Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Todos que estão acostumados com o estilo de Allen já sabem que ele usa seus filmes como instrumento para expor suas idéias sobre a sociedade, sexo, casamento, trabalho e tudo mais que lhe vier à mente. Às vezes esse porta-voz é ele próprio (Desconstruindo Harry, Noivo neurótico, noiva nervosa) e às vezes é outro. Nesse caso é um velho ranzinza, ex-professor universitário, que QUASE ganhou um prêmio Nobel e que diz qualquer que lhe vem à mente sobre tudo e todos. Um belo dia ele se envolve com uma jovem atraente e um tanto estúpida, o que acaba mudando sua rotina e um pouco o seu jeito de encarar a vida. Mas não pense que este é um filme para se sentir bem quando acaba. Não que eu não tenha me sentido bem no final, mas, como o título em inglês sugere, aquilo que der certo é o que tem que ser usado, não o que as pessoas dizem que deveria. Como de costume em seus filmes, ele critica a sociedade superficial, os conceitos de moral, casamento e arte. Tudo isso com muito bom humor. Sim, eu ri bastante assistindo ao filme. Mas, o que é mais importante, que é o papel do cinema, me fez pensar muito nos conceitos da sociedade e os meus próprios. Pra terminar, essa não uma obra prima de Allen, mas com certeza é digno de ser assistido.