Transformers – o lado oculto da Lua (Transformers – dark of the Moon) – EUA – 2011
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Transformers (2007) era medíocre, mas passava como diversão barata. Transformers – a vingança dos derrotados (2009) era insuportável, e como definiu minha irmã Natália muito bem: um estupro áudio-visual. Agora esse que encerra a trilogia (será que acaba mesmo?), Transformers – o lado oculto da Lua é menos pior que o segundo, mas ainda assim medíocre e desnecessário.
Considerando que os filmes são baseados em brinquedos de plástico, é difícil conseguir encontrar alguma relevância no projeto, além da vontade do estúdio de ganhar milhões com o grande público que não se importa em ver nada além de carros se transformando em robôs, muitas explosões e cenas de ação.
Se esse terceiro longa é um pouquinho melhor do que o segundo, é por um motivo, e somente: as cenas de ação são infinitamente melhores, bem filmadas, sem a câmera epilética e os cortes a cada fração de segundos. O expectador entende o que acontece, quem está lutando contra quem, quem está se dando bem, etc... Um ponto alto do filme, como é de se esperar, são os efeitos visuais e sonoros. Afinal, o orçamento multimilionário tinha que ser empregado em alguma coisa, não é? Os robôs são extremamente convincentes e as explosões e outros artefatos do arsenal de Bay são excelentes e impressionantes. O uso do 3D é bem razoável também. Bay utiliza bastante os planos com maior profundidade, enquadramentos e movimentos de câmera sempre elegantes (tenho que admitir), mas na maioria do tempo eles não têm muito propósito na narrativa (também tenho que admitir).
A história tem início na década de 60, quando os americanos foram à Lua pela primeira vez com a Apolo 11, e então descobrimos o verdadeiro objetivo da missão. O pouso da NASA é na verdade uma investigação para recuperar os restos de uma arca, lançada por Sentinel Prime, líder dos Autobots, contendo a tecnologia que poderia salvar a sua espécie. Atacados por Starscream, a arca então caiu na lua. Sam Witwicky (Shia LaBeouf) está agora tentando fazer com que seu relacionamento com Carly (Rosie Huntington-Whiteley) dê certo, mas se sente ameaçado pelo chefe bonitão e milionário da moça. Ao mesmo tempo tem que arranjar um novo emprego, lidar com seus pais em sua casa, e uma guerra iminente entre os Autobots e os Decepticons.
Shia LaBeouf exibe o carisma e talento habituais, mas seu personagem não é nada mais do que uma desculpa para a história existir. Huntington-Whiteley é o que tem que ser: a gostosa que substitui Megan Fox. O elenco ainda conta com nomes importantes como Frances McDormand e John Malkovich, que com certeza só aceitaram participar do projeto pelo dinheiro, ou talvez por ter o Steven Spielberg na produção. Os personagens são vazios, e não despertam nenhuma empatia nos expectadores. E quando um deles “morre” (entre aspas, por ser um robô), mesmo sendo de certa importância na história, não me emocionou nem um pouco. Aliás, o filme é nada mais do que um espetáculo de efeitos visuais e sonoros, visto que se passaram longas duas horas e meia, e o único sentimento despertado em mim foi à ansiedade que as seqüências de ação despertam em qualquer um. Emoção nenhuma foi evocada. Acho que se os Decepticons vencessem e os heróis fossem mortos, eu não ficaria nem um pouco triste. Acho que até um pouco aliviado.
Michael Bay também fez questão de mostrar o seu machismo logo nos momentos iniciais, mostrando primeira a bunda de Carly e depois seu rosto. O mesmo tratamento com as mulheres continua no resto do filme. Carly nada mais é do uma gostosa sem personalidade. Deve ser a idéia de Bay de mulher ideal.
Mesmo considerando Bay essencialmente medíocre e limitado, ainda tenho um pressentimento lá no fundo de que se ele filmar um roteiro muito bom ele consegue fazer um bom filme. Visto o ótimo A Rocha e os razoáveis Bad Boys, A ilha e Armagedon. O resto de sua filmografia pra mim é lixo.
A nota que dou para o longa é para a parte técnica, pura e simplesmente.
