espécie de rito de passagem. O problema é que ele não consegue se imaginar realizando esta tarefa por falta de habilidades físicas e também por falta de coragem, digamos assim, o que piora ainda mais quando o garoto salva um dragão ferido e se torna amigo do bicho secretamente. Com um currículo de filmes muito bons (Shrek, Kung Fu Panda, Os sem floresta, Monstros Vs Alienígenas, Por água abaixo) e outros não tão bons (O espanta tubarões, Bee Movie, Madagascar) a Dreamworks tem despontado nos últimos anos como um dos grandes estúdios produtores de filmes de animação em computação gráfica, perdendo apenas para a Pixar em qualidade artística e técnica. Este mais novo Como treinar seu dragão se encaixa na categoria dos bons. Na verdade, excelente. O visual do filme é impressionante e original. Os bichinhos fofinhos, o fundo do mar, etc já foram mais do que explorados pelo cinema de animação, mas a idéia de contar uma historia abordando um povo vikings foi bastante original pra mim. E ainda adicionar dragões, as criaturas lendárias. Os personagens têm visual marcante e são muito expressivos, como de costume nos filmes da Dreamworks. O diretor Hastings demonstra talento na composição dos quadros e nos movimentos de “câmera”, com tomadas longas e elegantes que ajudam a contar a história que tem toques de épica e grandiosa (vide a trilha sonora). O fio condutor da trama fica por conta do relacionamento de Soluço com seu pai, que passa por uma crise justamente porque o pai quer algo do filho que este não pode dar, neste caso, ser forte, violento e matar dragões, já que a muitas gerações é assim que eles fazem. Esse conflito gera decepção e desentendimento, trazendo complexidade e peso dramático para o filme. E principalmente, ensinando uma lição profunda e longe de ser piegas às crianças que assistem e também a seus pais que as acompanham. Existe algo mais simples e profundo do que entender e aceitar as diferenças entre as pessoas? É com essa preocupação de passar uma mensagem ao invés de só contar uma historinha divertida que a Dreamworks atinge um patamar diferente dos muitos estúdios de animação. Mas, por falar em diversão, o filme tem de sobra. Recheado de gags cômicas ótimas e inteligentes, não tem como não rir diante das trapalhadas de Soluço, seu dragão que mais parece um cão de estimação e todas as seqüências de ação do longa, brilhantemente dirigidas. A dublagem brasileira é muito bem realizada (não sei o nome dos dubladores para dar-lhes crédito). Figurando entre os pontos altos da Dreamwork, Como treinar seu dragão é imperdível.