Distante nós vamos (Away we go) – EUA/Reino Unido – 2009 *****
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Dave Eggers e Vendela Vida
Adotando uma lógica episódica em sua narrativa, com mostram os letreiros brancos num fundo preto de tempos em tempos, esse novo filme do sempre bom diretor Sam Mendes conta a história de um casal convencional de americanos, Burt (John Krasinski) e Verona (Maya Rudolph) por volta dos seus trinta e poucos anos. Eles namoram, moram juntos e acabam descobrindo que estão grávidos. Preocupados e depois animados com a idéia, ele se tranqüilizam por saber que os pais do rapaz que moram perto estão dispostos a ajudar com o bebê, até descobrirem que estes resolveram alugar a casa e se mudar do país. Desesperados por se sentirem sem suporte, sozinhos e sem saber o que fazer, eles resolvem empreender uma viagem no qual vão encontrar seus antigos amigos e parentes em cidades diferentes para decidir onde vão viver e conseqüentemente, que tipo de vida querem levar com o bebê. O filme alterna momentos de humor ácido e inteligente com momentos mais densos, em que Mendes vai fundo nas dúvidas, anseios e personalidades dos personagens, o que me fez lembrar um pouco Woody Allen, questionando casamento, sexo, superficialidade e outros valores e problemas da sociedade. Mendes acerta muito no tom episódico do filme, situando o espectador em cada cidade e nas pessoas que o casal encontra em cada uma delas. Seja a irmã de Verona, que traz uma dinâmica familiar legal para o filme, discutindo a perda dos pais, seja a ex-chefe maluca da moça que fala tudo que lhe vem à mente e tem uma família desestruturada, mas não liga muito pra isso, seja a prima postiça de Burt, com seus conceito alternativos/budistas de vida (uma performance hilária de Meggie Gyllenhaal), ou a família que parece perfeita, cheia de filhos adotivos, mas sem filhos biológicos, o que traz certo desconforto para o casal, e por fim, o irmão de Burt, que foi deixado pela esposa com sua filha pequena recentemente. É diante de tudo que aprenderam e vivenciaram nessa viagem que o casal lida com seus próprios questionamentos e problemas e se vê obrigado a tomar a tão esperada e temida decisão: onde e como vão viver. Com um desfecho otimista, mas bastante realista, Mendes demonstra seu talento mais uma vez para fazer filmes interessante e profundos sobre algo que falta hoje em dia no cinema: os seres humanos.
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Dave Eggers e Vendela Vida
Adotando uma lógica episódica em sua narrativa, com mostram os letreiros brancos num fundo preto de tempos em tempos, esse novo filme do sempre bom diretor Sam Mendes conta a história de um casal convencional de americanos, Burt (John Krasinski) e Verona (Maya Rudolph) por volta dos seus trinta e poucos anos. Eles namoram, moram juntos e acabam descobrindo que estão grávidos. Preocupados e depois animados com a idéia, ele se tranqüilizam por saber que os pais do rapaz que moram perto estão dispostos a ajudar com o bebê, até descobrirem que estes resolveram alugar a casa e se mudar do país. Desesperados por se sentirem sem suporte, sozinhos e sem saber o que fazer, eles resolvem empreender uma viagem no qual vão encontrar seus antigos amigos e parentes em cidades diferentes para decidir onde vão viver e conseqüentemente, que tipo de vida querem levar com o bebê. O filme alterna momentos de humor ácido e inteligente com momentos mais densos, em que Mendes vai fundo nas dúvidas, anseios e personalidades dos personagens, o que me fez lembrar um pouco Woody Allen, questionando casamento, sexo, superficialidade e outros valores e problemas da sociedade. Mendes acerta muito no tom episódico do filme, situando o espectador em cada cidade e nas pessoas que o casal encontra em cada uma delas. Seja a irmã de Verona, que traz uma dinâmica familiar legal para o filme, discutindo a perda dos pais, seja a ex-chefe maluca da moça que fala tudo que lhe vem à mente e tem uma família desestruturada, mas não liga muito pra isso, seja a prima postiça de Burt, com seus conceito alternativos/budistas de vida (uma performance hilária de Meggie Gyllenhaal), ou a família que parece perfeita, cheia de filhos adotivos, mas sem filhos biológicos, o que traz certo desconforto para o casal, e por fim, o irmão de Burt, que foi deixado pela esposa com sua filha pequena recentemente. É diante de tudo que aprenderam e vivenciaram nessa viagem que o casal lida com seus próprios questionamentos e problemas e se vê obrigado a tomar a tão esperada e temida decisão: onde e como vão viver. Com um desfecho otimista, mas bastante realista, Mendes demonstra seu talento mais uma vez para fazer filmes interessante e profundos sobre algo que falta hoje em dia no cinema: os seres humanos.