Direção: William Wyller
Roteiro: Ian McLellan Hunter e John Dighton, baseado em estória de Dalton Trumbo.
Princesa Ann (Audrey Hapburn) ao visitar Roma, entediada com sua vida de compromissos e responsabilidades, resolve passear pela cidade anonimamente e acaba conhecendo Joe Bradley (Gregory Pack), reporter que vê neste encontro a possibilidade de conseguir um furo para seu jornal. Mas os dois começam uma amizade com apenas um dia de passeio e acabam se envolvendo e mudando a forma um do outro de pensar. Estabelecendo o relacionamento dos protagonistas de forma muito gradativa e calma, Wyller constrói muito bem os personagens e faz com que nós acreditemos no que estamos vendo. Parece perfeitamente razoável que Joe goste de Ann e vice versa porque é o que parece que os dois precisavam naquele momento da vida: conhecer um ao outro. E nisso o charme e o talento de Hapburn e Peck tem papel muito importante, porque eles criam personagens com os quais nos importamos e nos sentimos cativados. E tudo isso ainda somado ao charme da cidade de Roma, que se torna quase que uma terceira protagonista do longa. Willer consegue mostrar todos os lados mais glamorosos da cidade, com o Coliseu e outros pontos turísticos famosos e também o lago mais normal e humano, como o bairro em que Joe vive, cheio de pessoas simples, porém cativantes, como o locatário de seu apartamento. Willer intercala as cenas mais divertidas, com um hilário baile no porto com outras mais românticas e introspectivas entre o casal, o que da o perfeito tom de liberdade que a princesa Ann experimenta pela primeira vez na vida, o que nos faz ficar felizes por ela ter a oportunidade de viver sua vida sem tantas regras. Com os aspectos técnicos excelentes (trilha sonora, figurino, direção de arte) o filme é inesquecível, com imagens e impressões que ficam muito tempo na nossa mente depois que termina a sessão.