Festim diabólico (Rope) – EUA – 1948 *****
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Hume Cronyn e Arthur Laurents, baseado na peça de Patrick Hamilton
Só mesmo Alfred Hitchcock para ter a idéia de gravar um filme inteiro de uma hora e vinte minutos em plano-seqüência (vindo de quem adora ver planos-seqüência em filmes), sem nenhum corte, somente quando era necessário para fazer a troca dos rolos de filme das câmeras. Mas isso não é apenas um devaneio de um diretor egocêntrico. Isso de fato exerce uma função na narrativa, que se desenrola em tempo real dentro de um apartamento numa festa entre amigos. O filme é baseado em uma peça teatral que conta a história de Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) que decidem matar David (Dick Hogan), um colega da escola, apenas para terem a sensação de praticar um assassinato e provar para si mesmos que conseguem realizar o crime perfeito. Para desafiar os amigos e a família, resolvem convidá-los para uma reunião em seu apartamento, onde servem a comida em cima de um baú onde se encontra o corpo da vítima. Devido ao filme ser em plano-seqüência, o expectador tem a sensação de ser um observador que se encontra no apartamento dos rapazes e assiste a toda a ação como se fosse invisível. Isso faz com que a lógica da história seja mais interessante e os momentos de suspense ainda mais tensos. As atuações são bastante teatrais, devido à época em que o filme foi feito e também à origem teatral do roteiro, mas sem desmerecer o filme ou fazer com que ele perca sua força e seu suspense. Aliás, o suspense criado por Hitchcock é quase que palpável ao longo do filme. A história segue em um crescendo constante até criar uma tensão quase que insuportável no final, quando Brandon e Philip começam a se desentender e o seu plano está prestes a ser desvendado. Os diálogos são afiados, principalmente aquele em que Brandon apresenta para seus convidados a sua idéia de assassinato sem culpa moral. Recheado de personagens interessantes e pitorescos, este é mais um ótimo suspense do imortal Hitchcock.
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Hume Cronyn e Arthur Laurents, baseado na peça de Patrick Hamilton
Só mesmo Alfred Hitchcock para ter a idéia de gravar um filme inteiro de uma hora e vinte minutos em plano-seqüência (vindo de quem adora ver planos-seqüência em filmes), sem nenhum corte, somente quando era necessário para fazer a troca dos rolos de filme das câmeras. Mas isso não é apenas um devaneio de um diretor egocêntrico. Isso de fato exerce uma função na narrativa, que se desenrola em tempo real dentro de um apartamento numa festa entre amigos. O filme é baseado em uma peça teatral que conta a história de Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) que decidem matar David (Dick Hogan), um colega da escola, apenas para terem a sensação de praticar um assassinato e provar para si mesmos que conseguem realizar o crime perfeito. Para desafiar os amigos e a família, resolvem convidá-los para uma reunião em seu apartamento, onde servem a comida em cima de um baú onde se encontra o corpo da vítima. Devido ao filme ser em plano-seqüência, o expectador tem a sensação de ser um observador que se encontra no apartamento dos rapazes e assiste a toda a ação como se fosse invisível. Isso faz com que a lógica da história seja mais interessante e os momentos de suspense ainda mais tensos. As atuações são bastante teatrais, devido à época em que o filme foi feito e também à origem teatral do roteiro, mas sem desmerecer o filme ou fazer com que ele perca sua força e seu suspense. Aliás, o suspense criado por Hitchcock é quase que palpável ao longo do filme. A história segue em um crescendo constante até criar uma tensão quase que insuportável no final, quando Brandon e Philip começam a se desentender e o seu plano está prestes a ser desvendado. Os diálogos são afiados, principalmente aquele em que Brandon apresenta para seus convidados a sua idéia de assassinato sem culpa moral. Recheado de personagens interessantes e pitorescos, este é mais um ótimo suspense do imortal Hitchcock.