A Maldição da flor dourada (Man cheng jin dai huang jin jia) – China/Hong Kong – 2007 *****
Direção: Yimou Zhang
Roteiro: Yimou Zhang
Depois de dois filmes maravilhosos, Herói e O clã das adagas voadoras, Yimou Zhang fecha o ciclo com esse, não menos maravilhoso A Maldição da flor dourada. Seguindo do gênero wuxia pian dos antecessores, mas com um pouco mais de realismo nas cenas de ação, esse longa se apresenta mais como uma tragédia sheakesperiana, do que como um filme de artes marciais como Herói ou um drama romântico como O clã das adagas voadoras. Contando a história da família imperial chinesa feudal da dinastia Tang, acompanhamos o Imperador (Chow Yun-Fat, ótimo) que está aos poucos envenenando secretamente sua esposa, por descobrir que esta mantém um caso com seu filho mais velho do primeiro casamento. Mas o que ele não sabe é que a imperatriz arquiteta um plano para destituí-lo do trono o colocar um de seus filhos no lugar. Retratando a dinâmica da família imperial, como todos os seus membros (três filhos) e os conflitos e características das relações que ligam a todos, o roteiro estabelece cada personagem de forma genial, situando o espectador em cada acontecimento e reviravolta que história toma. O destaque fica para a seqüência clímax do filme durante o Festival do Crisântemo, em que a família se reúne para comemorar e cada um tem consigo um grande segredo. É possível sentir a tensão em cada rosto. O desfecho do longa se dá em uma épica batalha, em que a grandiosidade é o tema do diretor. Se em Herói e O clã das adagas voadoras ele conduzia os combates de forma mais intimista com poucos personagens, aqui ele cria uma seqüência épica com centenas de figurantes, digna de elogios, empregando efeitos visuais de forma muito eficaz, sem que eles tomem o lugar da narrativa. E quando se concentra em lutas mais pessoais, estas são coreografadas de forma genial, como de costume. A direção de arte não é nada menos do que espetacular. O palácio imperial com seus interiores luxuosos e seu exterior (que set!), saltam aos olhos, e Yimou faz questão de mostrá-los em todos os seus detalhes, enchendo a tela de cores fortes, e tudo cercado a muito dourado. A trilha sonora é bastante forte, mas não exagerada. Simplesmente tenta retratar o interior daquelas vidas cobertas de beleza, mas cheias de segredos. Enfim, é só correr para a locadora mais próxima e assistir essa obra de arte de um cineasta genial.
Direção: Yimou Zhang
Roteiro: Yimou Zhang
Depois de dois filmes maravilhosos, Herói e O clã das adagas voadoras, Yimou Zhang fecha o ciclo com esse, não menos maravilhoso A Maldição da flor dourada. Seguindo do gênero wuxia pian dos antecessores, mas com um pouco mais de realismo nas cenas de ação, esse longa se apresenta mais como uma tragédia sheakesperiana, do que como um filme de artes marciais como Herói ou um drama romântico como O clã das adagas voadoras. Contando a história da família imperial chinesa feudal da dinastia Tang, acompanhamos o Imperador (Chow Yun-Fat, ótimo) que está aos poucos envenenando secretamente sua esposa, por descobrir que esta mantém um caso com seu filho mais velho do primeiro casamento. Mas o que ele não sabe é que a imperatriz arquiteta um plano para destituí-lo do trono o colocar um de seus filhos no lugar. Retratando a dinâmica da família imperial, como todos os seus membros (três filhos) e os conflitos e características das relações que ligam a todos, o roteiro estabelece cada personagem de forma genial, situando o espectador em cada acontecimento e reviravolta que história toma. O destaque fica para a seqüência clímax do filme durante o Festival do Crisântemo, em que a família se reúne para comemorar e cada um tem consigo um grande segredo. É possível sentir a tensão em cada rosto. O desfecho do longa se dá em uma épica batalha, em que a grandiosidade é o tema do diretor. Se em Herói e O clã das adagas voadoras ele conduzia os combates de forma mais intimista com poucos personagens, aqui ele cria uma seqüência épica com centenas de figurantes, digna de elogios, empregando efeitos visuais de forma muito eficaz, sem que eles tomem o lugar da narrativa. E quando se concentra em lutas mais pessoais, estas são coreografadas de forma genial, como de costume. A direção de arte não é nada menos do que espetacular. O palácio imperial com seus interiores luxuosos e seu exterior (que set!), saltam aos olhos, e Yimou faz questão de mostrá-los em todos os seus detalhes, enchendo a tela de cores fortes, e tudo cercado a muito dourado. A trilha sonora é bastante forte, mas não exagerada. Simplesmente tenta retratar o interior daquelas vidas cobertas de beleza, mas cheias de segredos. Enfim, é só correr para a locadora mais próxima e assistir essa obra de arte de um cineasta genial.