Um olhar no paraíso (The lovely bones) – EUA/Reino Unido/Nova Zelândia - 2009 *****
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh e Philippa Boyens, baseado no romance de Alice Sebold
Há pouco tempo, aqui neste blog, falei sobre o maravilhoso A partida, filme japonês que trata do delicado assunto morte. Agora, venho falar aos senhores(as) deste mais novo filme do talentoso diretor neozelandês Peter Jackson, Um olhar no paraíso, que trata do mesmo assunto, mas do ponto de vista, no caso, da pessoa morta, a garota Susie brilhantemente interpretada por Saoirse Ronan. Conhecido por ter dirigido a trilogia O Senhor dos anéis, Peter Jackson já se estabeleceu com um dos diretores mais respeitados e admirados da atualidade, com seu talento para contar histórias de maneira emocionante e marcante. Já tendo adaptado livros anteriormente (O Senhor dos anéis) e sendo muito bem sucedido, Jackson parte para algo bem diferente do que fez em O senhor dos anéis, em parte. Em tema, este Um olhar no paraíso é bem diferente do que o outro, mas a preocupação de Jackson em mergulhar a história nas mentes dos personagens e seus conflitos emocionais é a mesma vista naquele, o que torna as duas obras muito relevantes e importantes. O filme conta a história da garota Susie, que vive a sua pré-adolescência a todo vapor e demonstra muita vivacidade e criatividade, fotografando tudo ao seu redor com sua nova câmera e descobrindo o mundo ao mesmo tempo. Até que um dia ela tem sua vida interrompida abruptamente por um serial killer que vive em seu bairro, quando é então que acompanhamos a trajetória de sua família para superar a sua morte e a dela mesma, tentando entender o porquê de tudo e encontrar um caminho. Sempre muito gráfico em seus filmes, Jackson faz com que eles sejam inconfundíveis para quem o conhece, com seus movimentos de câmera muito bem elaborados e suas composições de quadro geniais. Ele conta a história não só com palavras, mas em grande parte, com suas imagens marcantes. Aliás, a imagens às quais Susie vislumbra depois de sua morte são imagens que penso que nunca vou me esquecer. Jackson constrói muito bem, também, os relacionamentos familiares dos personagens centrais, mostrando uma família, que apesar dos defeitos de seus membros, se ama e quer ficar junto. E isso se deve em grande parte também ao elenco de peso, com Rachel Weisz, Mark Wahldberg e Susan Sarandon. Destaque também para Stanley Tucci, interpretando um homem que esconde debaixo de seu exterior inofensivo um monstro desumano capaz de atrocidades. Aborreceu-me um pouco a seqüência que tenta ser engraçadinha da personagem de Susan Sarandon tentando tomar as rédeas da casa. Destoou um pouco do resto do filme, mas é algo perdoável. Elogios fartos devem ser dados à montagem e edição do filme, que mistura com excelência os momentos da família de Susie na terra e os dela, onde quer que ela esteja. É essencial para a qualidade do filme e para conseguirmos acompanhar a história de forma fluida, e o que é mais importante, de forma emocionante. O momento que Susie e seu pai conseguem ver um ao outro é muito tocante. E, outra vez, Saoirse Ronan me impressionou durante todo o filme, com a intensidade de sua performance e a profundidade emocional que ela dá para Susie. É surpreendente vindo de uma garota tão jovem. A direção de arte, fotografia e trilha sonora, são, sem necessidade de dizer, excepcionais. Por fim, mais uma obra prima do mestre Jackson.
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh e Philippa Boyens, baseado no romance de Alice Sebold
Há pouco tempo, aqui neste blog, falei sobre o maravilhoso A partida, filme japonês que trata do delicado assunto morte. Agora, venho falar aos senhores(as) deste mais novo filme do talentoso diretor neozelandês Peter Jackson, Um olhar no paraíso, que trata do mesmo assunto, mas do ponto de vista, no caso, da pessoa morta, a garota Susie brilhantemente interpretada por Saoirse Ronan. Conhecido por ter dirigido a trilogia O Senhor dos anéis, Peter Jackson já se estabeleceu com um dos diretores mais respeitados e admirados da atualidade, com seu talento para contar histórias de maneira emocionante e marcante. Já tendo adaptado livros anteriormente (O Senhor dos anéis) e sendo muito bem sucedido, Jackson parte para algo bem diferente do que fez em O senhor dos anéis, em parte. Em tema, este Um olhar no paraíso é bem diferente do que o outro, mas a preocupação de Jackson em mergulhar a história nas mentes dos personagens e seus conflitos emocionais é a mesma vista naquele, o que torna as duas obras muito relevantes e importantes. O filme conta a história da garota Susie, que vive a sua pré-adolescência a todo vapor e demonstra muita vivacidade e criatividade, fotografando tudo ao seu redor com sua nova câmera e descobrindo o mundo ao mesmo tempo. Até que um dia ela tem sua vida interrompida abruptamente por um serial killer que vive em seu bairro, quando é então que acompanhamos a trajetória de sua família para superar a sua morte e a dela mesma, tentando entender o porquê de tudo e encontrar um caminho. Sempre muito gráfico em seus filmes, Jackson faz com que eles sejam inconfundíveis para quem o conhece, com seus movimentos de câmera muito bem elaborados e suas composições de quadro geniais. Ele conta a história não só com palavras, mas em grande parte, com suas imagens marcantes. Aliás, a imagens às quais Susie vislumbra depois de sua morte são imagens que penso que nunca vou me esquecer. Jackson constrói muito bem, também, os relacionamentos familiares dos personagens centrais, mostrando uma família, que apesar dos defeitos de seus membros, se ama e quer ficar junto. E isso se deve em grande parte também ao elenco de peso, com Rachel Weisz, Mark Wahldberg e Susan Sarandon. Destaque também para Stanley Tucci, interpretando um homem que esconde debaixo de seu exterior inofensivo um monstro desumano capaz de atrocidades. Aborreceu-me um pouco a seqüência que tenta ser engraçadinha da personagem de Susan Sarandon tentando tomar as rédeas da casa. Destoou um pouco do resto do filme, mas é algo perdoável. Elogios fartos devem ser dados à montagem e edição do filme, que mistura com excelência os momentos da família de Susie na terra e os dela, onde quer que ela esteja. É essencial para a qualidade do filme e para conseguirmos acompanhar a história de forma fluida, e o que é mais importante, de forma emocionante. O momento que Susie e seu pai conseguem ver um ao outro é muito tocante. E, outra vez, Saoirse Ronan me impressionou durante todo o filme, com a intensidade de sua performance e a profundidade emocional que ela dá para Susie. É surpreendente vindo de uma garota tão jovem. A direção de arte, fotografia e trilha sonora, são, sem necessidade de dizer, excepcionais. Por fim, mais uma obra prima do mestre Jackson.