Chéri (Idem) – Alemanha/França/Reino Unido – 2009 ****
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton, baseado no livro de Colette
Introduzindo a história contando um pouco da vida de três cortesãs (palavra bonitinha para prostitutas) de luxo parisienses do início do século XX através de fotos e uma narração em off do próprio Frears (irônico), o filme Chéri já anuncia o tom que vai tomar: o da comédia com toques de drama. O centro da história é o jovem Fred (Rupert Friend), apelidado de Chéri por Lea (Michelle Pfeiffer), cortesã famosa na corte e ex-rival de sua mãe (Kathy Bates), já que esta já se aposentou e agora vive apenas para gastar sua riqueza e se preocupar com a vida alheia. Lea tem a tarefa de ensinar o jovem Chéri nas artes do amor, e o que era para durar apenas seis meses tornam-se seis anos. À vista de um casamento arranjado por sua mãe com Edmee, filha de outra cortesã famosa, Chéri se vê divido entre a segurança do casamento e o afeto que claramente ele e Lea sentem um por outro, e percebe que o que tinha com a cortesã era mais do que só sexo. O filme, que tinha tudo para ser um drama água com açúcar, assume um tom irônico e até mesmo engraçado, devido ao roteiro, que estabelece muito bem a intensidade dos relacionamentos (conseguimos ver o porquê Chéri e Lea se dão tão bem), a futilidade daquelas vidas sem objetivo e por causa, também, das performances maravilhosas de Pfeiffer, como uma mulher que a vida toda dependeu de sua beleza para viver e agora tem medo da velhice, e Bates principalmente, como uma divertida ex-cortesã que apenas quer aproveitar sua riqueza, e também da trilha sonora, que faz o seu papel de ser emocionante as vezes, mas também irônica e divertida. A direção de arte do filme é maravilhosa, com cenários exuberantes e com a recriação de época perfeita de uma cidade do início do século XX. Os figurinos também chamam a atenção pela beleza e pela variedade. Cada vez que Lea aparece em cena, ela está usando algo que demonstra sua riqueza e bom gosto, também, fazendo jus à sua fama de cortesã de luxo. E tem, obviamente, a fotografia, que faz com que esses aspectos (direção de arte e figurinos) sejam realçados ainda mais. Chéri é um filme emocionante e divertido, que vale a pena ser visto pelo talento de seus realizadores e pela força de sua história.
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton, baseado no livro de Colette
Introduzindo a história contando um pouco da vida de três cortesãs (palavra bonitinha para prostitutas) de luxo parisienses do início do século XX através de fotos e uma narração em off do próprio Frears (irônico), o filme Chéri já anuncia o tom que vai tomar: o da comédia com toques de drama. O centro da história é o jovem Fred (Rupert Friend), apelidado de Chéri por Lea (Michelle Pfeiffer), cortesã famosa na corte e ex-rival de sua mãe (Kathy Bates), já que esta já se aposentou e agora vive apenas para gastar sua riqueza e se preocupar com a vida alheia. Lea tem a tarefa de ensinar o jovem Chéri nas artes do amor, e o que era para durar apenas seis meses tornam-se seis anos. À vista de um casamento arranjado por sua mãe com Edmee, filha de outra cortesã famosa, Chéri se vê divido entre a segurança do casamento e o afeto que claramente ele e Lea sentem um por outro, e percebe que o que tinha com a cortesã era mais do que só sexo. O filme, que tinha tudo para ser um drama água com açúcar, assume um tom irônico e até mesmo engraçado, devido ao roteiro, que estabelece muito bem a intensidade dos relacionamentos (conseguimos ver o porquê Chéri e Lea se dão tão bem), a futilidade daquelas vidas sem objetivo e por causa, também, das performances maravilhosas de Pfeiffer, como uma mulher que a vida toda dependeu de sua beleza para viver e agora tem medo da velhice, e Bates principalmente, como uma divertida ex-cortesã que apenas quer aproveitar sua riqueza, e também da trilha sonora, que faz o seu papel de ser emocionante as vezes, mas também irônica e divertida. A direção de arte do filme é maravilhosa, com cenários exuberantes e com a recriação de época perfeita de uma cidade do início do século XX. Os figurinos também chamam a atenção pela beleza e pela variedade. Cada vez que Lea aparece em cena, ela está usando algo que demonstra sua riqueza e bom gosto, também, fazendo jus à sua fama de cortesã de luxo. E tem, obviamente, a fotografia, que faz com que esses aspectos (direção de arte e figurinos) sejam realçados ainda mais. Chéri é um filme emocionante e divertido, que vale a pena ser visto pelo talento de seus realizadores e pela força de sua história.