Rebecca, a mulher inesquecível (Rebecca) – EUA – 1940 *****
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Robert E. Sherwood e Joan Harrison, baseado no livro de Daphne Du Maurier
Rebecca, a mulher inesquecível já inicia em um maravilhoso plano seqüência em que “caminhamos” pela estrada que dá acesso à mansão destruída dos De Winter. Podemos ver e entender (através de uma narração em off) que algo terrível ocorreu para que a casa se encontrasse naquele estado. A partir daí voltamos no tempo e nos encontramos com uma jovem bonita e humilde que trabalha de dama de companhia para a egocêntrica Sra. Danvers . Hospedada em um hotel de luxo em Monte Carlo junto com sua patroa americana, a jovem acaba conhecendo o Sr. De Winter, um melancólico e charmoso ricaço. Começando um amizade e depois um romance em pouco dias de convivência, diante da separação inevitável, ela é proposta em casamento pelo Sr. De Winter e aceita. Se mudando para a sua gigantesca mansão, a nova Sra. De Winter se sente deslocada na imensa casa com tantos empregados e tanto luxo. Além do problema de ter que se adaptar à nova realidade, vai aos poucos descobrindo os segredos do passado de seu marido ao mesmo tempo em que tem que conviver com a sombra do passado de sua antecessora, já que o Sr, Winter é viúvo a pouco tempo. Com a direção brilhante como de costume, Hitchcock consegue criar mistério e suspense no que seria naturalmente um drama. Hitchcock estabelece a presença da antiga Sra. Winter como se fosse algo real na casa, através de detalhes como um lenço bordado, empregados devotados (a misteriosa governanta da casa) e a tensão gerada no Sr. De Winter quando o nome de sua falecida esposa é pronunciado. Tudo isso faz com que a presença de Rebecca seja quase palpável e o mistério em relação à sua morte cresça ainda mais para a jovem Sra. De Winter. O roteiro baseado no livro de Daphne Du Maurier (que não li) é astuto, cheio de personagens intrigantes (o primo de Rebecca, o caseiro da cabana da praia, o mordomo e a governanta só pra citar alguns) e momentos com intensidade dramática. Laurence Oliver e Joan Fontaine são a dupla perfeita de protagonistas. O primeiro retrata bem um homem atormentado pelo seu passado, a segunda demonstra de forma muito talentosa o amadurecimento e a perda da inocência de sua personagem ao longo da história devido a tudo o que viveu em tão pouco tempo. Mais uma vez, o mestre Hichcock tem a oportunidade de mostrar sua genialidade, fazendo algo um pouco diferente do que está habituado, mas o seu estilo de direção é facilmente notado pelo suspense crescente, a trilha sonora evocativa de tensão e a parte técnica impecável. Rebecca é uma filme que não pode faltar no repertório de qualquer amante de bom Cinema.
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Robert E. Sherwood e Joan Harrison, baseado no livro de Daphne Du Maurier
Rebecca, a mulher inesquecível já inicia em um maravilhoso plano seqüência em que “caminhamos” pela estrada que dá acesso à mansão destruída dos De Winter. Podemos ver e entender (através de uma narração em off) que algo terrível ocorreu para que a casa se encontrasse naquele estado. A partir daí voltamos no tempo e nos encontramos com uma jovem bonita e humilde que trabalha de dama de companhia para a egocêntrica Sra. Danvers . Hospedada em um hotel de luxo em Monte Carlo junto com sua patroa americana, a jovem acaba conhecendo o Sr. De Winter, um melancólico e charmoso ricaço. Começando um amizade e depois um romance em pouco dias de convivência, diante da separação inevitável, ela é proposta em casamento pelo Sr. De Winter e aceita. Se mudando para a sua gigantesca mansão, a nova Sra. De Winter se sente deslocada na imensa casa com tantos empregados e tanto luxo. Além do problema de ter que se adaptar à nova realidade, vai aos poucos descobrindo os segredos do passado de seu marido ao mesmo tempo em que tem que conviver com a sombra do passado de sua antecessora, já que o Sr, Winter é viúvo a pouco tempo. Com a direção brilhante como de costume, Hitchcock consegue criar mistério e suspense no que seria naturalmente um drama. Hitchcock estabelece a presença da antiga Sra. Winter como se fosse algo real na casa, através de detalhes como um lenço bordado, empregados devotados (a misteriosa governanta da casa) e a tensão gerada no Sr. De Winter quando o nome de sua falecida esposa é pronunciado. Tudo isso faz com que a presença de Rebecca seja quase palpável e o mistério em relação à sua morte cresça ainda mais para a jovem Sra. De Winter. O roteiro baseado no livro de Daphne Du Maurier (que não li) é astuto, cheio de personagens intrigantes (o primo de Rebecca, o caseiro da cabana da praia, o mordomo e a governanta só pra citar alguns) e momentos com intensidade dramática. Laurence Oliver e Joan Fontaine são a dupla perfeita de protagonistas. O primeiro retrata bem um homem atormentado pelo seu passado, a segunda demonstra de forma muito talentosa o amadurecimento e a perda da inocência de sua personagem ao longo da história devido a tudo o que viveu em tão pouco tempo. Mais uma vez, o mestre Hichcock tem a oportunidade de mostrar sua genialidade, fazendo algo um pouco diferente do que está habituado, mas o seu estilo de direção é facilmente notado pelo suspense crescente, a trilha sonora evocativa de tensão e a parte técnica impecável. Rebecca é uma filme que não pode faltar no repertório de qualquer amante de bom Cinema.