Oliver Twist (Idem) – República Tcheca/Reino Unido/França/Itália – 2005 ***
Direção: Roman Polansky
Roteiro: Ronald Harwood, baseado no livro de Charles Dickens
Diretor respeitado e elogiado em todo o mundo, Roman Polansky se aventura com este Oliver Twist a adaptar o romance homônimo de Charles Dickens já tantas vezes adaptado para o cinema (cerca de vinte vezes). O filme conta a história de Oliver Twist, garoto órfão que é jogado em um orfanato em que trabalha quase como escravo e passa fome. Sendo escolhido em um sorteio para ser aquele que vai pedir mais comida depois do jantar, é repreendido pelo diretor que acaba acelerando o seu processo de “adoção” por sua atitude aparentemente rebelde. Ele acaba sendo enviado para uma casa onde é maltratado por todos, inclusive um garoto de sua idade, que sente verdadeiro ódio por Oliver aparentemente sem motivo. Depois de uma briga com este, Oliver é espancado e resolve fugir. No meio do caminho, sem saber para onde ir, descobre que a cidade Londres fica a setenta milhas. Depois de sete dias de caminhada, chega à cidade, praticamente morto, quando é acolhido por um garoto que o trata bem e o leva ao seu mentor, o gentil Fagin. Fagin protege vários garotos e os ensina a roubar das pessoas da cidade. Se juntando rapidamente ao grupo, Oliver em sua primeira tentativa de roubo é pego pela polícia e, por sorte, acaba conhecendo o amável e rico Sr. Brownlow (Edward Hardwicke), que o dá abrigo e decide adotá-lo. É quando, desafortunadamente, é seqüestrado de volta pela gang de Fagin por medo de Oliver entregá-los à polícia. O roteiro é bem escrito e bem amarrado, mas falta emoção e realismo à história. Isso acontece às vezes, mas na maior parte do tempo o filme assume um tom de fábula, que pode ser percebido pelas performances caricatas e exageradas da maioria do elenco. Mas existem também os momentos sombrios, como aquele em que um personagem é assassinado brutalmente. A performance do garoto Barney Clark é muito razoável, para ser bondoso. Ele não consegue demonstrar sofrimento ou desespero, mesmo diante de todas as adversidades de Oliver enfrenta na vida. O destaque do elenco fica por conta de Bem Kingsley, construindo um Fagin ambíguo e complexo, que por vezes é gentil e aparentemente bondoso, e por vezes é malicioso e desumano. Ele é o único ator que encontra equilíbrio em todo o filme. A direção de Polansky é talentosa, mas pouco pode fazer com o roteiro pobre. Quando assistimos Oliver Twist, é até difícil acreditar que foi dirigido pelo mesmo genial diretor de O Pianista e Chinatown. Mas o filme reserva bons e inspirados momentos para o seu desfecho. A direção de arte e figurinos do longa são a melhor parte, com uma recriação de época da Londres do século XIX impressionante. A trilha sonora peca por alguns exageros, por às vezes chamar muito a atenção para si, mas no geral é eficaz. Mas nada excepcional. Oliver Twist decepciona em alguns aspectos, mas vale a pena ser visto por ser um filme de Polansky e pela ótima performance de Ben Kingsley.
Direção: Roman Polansky
Roteiro: Ronald Harwood, baseado no livro de Charles Dickens
Diretor respeitado e elogiado em todo o mundo, Roman Polansky se aventura com este Oliver Twist a adaptar o romance homônimo de Charles Dickens já tantas vezes adaptado para o cinema (cerca de vinte vezes). O filme conta a história de Oliver Twist, garoto órfão que é jogado em um orfanato em que trabalha quase como escravo e passa fome. Sendo escolhido em um sorteio para ser aquele que vai pedir mais comida depois do jantar, é repreendido pelo diretor que acaba acelerando o seu processo de “adoção” por sua atitude aparentemente rebelde. Ele acaba sendo enviado para uma casa onde é maltratado por todos, inclusive um garoto de sua idade, que sente verdadeiro ódio por Oliver aparentemente sem motivo. Depois de uma briga com este, Oliver é espancado e resolve fugir. No meio do caminho, sem saber para onde ir, descobre que a cidade Londres fica a setenta milhas. Depois de sete dias de caminhada, chega à cidade, praticamente morto, quando é acolhido por um garoto que o trata bem e o leva ao seu mentor, o gentil Fagin. Fagin protege vários garotos e os ensina a roubar das pessoas da cidade. Se juntando rapidamente ao grupo, Oliver em sua primeira tentativa de roubo é pego pela polícia e, por sorte, acaba conhecendo o amável e rico Sr. Brownlow (Edward Hardwicke), que o dá abrigo e decide adotá-lo. É quando, desafortunadamente, é seqüestrado de volta pela gang de Fagin por medo de Oliver entregá-los à polícia. O roteiro é bem escrito e bem amarrado, mas falta emoção e realismo à história. Isso acontece às vezes, mas na maior parte do tempo o filme assume um tom de fábula, que pode ser percebido pelas performances caricatas e exageradas da maioria do elenco. Mas existem também os momentos sombrios, como aquele em que um personagem é assassinado brutalmente. A performance do garoto Barney Clark é muito razoável, para ser bondoso. Ele não consegue demonstrar sofrimento ou desespero, mesmo diante de todas as adversidades de Oliver enfrenta na vida. O destaque do elenco fica por conta de Bem Kingsley, construindo um Fagin ambíguo e complexo, que por vezes é gentil e aparentemente bondoso, e por vezes é malicioso e desumano. Ele é o único ator que encontra equilíbrio em todo o filme. A direção de Polansky é talentosa, mas pouco pode fazer com o roteiro pobre. Quando assistimos Oliver Twist, é até difícil acreditar que foi dirigido pelo mesmo genial diretor de O Pianista e Chinatown. Mas o filme reserva bons e inspirados momentos para o seu desfecho. A direção de arte e figurinos do longa são a melhor parte, com uma recriação de época da Londres do século XIX impressionante. A trilha sonora peca por alguns exageros, por às vezes chamar muito a atenção para si, mas no geral é eficaz. Mas nada excepcional. Oliver Twist decepciona em alguns aspectos, mas vale a pena ser visto por ser um filme de Polansky e pela ótima performance de Ben Kingsley.