Kill Bill (Idem) – EUA – 2003 *****
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino, baseado em personagem criada por Quentin Tarantino e Uma Thurman
A Noiva (Uma Thurman), que nunca tem seu nome revelado, é uma assassina talentosa que trabalha para Bill, uma espécie de Charles das Charles’ Angels que possui um grupo de assassinas treinadas. No dia de seu casamento, seu chefe e suas colegas armam uma cilada e assassinam a todos na cerimônia, menos a Noiva, que se enganaram achando que estava morta. Ela acorda de um coma cinco anos depois com um único desejo: vingança. Matar a todos que destruíram sua vida assassinando seu noivo e seu bebê. Com a narrativa fora de ordem cronológica como já visto em seus outros filmes como Pulp Fiction e Cães de aluguel, Tarantino aqui conta a história através de episódios com legendas (muitas vezes irônicas), mas sem que a cronologia ajude ou atrapalhe a contar a história. E só mais um recurso para tornar seus filmes mais reconhecíveis e marcantes. Aliás, o ego de Tarantino parece ter tomado proporções gigantescas. Porque, afinal de contas, qual diretor coloca nos créditos inicias de seu filme “O decimo filme de ...” ou “vigésimo sexto filme de ...”? Acho que eles está se dando muita importância cedo demais, afinal, ele tem uma carreira com filmes relevantes, como os citados acima, mas nada que justifique esse auto-elogio. Mas voltando a Kill Bill, o filme conta com as características de um filme de Tarantino, como momentos com a tela dividida ao meio e trilha sonora com músicas dos anos setenta. Destaque para a seqüência que mostra a infânica de O-Ren Ishii feita com animação em estilo "história em quadrinhos" extremamente espressiva e forte. Mas um aspecto que eu senti falta foram os diálogos afiados que caracterizam tanto seus filmes, mas ainda podemos encontrar uns momentos memoráveis, como a conversa com Hattori Hanzo e a resposta que a Noiva dá a uma garotinha que acaba de ver sua mãe sendo assassinada. Outro aspecto característico de Tarantino é o longo plano-seqüência que acontece no restaurante antes da batalha com os oitenta e oito guardas de O-Ren Ishii (Lucy Liu). A câmera passa por baixo da escada, acompanha a Noiva até o banheiro, sai do banheiro e acompanha a ação de vários figurantes, como a banda, os funcionários, até que enfim alcança a Noiva novamente no banheiro. No total devem ser uns três minutos sem qualquer corte. Somente esta seqüência já demonstra o talento de Tarantino para a direção. As cenas de ação e artes marciais são perfeitamente coreografadas, filmadas e editadas. Conseguimos acompanhar perfeitamente cada movimento e ao mesmo tempo Tarantino manipula as emoções que quer causar em cada uma delas, seja ação, comédia ou drama. Resumindo, Kill Bill e um ótimo exemplar de Tarantino, mas este deveria tomar pra sim um pouco de humildade e respeito para com seus colegas de profissão.
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino, baseado em personagem criada por Quentin Tarantino e Uma Thurman
A Noiva (Uma Thurman), que nunca tem seu nome revelado, é uma assassina talentosa que trabalha para Bill, uma espécie de Charles das Charles’ Angels que possui um grupo de assassinas treinadas. No dia de seu casamento, seu chefe e suas colegas armam uma cilada e assassinam a todos na cerimônia, menos a Noiva, que se enganaram achando que estava morta. Ela acorda de um coma cinco anos depois com um único desejo: vingança. Matar a todos que destruíram sua vida assassinando seu noivo e seu bebê. Com a narrativa fora de ordem cronológica como já visto em seus outros filmes como Pulp Fiction e Cães de aluguel, Tarantino aqui conta a história através de episódios com legendas (muitas vezes irônicas), mas sem que a cronologia ajude ou atrapalhe a contar a história. E só mais um recurso para tornar seus filmes mais reconhecíveis e marcantes. Aliás, o ego de Tarantino parece ter tomado proporções gigantescas. Porque, afinal de contas, qual diretor coloca nos créditos inicias de seu filme “O decimo filme de ...” ou “vigésimo sexto filme de ...”? Acho que eles está se dando muita importância cedo demais, afinal, ele tem uma carreira com filmes relevantes, como os citados acima, mas nada que justifique esse auto-elogio. Mas voltando a Kill Bill, o filme conta com as características de um filme de Tarantino, como momentos com a tela dividida ao meio e trilha sonora com músicas dos anos setenta. Destaque para a seqüência que mostra a infânica de O-Ren Ishii feita com animação em estilo "história em quadrinhos" extremamente espressiva e forte. Mas um aspecto que eu senti falta foram os diálogos afiados que caracterizam tanto seus filmes, mas ainda podemos encontrar uns momentos memoráveis, como a conversa com Hattori Hanzo e a resposta que a Noiva dá a uma garotinha que acaba de ver sua mãe sendo assassinada. Outro aspecto característico de Tarantino é o longo plano-seqüência que acontece no restaurante antes da batalha com os oitenta e oito guardas de O-Ren Ishii (Lucy Liu). A câmera passa por baixo da escada, acompanha a Noiva até o banheiro, sai do banheiro e acompanha a ação de vários figurantes, como a banda, os funcionários, até que enfim alcança a Noiva novamente no banheiro. No total devem ser uns três minutos sem qualquer corte. Somente esta seqüência já demonstra o talento de Tarantino para a direção. As cenas de ação e artes marciais são perfeitamente coreografadas, filmadas e editadas. Conseguimos acompanhar perfeitamente cada movimento e ao mesmo tempo Tarantino manipula as emoções que quer causar em cada uma delas, seja ação, comédia ou drama. Resumindo, Kill Bill e um ótimo exemplar de Tarantino, mas este deveria tomar pra sim um pouco de humildade e respeito para com seus colegas de profissão.