Ed Wood (Idem) - EUA – 1994 *****
Direção: Tim Burton
Roteiro: Scott Alexander e Larry Karaszewski, baseado no romance de Rudolph Grey.
Mestre em criar histórias e personagens sombrios, porém profundos, nesse ótimo Ed Wood Tim Burton faz uma homenagem aos filmes trash da década de 40 que eram tão populares nos Estados Unidos e a Ed Wood, considerado o pior diretor de todos os tempos. O longa conta a história de Ed, diretor medíocre de cinema, mas que se acha muito talentoso. Ele procura verba para o seu novo filme, que ele tem certeza que será um sucesso, mesmo sendo uma produção pequena (leia-se medíocre), pelo fato de ter conseguido a participação de uma estrela decadente e viciado em drogas Bela Lugosi (Martin Landau). Conseguindo terminar o seu filme, ele descobre na premiére que o filme é um fracasso. Não convencido ainda de sua falta de talento, Ed consegue convencer um membro da Igreja Batista a investir todo o dinheiro economizado pela sua igreja para produzir filmes religiosos no seu mais novo projeto, uma ficção científica trash, alegando que assim eles farão mais dinheiro, somado ainda o fato de ser o último filme de Lugosi, morto antes mesmo de começarem as filmagens. Eles aceitam com a condição de batizar todos os membros da equipe de produção. Conseguindo o feito de fazer rir, e muito, Burton não abandona as suas raízes e o seu estilo, mas consegue arrancar risadas devido a performance hilária de Johnny Depp e ao roteiro maravilhoso, que homenageia todo o tempo o cinema em si, e mais particularmente, os filmes trash do passado. Estabelecendo Ed Wood como um sujeito complexo (ele gosta de usar roupas femininas) e ao mesmo tempo imbatível diante das circunstâncias adversas (sua esposa o deixa, troca de produtora e é despedido) Depp coloca todo o seu talento para o drama e comédia e faz de Ed um sujeito simpático, sempre sorridente, do qual ninguém é capaz de odiar. Mas sentimos até pena do rapaz, devido a sua falta de talento e incapacidade de perceber isso. Mas isso não o impede de se comparar todo o tempo com Orson Wells, seu ídolo. E, na melhor seqüência do filme em minha opinião, ele encontra seu ídolo, Wells, em um bar depois de muitas decepções com sua carreira de diretor e troca confidências e desabafos profissionais com este de igual para igual. Só esta cena já valeria o filme. Recheado de personagens interessantes, engraçados e sombrios, obviamente, o filme prende a atenção e nos faz importar com cada um deles. Seja Lugosi, o ator decadente, ou Bunny (Bill Murray) um ator que sonha em trocar de sexo, seja a Vampira, atriz medíocre que se acha muito talentos, seja Kathy, namorada de Ed, ou o produtor dele, que tem plena consciência que o cinema que eles fazer é lixo, ou até mesmo a equipe de produção de Ed, sempre com aparência de desânimo e desmotivação, o que não deixa de ser engraçado. Com uma fotografia em preto e branco maravilhosa, Burton acerta no tom do filme, que, mais uma vez, presta sua homenagem ao cinema trash com todos os seus aspectos, desde a trilha sonora ao figurino. Acho que na verdade, o filme apenas mostra a paixão do cineasta por coisas sombrias e góticas, no caso, o Cinema de terror.
Direção: Tim Burton
Roteiro: Scott Alexander e Larry Karaszewski, baseado no romance de Rudolph Grey.
Mestre em criar histórias e personagens sombrios, porém profundos, nesse ótimo Ed Wood Tim Burton faz uma homenagem aos filmes trash da década de 40 que eram tão populares nos Estados Unidos e a Ed Wood, considerado o pior diretor de todos os tempos. O longa conta a história de Ed, diretor medíocre de cinema, mas que se acha muito talentoso. Ele procura verba para o seu novo filme, que ele tem certeza que será um sucesso, mesmo sendo uma produção pequena (leia-se medíocre), pelo fato de ter conseguido a participação de uma estrela decadente e viciado em drogas Bela Lugosi (Martin Landau). Conseguindo terminar o seu filme, ele descobre na premiére que o filme é um fracasso. Não convencido ainda de sua falta de talento, Ed consegue convencer um membro da Igreja Batista a investir todo o dinheiro economizado pela sua igreja para produzir filmes religiosos no seu mais novo projeto, uma ficção científica trash, alegando que assim eles farão mais dinheiro, somado ainda o fato de ser o último filme de Lugosi, morto antes mesmo de começarem as filmagens. Eles aceitam com a condição de batizar todos os membros da equipe de produção. Conseguindo o feito de fazer rir, e muito, Burton não abandona as suas raízes e o seu estilo, mas consegue arrancar risadas devido a performance hilária de Johnny Depp e ao roteiro maravilhoso, que homenageia todo o tempo o cinema em si, e mais particularmente, os filmes trash do passado. Estabelecendo Ed Wood como um sujeito complexo (ele gosta de usar roupas femininas) e ao mesmo tempo imbatível diante das circunstâncias adversas (sua esposa o deixa, troca de produtora e é despedido) Depp coloca todo o seu talento para o drama e comédia e faz de Ed um sujeito simpático, sempre sorridente, do qual ninguém é capaz de odiar. Mas sentimos até pena do rapaz, devido a sua falta de talento e incapacidade de perceber isso. Mas isso não o impede de se comparar todo o tempo com Orson Wells, seu ídolo. E, na melhor seqüência do filme em minha opinião, ele encontra seu ídolo, Wells, em um bar depois de muitas decepções com sua carreira de diretor e troca confidências e desabafos profissionais com este de igual para igual. Só esta cena já valeria o filme. Recheado de personagens interessantes, engraçados e sombrios, obviamente, o filme prende a atenção e nos faz importar com cada um deles. Seja Lugosi, o ator decadente, ou Bunny (Bill Murray) um ator que sonha em trocar de sexo, seja a Vampira, atriz medíocre que se acha muito talentos, seja Kathy, namorada de Ed, ou o produtor dele, que tem plena consciência que o cinema que eles fazer é lixo, ou até mesmo a equipe de produção de Ed, sempre com aparência de desânimo e desmotivação, o que não deixa de ser engraçado. Com uma fotografia em preto e branco maravilhosa, Burton acerta no tom do filme, que, mais uma vez, presta sua homenagem ao cinema trash com todos os seus aspectos, desde a trilha sonora ao figurino. Acho que na verdade, o filme apenas mostra a paixão do cineasta por coisas sombrias e góticas, no caso, o Cinema de terror.