Nota: 3,5
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Transformers (2007) era medíocre, mas passava como diversão barata. Transformers – a vingança dos derrotados (2009) era insuportável, e como definiu minha irmã Natália muito bem: um estupro áudio-visual. Agora esse que encerra a trilogia (será que acaba mesmo?), Transformers – o lado oculto da Lua é menos pior que o segundo, mas ainda assim medíocre e desnecessário.
Considerando que os filmes são baseados em brinquedos de plástico, é difícil conseguir encontrar alguma relevância no projeto, além da vontade do estúdio de ganhar milhões com o grande público que não se importa em ver nada além de carros se transformando em robôs, muitas explosões e cenas de ação.
Se esse terceiro longa é um pouquinho melhor do que o segundo, é por um motivo, e somente: as cenas de ação são infinitamente melhores, bem filmadas, sem a câmera epilética e os cortes a cada fração de segundos. O expectador entende o que acontece, quem está lutando contra quem, quem está se dando bem, etc... Um ponto alto do filme, como é de se esperar, são os efeitos visuais e sonoros. Afinal, o orçamento multimilionário tinha que ser empregado em alguma coisa, não é? Os robôs são extremamente convincentes e as explosões e outros artefatos do arsenal de Bay são excelentes e impressionantes. O uso do 3D é bem razoável também. Bay utiliza bastante os planos com maior profundidade, enquadramentos e movimentos de câmera sempre elegantes (tenho que admitir), mas na maioria do tempo eles não têm muito propósito na narrativa (também tenho que admitir).
A história tem início na década de 60, quando os americanos foram à Lua pela primeira vez com a Apolo 11, e então descobrimos o verdadeiro objetivo da missão. O pouso da NASA é na verdade uma investigação para recuperar os restos de uma arca, lançada por Sentinel Prime, líder dos Autobots, contendo a tecnologia que poderia salvar a sua espécie. Atacados por Starscream, a arca então caiu na lua. Sam Witwicky (Shia LaBeouf) está agora tentando fazer com que seu relacionamento com Carly (Rosie Huntington-Whiteley) dê certo, mas se sente ameaçado pelo chefe bonitão e milionário da moça. Ao mesmo tempo tem que arranjar um novo emprego, lidar com seus pais em sua casa, e uma guerra iminente entre os Autobots e os Decepticons.
Shia LaBeouf exibe o carisma e talento habituais, mas seu personagem não é nada mais do que uma desculpa para a história existir. Huntington-Whiteley é o que tem que ser: a gostosa que substitui Megan Fox. O elenco ainda conta com nomes importantes como Frances McDormand e John Malkovich, que com certeza só aceitaram participar do projeto pelo dinheiro, ou talvez por ter o Steven Spielberg na produção. Os personagens são vazios, e não despertam nenhuma empatia nos expectadores. E quando um deles “morre” (entre aspas, por ser um robô), mesmo sendo de certa importância na história, não me emocionou nem um pouco. Aliás, o filme é nada mais do que um espetáculo de efeitos visuais e sonoros, visto que se passaram longas duas horas e meia, e o único sentimento despertado em mim foi à ansiedade que as seqüências de ação despertam em qualquer um. Emoção nenhuma foi evocada. Acho que se os Decepticons vencessem e os heróis fossem mortos, eu não ficaria nem um pouco triste. Acho que até um pouco aliviado.
Michael Bay também fez questão de mostrar o seu machismo logo nos momentos iniciais, mostrando primeira a bunda de Carly e depois seu rosto. O mesmo tratamento com as mulheres continua no resto do filme. Carly nada mais é do uma gostosa sem personalidade. Deve ser a idéia de Bay de mulher ideal.
Mesmo considerando Bay essencialmente medíocre e limitado, ainda tenho um pressentimento lá no fundo de que se ele filmar um roteiro muito bom ele consegue fazer um bom filme. Visto o ótimo A Rocha e os razoáveis Bad Boys, A ilha e Armagedon. O resto de sua filmografia pra mim é lixo.
A nota que dou para o longa é para a parte técnica, pura e simplesmente.
Nota: 3,5